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lost in wonderland

lost in wonderland

O bolso

Agosto 24, 2015

quando em novembro passado decidi comprar um phablet, não me ocorreu as chatices que um telemóvel tão grande poderiam vir a dar a alguém que não usa mala carteira (whatever). é que no inverno, com casacos com bolsos compridos, tal problema não existe. já quando o verão chega e os casacos ficam no fundo do roupeiro, a coisa muda de figura..

tão e agora, como é que transporto este trambolho? os bolsos - quando existem - na roupa de verão não têm profundidade suficiente bixo, ainda cai no chão e estilhaça-se todo ou pior, ainda o perco algures.. e andar com ele sempre na mão, não é opção.

como sou uma gaja desenrascada, e não gosto de me consumir em grandes dramas, resolvi a questão... comprando um bolso. problem solved :D

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Summertime madness // Costa Alentejana

Agosto 22, 2015

depois de uma breve passagem pela terrinha, seguimos para o último destino das férias, o já clássico eixo odeceixe - são teotónio - zambujeira.

no primeiro dia estivemos pelo carvalhal e éramos para ter ficado lá no camping, que fica perto da praia e dá para ir a pé.. mas eu não consigo. aquele chão, que nem dá para espetar as estacas da tenda e aquelas árvores não funcionam para mim, apesar das instalações serem impecáveis.

assentamos no de s. miguel e ficámos muito bem servidos. ao contraio da nossa estadia anterior, o parque estava vazio e até chegar o fim-de-semana foi uma paz, interrompida apenas pela motoreta dum velhote que guardava o parque e que gostava de passear-se por lá, às oito da manhã. tipo alvorada.

o tempo por ali não andava nem lá perto daquele que apanhamos em tavira, o que não foi mau de todo porque assim não passávamos os dias esticados na areia. houve tempo para tratar da roupa, fazer limpezas e pequenas reparações no material,

Untitled spring cleaning

moooooorfes a horas impróprias :D'

Untitled morcela de farinha

e passeio. por exemplo, se tivessemos passado o dia de papo pró ar, não tinhamos descoberto esta "sala de estar" com uma vista fabulosa sobre a praia da arrifana lol

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na azenha do mar, enquanto esperávamos por mesa, fomos a uma loja de artigos de pesca comprar um saco para carregar o chapéu e o resguardo. nessa loja - a 230km de lisboa - ficamos a saber o que é que raio atrai tanto pescador às margens do tejo: corvinas!

o saco serve o propósito na perfeição e tem estampado um lema, "pesca é a minha paixão”, que puxa logo umas piadas. mas mais piada tem quando regressamos da praia e nos cruzamos com pescadores que vão a caminho, e que ao topar o saco metem conversa connosco sobre as condições da pescaria, e nós ficamos a olhar para eles com alta poker face, a tentar decifrar o jargão e responder qualquer coisa que faça sentido muhahaha


no sábado de manhã estivemos por almograve donde participámos numa iniciativa épica, mas é coisa para merecer um post dedicado, lá chegaremos.

surprise

e à tarde, SUP na ribeira de seixe, YAY! finalmente.. mas para chegar à ponte são precisas duas horas, uma não chegou para tanto.

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ah, é verdade! comi uma bola com creme em odeceixe, para não dizerem que sem creme não têm piada lol o efeito foi idêntico ao da primeira, anyway.

e os pores-do-sol por ali continuam deslumbrantes e a proporcionar despedidas perfeitas.

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no domingo arrumámos a tralha e viemos subindo a costa alentejana, muito lentamente e a parar a cada 5 minutos, até tróia, onde demos as férias "grandes" por terminadas :)

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the end!


album completo da coisa aqui

Começando bem o dia

Agosto 20, 2015

primeiro foi a campainha a berrar, era o carteiro que tinha correspondência registada para entregar. pouco depois começavam as perfurações e as marteladas, abrir buracos nalguns 30cm de betão faz um certo barulho.. mas era esperado, pois andam a substituir a canalização dos painéis solares, algum dia havia de chegar a nossa vez. as obras eram no andar da frente, mas soava como se fosse dentro da nossa casa.

nisto, vai-se a electricidade, no momento em que o homem fazia a barba, "uai.. tu queres ver qu'os sacanas traçaram um cabo?”

ai o crl, tu queres ver que vou ter que tomar banho de água fria? fdx!

mas não tinham sido eles, e comentaram que andava gente a mexer no armário dos contadores, podia ter sido disso. hum.. homem desce e volta com a notícia que estavam a mudar-nos o contador.. O QUÊ!?

