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lost in wonderland

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Summer of 16 // praia

Setembro 30, 2016

eu queria praia, e praia eu tive!

13 dias de praia seguidos. a maioria na ilha, os outros distribuídos entre cacela e o barril. 13 dias de praia, que seca do caraças.. HA HA HA, NOT! só tenho a dizer que fazia outros 13. nas calmas!

a praia da ilha é aquela que só lhe faltam coqueiros para parecer uma praia tropical das caraíbas. na zona onde costumamos assentar, algures a meio caminho da terra estreita, podia estar um bocadinho mais limpa. o mar traz muita porcaria para terra. é das praias onde me sinto mais confortável, gosto *mesmo* de lá estar.


a praia do barril é a que tem a areia mais fina, a que está mais limpa, a que tem os apoios de praia mais pitorescos, e atravessar aquele cemitério de âncoras é qualquer coisa de épico.

enche para caraças, mas nada que uma caminhada de 15-20 minutos não resolva. de regresso, já ao anoitecer, a paisagem pacata da ria rouba-nos o folgo, e deixa-nos emocionados perante a perfeição da natureza. fico sempre ali uns bons minutos, a absorver o cenário. se não ficasse tão fora de mão, tínhamos ido para lá mais vezes.


a praia de cacela é a que tem a paisagem mais bonita, e atravessar a ria à maré vazia é muito fixe. no entanto enche demasiado e não é possível fugirmos da multidão, acabo por não me sentir tão à vontade lá.



fosse em que praia fosse, mar tinha uma temperatura francamente escandalosa!

nos primeiros dias, andou bravo. o homem andava todo maluco nas ondas, mas eu tenho-lhes receio. era um drama, querer sair de lá, e ao mesmo tempo não querer sair de lá. mas tinha fé que a coisa havia de acalmar. e no fim da primeira semana, foi feita a minha vontade!


horas e horas de molho, naquela água cristalina e morna. bliss!!



sou muito friorenta e costumo precisar de pelo menos 15 minutos para entrar toda na água. vou-me molhando aos poucos, adaptando a temperatura do corpo à da água, sem grandes pressas. mas quando a temperatura da água esta praticamente à mesma que cá fora, não é preciso estar com mariquices. basta largar a correr da toalha e mandar um mergulho para dentro do mar. andei metida na água depois do sol posto, quase sem luz. era o quão boa estava a água.



(not so) fun fact. três dias antes de ir de férias, fui ao dermatologista mostrar uma maleita que me apareceu nas mãos em finais de junho e estava difícil de desaparecer. o sr. dr. receitou-me um creme e algumas recomendações, entre elas, evitar contacto prolongado com água. "use luvas", recomendou.

pois...

to be continued...

Summer of 16 // escapadinhas

Setembro 29, 2016

durante a primeira semana saímos da ilha apenas duas vezes. depois das oito/nove da noite, aquilo fica uma calmaria fantástica, nem parece agosto. a malta pira-se toda, e só fica quem está alojado lá. em contraste com o ambiente noturno de tavira, com as suas feiras de verão e animação de rua non-stop, é o paraíso.



na segunda, andamos por tavira quase todas as noites. ou escolhíamos um restaurante da lista do tripadvisor (e fizemos algumas descobertas impecáveis, daquelas que muito dificilmente arriscaríamos por conta própria), ou íamos à marisqueira do mercado, ou ao comer-até-cair-pró-lado de peixe assado, ou até ao centro comercial. houve dois sítios que ficaram por experimentar devido à afluência tremenda da época, mas não me chateio muito com isso, até porque prefiro ir em alturas menos concorridas. há menos confusão, o atendimento é melhor, e a comida é feita com mais calma e dedicação.


no verão passado fiz uma promessa, que neste havia de deixar-me de merdas e experimentar ostras.

aconteceu!

na primeira tentativa não quis experimentar ao natural. não só porque a ideia de comer os bichos ainda vivos faz-me confusão, como a descrição demasiado gráfica que o homem faz da sua textura tira-me o apetite lol. por isso, baby steps. até calhou bem, porque a pessoa encarregue de abrir ostras não estava ao serviço, e só estavam a sair ao vapor.