mas assim, sem mais nem menos? sem avisar que o iam fazer? tão mas chega-se aqui, corta-se a electricidade à malta e nem se telefona, ou envia um email ou toca na campainha para informar, quando ainda por cima têm que entrar em casa para mexer no quadro também? jeitosos, estes moços..

meia-hora depois, electricidade volta, rotina matinal prossegue.

as obras continuam até ao fim da semana, sexta sou eu quem vai levar com o pandemónio pela casa adentro logo cedo.. e vai ser jeitoso pela amostra que tive esta manhã XP

Aldeia da roupa branca

Agosto 16, 2015

ao fim de semana e meia de desbunda, a roupa suja começava a acumular e já tínhamos chegado à conclusão que lavar com gel de banho ou sabonete não se revelava muito eficaz.. se calhar era melhor ir comprar sabão.

e claro que tivemos um daqueles momentos.. interessantes, no supermercado.

sabão offenbach. já ouviram falar?

nós não.

cenário: dois adultos (às vezes não parece, mas é!), plantados a meio do corredor dos produtos de limpeza para roupa, vasculham uma nesga entre as caixas de detergente em pó e os frascos do detergente liquido, com um ar genuinamente confuso. tão a ver aquela cena dos deuses devem estar loucos, com a garrafa de coca-cola? mais ou menos isso lol

oi.. quésta merda? sabão offen..bra..ba..ch...? tão e sabão azul e branco, não há? e isto presta? ca raio..

smartphone > chrome > wiki sabao offenbach

"O Sabão Azul e Branco, também conhecido como Sabão Offenbach, (...) é um sabão português, produzido desde 1850."

AAAAAAAAAHHHH... mas são verdes.. nunca na vida tinha ouvido tal palavra e ainda sou do tempo em que a roupa lá em casa se lavava no tanque, lavadouros públicos e até na ribeira, e o sabão sempre foi "azul e branco", humpf!

por causa das coisas, trouxemos sabão rosa da confiança.. que só por acaso também é offenbach :D

also.. uau, ainda se vende sabão! mind blown...

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o homem gostou tanto da experiência de lavar a roupa no tanque que se mais tivesse, mais lavava lol até começamos a traçar um business plan para um lavadouro urbano, onde os hipsters pudessem ir lavar a roupa como no antigamente. aposto que ia ter alta sucesso!

mas por acaso, a roupa lavada à mão com o raio do sabão, parece que fica melhor do que lavada na máquina, com detergentes (supostamente) xpto.. e não me parece que fique muito necessitada de amaciador.

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De volta a terra firme

Agosto 12, 2015

quando liguei o carro, o termómetro marcava 37ºC.. OUCH!!

outro *pequeno* detalhe sobre a minha pessoa: eu gosto muito de calor, mas não me dou bem com muito calor. é a minha triste realidade.. fico mooooooole, leeeeeenta, pesadooooona, custo a respirar, pulsam-me os miolos, tenho tonturas. eu sei lá!

ainda por cima, queríamos aproveitar aquele último dia para passear, o que significava andar constantemente a entrar e sair do carro, logo não podia ter o ar condicionado ligado nuns agradáveis 22,5ºC. acumular mudanças bruscas de temperatura é coisa para me mandar ao tapete com dores de cabeça abomináveis, daquelas que até deixamos de ver, ouvir e pensar..

..e o homem ainda estava com ideias de irmos a corvos comer pizza, porque não estávamos assim tão "longe" como tudo isso. não que não fosse fixe, mas o accuweather estava a registar 40ºC em mértola. sinceramente, não estava nos meus planos ir pró alentejo cozer-me viva!

fomos a santa luzia com intenções de experimentar o polvo da zona, mas escolhemos mal o dia, os restaurantes estavam praticamente todos fechados. se bem que com aquele calor insuportável, fome não tinha quase nenhuma. ainda assim, entramos um snack bar e marchou uma saladinha bem fresca de polvo e outra de estupeta de atum (finalmente!!!), que souberam pela vida.. isso e o meio litro de água geladinha que bebi quase de penalti.

salada de polvo salada de estupeta de atum

also, aqui ouvimos pela segunda vez no mesmo dia, que a espanholada vem para cá e só faz porcaria. ai as memórias que isto me desenterra...

não me apeteceu ir ao pego do inferno, quis continuar junto da ria, andava fisgada aos flamingos. acabámos por ir refrescar o corpo na foz do gilão, e vimos mais umas salinas. flamingos é que nem a sombra..

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depois fomos até cacela velha. ouço falar tanto naquilo que seria uma falha gravíssima andar pela zona e não visitar. achei giro, muito bem preservado, e com uma vista fantástica. mas há sítios mais charmosos, tipo monsaraz. também não me parece que haja muito para fazer senão apreciar a vista e comer. por falar nisso, há lá um pequeno tasco (pelo que me apercebi, bastante concorrido), onde a brigada do mocassin gosta de ir sorver ostras frescas da ria e comer chouriço assado.

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daqui trouxemos umas histórias engrassadas, com uma gata. esta gata.

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esta gata dormitava à sombra, provavelmente tão mole devido ao calor sufocante quanto eu. tirei-lhe umas fotos, o mais sorrateiramente que consegui, para não incomodar a soneca do bicho... mas de pouco valeu, porque entretanto apareceu um bando de tiazocas, todas histéricas. viram o gato e ainda mais histéricas ficaram.

"ai... ê a puca? ê a pucaaaa? ê mesmo a puca! oh, mas está tão grande!!!"

todas a fazer festas e a querer pegar no bixo ao mesmo tempo e a fazer aquelas vozinhas estridentes e abebézadas que causam danos irreparáveis nos tímpanos. a alfa acaba por conseguir deitar o verniz à gata, arranca-a do muro e volta-se na direcção do tal tasco, berrando e abanando o bixo no ar "oh pai, ê a puca não ê? 'tá tão grande!!"

mas a puca não tardou a perder interesse e foi largada no chão. no meio da calçada. ao sol.

com o ar mais incomodado do mundo (nem sei como não as esquartejou todas, tinha sido bem feita), voltou para o muro e deitou-se novamente.. mas não tardou muito que voltasse a ter companhia. uma família de três, pai a fotografar todos os passos do petiz. "senta-te aqui", "agora senta-te ali", "agora faz umas festinhas no gatinho, faz!", e vá de sacar fotos "oh, é tão fofinho, não é?". nisto aparece outro puto, de outra família, a querer meter as mãos em cima do gato também. o pai desse, repreende-o todo enojado "deixa o gato, tomás. não vês que está todo sujo!?”

cenas...

de regresso a tavira, com passagem por cabanas para fazer tempo até à hora de jantar. estava TANTO CALOR às oito da "noite" que não. se. aguentava! a esplanada do três palmeiras parecia um forno e fazíamos viagens frequentes à casa de banho para encharcar a tromba.


para terminar em grande, gelado no centro da cidade. estava-se maravilhosamente bem na rua. amo noites quentes, é daquelas coisas que me deixa feliz só porque sim.

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estivemos sentados à beira do rio a fazer um balanço da nossa estadia por aquelas paragens. íamos para três dias, acabamos por ficar uma semana. se isso não é um bom indicador, não sei!

desde a comida deliciosa que enfardamos; das pessoas com quem nos cruzamos e conversamos (não estou habituada a gente tão simpática, descontraída, bem-disposta e comunicativa); da pacatez daquela cidade; daquelas praias areia fina e água morna; dos dias de praia absolutamente épicos; das voltas; dos passeios de barco na ria.. fiquei perdida de amores por um algarve que julgava não existir, e espero que se mantenha assim, por muitos e muitos mais anos.

gilão

saímos de tavira por volta das dez e meia da noite, com 32ºC. uma hora depois, chegávamos à terrinha, no outro extremo do algarve, com 23ºC : /

Se eu não fosse assim.. #4

Agosto 11, 2015

OK, confesso.. a ideia de comprar o balde de línguas de gato foi minha.

porque a) sei que ele gosta; b) aquilo tem quase 1kg, assim dura mais que os pacotinhos de 200gr que desaparecem em tempo nenhum; c) eu também gosto :D

só que não tardei muito a chegar à conclusão que aquilo é *pior* que os pacotinhos.. como tem tanta quantidade, se comer 5 ou 6 de seguida não se nota, o nível não desce, não pesa na consciência lol

sou gulosa para as ocasiões. se não tiver não me incomoda, mas se tiver incomoda-me.. e com tamanha tentação ali à mão se semear, disse ao homem que era melhor ele guardar aquilo sítio refundido antes que só restassem migalhas no fundo do balde. o que era capaz de não demorar muito tempo a acontecer.

longe da vista, longe do estômago.

fui dar com elas numa das vezes que abri o frigorífico. estavam aconchegadas na prateleira por cima, ao lado os garrafões de água. visíveis o suficiente para que não me esqueça delas, mas altas o suficiente para me aborrecer a ir buscar um banco para conseguir deitar-lhes as unhas.. ser baixinha (e preguiçosa) sucks!