uma gotinha de limão, uma pitadinha de pimenta para espevitar o palato, um jeitinho com a ponta da faca para descolar o bicho da concha, e cá vai disto!

eeeeeeeeeee... meh! sou grande apreciadora de marisco, mas não achei o mais famoso dos bivalves nada por ai além. o problema podia estar na preparação. o homem, que nunca tinha provado ao vapor, constatou que ao natural sabem bem melhor.

outro dia, outra tentativa. nesta dei o salto de fé, e pedi duas ao natural. vieram três. comi duas delas. depois pedi mais duas para sobremesa. definitivamente, ao natural são mais fresquinhas e sabem bem melhor. quanto ao facto de estarem vivas quando são engolidas, é tentar que a gula ofusque o pensamento lol



pró ano contem comigo na fila de cacela velha, para comer ostras na tasca muhahahha

onze e quarenta da noite eram as nossas doze badaladas. se não tivéssemos à meia-noite em ponto nas quatro águas, ficávamos em terra. mas íamos sempre com tempo, e ficávamos na palheta com a malta do barco até à hora da partida. ainda sacamos umas dicas de tascos à maneira. nada como meter conversa com os locals para descobrir os tesouros mais bem guardados da terra.

to be continued...

Summer of 16 // bichezas

Setembro 26, 2016

durante a primeira semana, e para nossa surpresa (porque numa estadia anterior íamos sendo devorados vivos), os mosquitos estavam M.I.A.. já na segunda, quando as temperaturas aumentaram ligeiramente e o ar ficou mais seco, apareceram todos de uma só vez. fomos surpreendidos à saída da praia por um ataque cerrado. mas os sacanas não perderam pela demora, que nós vínhamos mais do que preparados para eles! 

a começar pelo spray para tecidos. calças e casacos tão empestados de shelltox, que nem se atreviam a chegar perto. as pulseiras de citronela também fazem um bom trabalho. o cheiro a citronela é viciante, apetecia-me snifar a pulseira a toda a hora :/

os balneários também ficaram infestados. sempre que íamos tomar banho, tínhamos que afogar um esquadrão inteiro de mosquitos. mas a invasão valeu totalmente a pena. se não, nunca teríamos ouvido o seguinte desabafo alheio, que descrevia perfeitamente o acto de ir ao wc naqueles dias:

"eh crl, estes mosquitos vão-me papar as nalgas todas!"

certa noite, por volta da uma da manhã, fui ao wc dar a última mijinha da noite. quando regressei, encontrei homem num rebuliço dentro da tenda. "anda aqui um bicho esquisito, parece um mini-escorpião!!" explicou-se, aflito.

(ver um macho adulto com medo de bichos minúsculos é uma coisa gira de se ver muhahaha)

eh lá!! vamos lá ter calma e encontrar esse bicho, que nesta tenda só há espaço para um escorpião. eu!

então, tentar fazer o mínimo de barulho possível - que os nossos vizinhos são árduos trabalhadores e precisam do seu merecido descanso. uns são vendedores ambulantes de bijuteria e trabalham de sol a sol, e os outros fazem limpeza nos restaurantes, e têm que acordar cedo, vá toca de tirar a tralha toda da tenda cá para fora. primeiro o edredon, depois os sacos, depois as toalhas e a roupa que andava à solta, depois as almofadas, e até o lençol do colchão. só não tiramos o colchão porque havia espaço para revirá-lo e inspeccionar o aposento. e nada do mini-escorpião.

voltar a fazer a cama, voltar a colocar tudo dentro da tenda. ninguém à volta pareceu incomodado com o restolhar e os cochichos, menos mal!

no dia seguinte, o homem acordou com o mini-escorpião.. ou melhor, com a bicha-cadela ao lado, na cama. morta. paz à sua alma.

outra das amizades que o homem travou, foi com uma das raposas juvenis da ilha. estão demasiado habituadas às pessoas, algo que lhes pode trazer problemas. há sempre aquele anormal que não gosta de animais e tenta fazer mal só porque sim. como aquele bando de putos que teve que levar nas orelhas.

to be continued...