101 coisas em 1001 dias, the end

Agosto 07, 2015

terminou o prazo da minha terceira lista das 101 coisas em 1001 dias. ao todo foram oito anos e 303 objectivos para riscar. metade ficaram pelo caminho.

é cada vez mais complicado reunir uma lista tão grande, quando a maioria dos objectivos que tinha já foi alcançado e os outros, mais difíceis, vão sendo sistematicamente adiados pelas mais variadas desculpas razões. ou simplesmente precisam de tempo para serem concretizados.

por isso, decidi que em alternativa a uma lista com prazo de validade, vou fazer uma bucket list com aquilo que planeio fazer, os desafios pessoais, as tarefas mais pertinentes, os lugares que quero visitar, ou revisitar, etc etc. assim poupo-me à sensação de missão falhada sempre que vejo o contador chegar ao 0 dias 0 horas e 0 minutos, e nem 50% dos objectivos estão riscados..

Bucket List

Agosto 07, 2015

Viagens

 

açores: ocidental

açores: central

açores: oriental

conhecer londres 15 novembro 2016

conhecer trás-os-montes 20 março 2016

maldivas

regressar a madrid 11 março 2017

regressar a londres 6 maio 2017

regressar ao campo do gerês 20 março 2018

segredo

segredo

segredo

segredo

segredo

 

Experiências

 

acabar lagos - sagres

assistir à aurora boreal

assistir ao sol da meia-noite

conduzir um super carro

conhecer mais aldeias históricas 25 março 2018

conhecer um deserto a sério

conhecer os alpes suíços

ir à comicon de san diego

fazer a mina dos carris e a mina das sombras

fazer a rota vicentina novamente

fazer o PR1 e o PR1.3 na madeira

 

Concertos

 

ver justice

ver lcd soundsystem 19 junho 2018

ver nin 14 julho 2018

voltar a ver tame impala

 

Pessoal

 

conseguir correr 5km sem pausas junho 2015

conseguir correr 10km sem pausas

curso de inglês avançado (ou iniciar outra língua estrangeira 4 outubro 2017)

experimentar yoga novembro 2017

licenciatura

perder a banha da pança

voltar a fazer laser

 

Casa

 

substituir a placa do fogão a gás para uma de indução

substituir o forno

meter cortinados

vender as coisas que não preciso

Os loucos dias de Tavira

Agosto 06, 2015

para fazer justiça ao titulo do post, vou começar por dizer que a água na praia da ilha de tavira estava tão apetitosa que no meu primeiro banho nem me dei ao trabalho de tirar a roupa, enfiei-me no mar tal como estava!

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sair da praia era o cabo dos trabalhos.. muitas vezes já o sol se tinha posto e só íamos, muito a contragosto, com receio de ficarmos sem jantar lol

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como chegámos à conclusão que o pequeno-almoço na ilha ou no mercado ia dar quase ao mesmo, tivemos uma lembrança gira: porque não apanhar o barco e ir até a tavira? a acordar cedo e sem muito para fazer, era da forma que aproveitávamos melhor a manhã. e assim foi!

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no sábado o dia estava assim pró quentinho. tomamos o pequeno-almoço, demos umas voltas pela baixa, e o homem até aproveitou para ir à tosquia. por volta da uma regressámos todos felizes, todos contentes.

nessa tarde sucedeu uma das cenas mais caricatas que já assistimos numa praia:

imaginemos um magnifico final de tarde. a atmosfera vestia-se de tons quentes, o mar transformava-se em prata ondulante, e a brisa que transportava resquícios do calor do dia acariciava a pele ao de leve.
passam dois mariscadores por nós. vêem pelo areal fora, a cumprimentar todos à sua passagem, com aquela muito boa disposição que caracteriza as gentes dali. vão passar as próximas horas enfiados na água até à cintura, a lavrar o fundo do oceano, para garantir que não falta conquilha para a malta patuscar.

entretanto, um outro casal mais ao fundo, certamente inspirado pelo cenário idílico e não se deixando intimidar pela proximidade dos mariscadores já no arrasto, inicia umas manobras quase acrobáticas de cópula. deitados, de joelhos, em pé, cada vez que olhávamos naquela direcção, tinham mudado a técnica.

aproveitávamos os últimos minutos daquele dia fantástico, a contemplar o oceano e a azafama das pequenas aves marinhas, que se debatiam com um cardume de pequenos peixes junto da rebentação.. nisto um valente berro ecoa pela praia, vindo do fundo das goelas dum dos mariscadores.

"AAAAAAAAAAAH CARAAAAAAAALHOOOOOOOOOOO..."

por breves momentos sustive a respiração, à espera do pior. mas depois...

"...VÃO FOOOOOODER PRÁS DUNAS, ÒOOOOOOO CARAAAALHOOOOOOOOOOO!!!"

não sei se os outros perceberam a dica, pois não pararam. nós também não conseguíamos parar... de tanto rir!

(mais tarde viemos a descobrir que eram uns espanhóis danados que também estavam no parque (e saíram na mesma altura que nós), pessoal com hábitos dá nisso. also, funny thing, ver as pessoas vestidas lol)

alguém deve-se ter esquecido do forno ligado no domingo, que estava um calor insuportável na cidade.. atravessar a baixa foi um suplicio. andar na rua só mesmo pela sombra, ao sol conseguia a ouvir a pele a fritar.

só queríamos era regressar à ilha. mas a caminho do barco, fomos abordados por um jovial empregado de mesa, à cata de clientela para o seu restaurante. normalmente agradecemos e continuamos caminho, mas este em particular fez o homem parar imediatamente. o que se seguiu foi um dialogo hilariante:

o empregado, mais cordial impossível:
- bom dia, será que os posso roubar-vos um momento do vosso tempo e interessá-los nossa ementa? temos pratos assim e assado, maravilhoso peixe fresco, blá blá blá, cataplana blá blá blá...

o homem, completamente assombrado pela voz do tipo e desligado do assunto, responde:
- man!! já trabalhaste na rádio? tens uma voz espectacular!

o outro agradece e continua:
- ah não, nunca trabalhei. mas já agora agradeço o elogio, fico com o ego em alta. mas veja só a nossa esplanada, está muito calor, mas temos duas ventoinhas especiais que emitem água vaporizada e blá blá blá... muito agradável...

e homem, que continuava fascinado com a profundidade e eloquência da voz radiofónica do outro interrompe:
- opá, a sério.. devias experimentar fazer voz-off ou assim!

cumprimentamos e seguimos caminho. um dia havemos de ir lá, mas só se ele estiver de serviço e atender a nossa mesa :D

de volta ao parque estivemos umas duas horas a cirandar junto dos balneários, à espera que os telemóveis carregassem (tenho que comprar um power bank, tenho que comprar um power bank, tenho que comprar um power bank…). o calor era tanto que só estávamos bem era encharcados. perdi o conto às vezes me enfiei debaixo do chuveiro naquele espaço de tempo lol

nessa tarde decidi desmistificar a história da bolas de berlim na praia!

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andavam dois vendedores diferentes por ali, e acabamos por comprar uma de cada, a ver quem tinha o melhor produto. um deles, o márinho bolinhas (o tipo leva aquilo tão a sério que se tatuou :D) fez-nos dizer qual era a melhor. por acaso saiu-se vencedor he he he

confesso que estava a espera de uma experiência transcendental, um foodgasm alucinante.. pelo que leio por aí, comer uma bola de berlim na praia é tipo o supra-sumo da gastronomia da época balnear. até fomos comê-las à beira mar e tudo, mas nada.. não me "tocou". aquela bola soube-me ao mesmo, quer estivesse ali ou numa pastelaria. não fiquei rendida ao conceito, apenas cheia de gordura e açúcar nos dedos e nos beiços.
mas hey devoradores fanáticos de bolinhas na praia, não me aticem já as sete pragas do apocalipse. paz e amor, eu também tenho as minhas taras e não espero que vocês as compreendam lol

nessa noite o calor era tanto, que quase dormimos na praia.. junto ao mar sempre estava mais fresco. pena que não arranjava posição confortável, tivesse eu uma almofada e já não me alevantava dali. quando regressamos ao parque, havia gente a dormir na rua. brutal!
tivemos que dormir com a "porta" da tenda toda escancarada. felizmente até a mosquitagem devia andar pedrada pelo calor, que não dei conta de zumbidos nessa noite.

segunda foi dia de passeio pela ria. tinha reservado uma tour no dia anterior, e as nove horas e vinte e sete minutos, estava um barco à nossa espera no cais da ilha. não demos paz ao senhor, sempre a fazer perguntas, quais putos na idade dos porquês :D

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como acho que não fizeram grande negócio connosco, aqui fica a dica: se quiserem passar uma manhã diferente em tavira, procurem estes moços :)

regressámos à base com intenções de levantar ferro naquele dia. arrumámos a tralha nas calmas. só faltava mesmo fechar a tenda quando disse ao homem:

"bora lá dar um último mergulho!"

AH AH AH que ideia brilhante! e agora quero ver quem é que me arranca daqui prá fora!!

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acabou por ser o melhor dia de todos. puta da água se tava boa \m/

quando passamos pela recepção para pagar o mais um dia, o homem lamentou-se, que estava tramado, não se conseguia ir embora dali. fomos à tenda buscar a tralha da praia e quando voltamos a passar pela recepção, o segurança meteu-se com o homem:

"foi o senhor que disse que não conseguia sair daqui? olhe se quiser, troque comigo. fica aqui, veste a farda que eu vou prá praia!”

muhahahah querias!

por acaso.. é impressão minha ou a malta ali gosta mesmo de conversar? já na noite anterior tínhamos sido interceptados por outros dois seguranças, e quase que ficávamos sem jantar por causa da conversa lol um deles ofereceu-se para nos fazer um roteiro dos restaurantes da rua portas de santo antão, pois tinha trabalhado por lá durante 20 anos e dizia que conhecia todos :)

no dia seguinte acartamos a tralha toda e bazámos sem olhar para trás, porque se tivéssemos, acho que ficávamos lá até ao fim das férias e não podia ser.. a nossa pele já não aguentava mais um dia de sol nem aquelas temperaturas.. nesta altura eu já me barrava de alto a baixo com biafine como se fosse creme hidratante. precisávamos de folga do calor. 

como a malta tá sempre a aprender, à saída fomos cravar um carrinho, para tornar a viagem até ao cais mais cómoda.

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entretanto o homem demorou-se ao devolvê-lo porque foi (mais uma vez!!) interceptado por alguém do parque a perguntar sobre a nossa estadia, se tínhamos gostado, e what not..

"...pois e vieram em boa altura, que ainda não há muitos espanhóis a fazer merda" opá, priceless!

por acaso se não limpassem a caruma do chão para aquilo fazer tapete e haver menos pó no ar; os tractores arranjassem rota alternativa para os restaurantes; e os banhos não se pagassem, mesmo que a estadia fosse mais cara, seria perfeito.

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resumindo, a ilha é um verdadeiro paraíso para quem gosta de "praiar" à séria (não há mais nada para fazer lá anyway). eu pelo menos nunca passei tanto tempo de molho numa praia portuguesa. só há um detalhe pouco fixe, pelo menos para a malta que se afasta da multidão para estar mais "à vontade". aquelas praias têm um sério problema com mirones.. e daqueles desavergonhados. vimos com cada figura... ó senhores!! é que já têm idade para ter juízo.. a sério!

o problema de ficarmos na ilha é não nos apetecer sair de lá. tinha no roteiro outras duas praias nas redondezas e acabamos por não ir a mais nenhuma, porque queimámos os cartuxos todos por lá. ohhh, lá terei que voltar a tavira, que chatice :D

camaleões é que nem vê-los :/

Pág. 1/2

'Le me

tem idade suficiente para ter juízo, embora nem sempre pareça. algarvia desertora, plantou-se algures na capital, e vive há uma eternidade com um gajo que conheceu pelo mIRC.

no início da vida adulta foi possuída pelo espírito da internet e entregou-lhe o corpo a alma de mão beijada. é geek até à raiz do último cabelo e orgulha-se disso.

offline gosta muito de passear por aí, tirar fotografias, ver séries e filmes, e (sempre que a preguiça não a impede) gosta praticar exercício físico.

mantém uma pequena bucket list de coisas que gostava de fazer nos entretantos.

'Le liwl

era uma vez um blog cor-de-rosa que nasceu na manhã de 16 de janeiro, no longínquo ano de 2003, numa altura em que os blogs eram apenas registos pessoais, sem pretensões de coisa alguma. e assim se tem mantido.

muitas são as fases pelas quais tem passado, ao sabor dos humores da sua autora. para os mais curiosos, aqui ficam screenshots das versões anteriores:
#12   #11   #10   #9   #8   #6   #5   #4

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