Summer of 16 // rotinas

Setembro 25, 2016

queira-se ou não, até em férias, arranjamos rotinas. mesmo que sejam daquele tipo de férias descontraídas e sem horários, damos por nós a repetir os mesmos passos, dia após dia.

acordar, carregar os telemóveis enquanto os rituais de higiene matinais decorriam nas calmas, lavar uma ou outra peça de roupa (se não o tivéssemos feito na noite anterior), depois ajeitar a tralha na tenda (lá porque estamos de férias, não é desculpa para nos transformarmos em selvagens), pegar na bagagem de praia, seguir para a praia, tomar o pequeno-almoço pelo caminho. vir da praia, jantar pelo caminho, meter as coisas à tenda, dar uma voltinha pela areia ainda morna da praia, debaixo de céu estrelado, ir até ao cais de embarque conquistar o ginásio, ou ver o frenesim da malta à pesca, ou simplesmente curtir as conversas dos locais (são sempre muito animadas), voltar ao parque, tomar banho, ler um bocadinho antes de dormir. a primeira semana foi basicamente isto.

já na segunda, íamos quase sempre à noite para a confusão de tavira. e descobrirmos que havia wifi aberto no parque, foi altamente fixe para meter (e manter) as séries em dia :D

o tasco de praia onde tomávamos o pequeno-almoço e faziamos a bucha da tarde também tinha as suas rotinas. por exemplo, ter a mesma playlist do spotify a tocar dias a fio. proporcionou-nos vários momentos tipo groundhog day. o mesmo ambiente, a mesma música, as mesmas caras, a mesma refeição. parecia que estávamos presos sempre no mesmo dia, a revivê-lo over and over. os meus ouvidos acabaram as férias a vomitar os êxitos de verão pimbalhões.



para além de nadar, mergulhar, flutuar, ler, dormir, caminhar, fotografar, apanhar conchas também dedicamos algum tempo de praia a analisar as rotinas dos mirones. eles tem-nas muito bem definidas, e ao fim de dois dias no mesmo sítio, eram tão nítidas como a água do mar.
topar o padrão do comportamento de um mirone dá jeito. quer para não assentar arraiais perto no seu território, como para evitar cruzarmo-nos com ele numa das suas rondas intermináveis. já no extremo direito do barril onde os há a pontapé por causa da praia naturista, é mais complicado. a pontos de termos receio de ir caminhar pela praia deserta fora, que eles vêm logo no nosso enlace. rebarbados mais filhosdaputa, que não deixam ninguém estar em paz naquela parte da ilha :P



to be continued...

Mr Robot

Setembro 23, 2016

é nestes momentos que eu tenho pena de não saber escrever uma prosa decente, capaz de fazer justiça à obra de arte que é esta série..

a primeira season de mr robot ditou que as expectativas fossem altas. mas acho que ninguém estava à espera disto, ou sequer preparado para a viagem alucinante que foram estes 12 episódios..

isto não é uma série. é uma caça ao tesouro, um teste à concentração, um desafio à memória, um exercício de lógica, um murro no estômago.

a mestria do intrincado enredo tira-nos o folgo. não há pontas soltas. cada cena, cada fragmento de diálogo, cada elemento no cenário, até a escolha musical, tem uma relação. era preciso encontrá-la, ou então registá-la, porque ia ser necessária para compreender algum detalhe mais à frente. e porque o enredo desta season continua intimamente ligado ao da primeira, era preciso mantê-la fresca na cabeça.

os fãs mais techies da série não brincaram em serviço. vasculharam toda e qualquer linha de código que apareceu no ecrã, seguiram todas as pistas e obcecavam com os easter eggs e com as mensagens subliminares, analisaram ruídos suspeitos, chegando ao ponto de ouvir os episódios ao contrário para encontrar mensagens escondidas, que só serviam para intensificar ainda mais as teorias - e nem vamos falar das toneladas de teorias, e adendas às teorias que havia para digerir todas as semanas.

os timings dos eventos, as conversas enigmáticas, as cenas silenciosas, as referências, que serviam para confundir ainda mais. nada era deixado ao acaso, nada era coincidência. eram os 50 minutos mais intensos da minha semana. quando terminavam, sentia-me exausta, e completamente mindblown.

depois era correr para o reddit, chafurdar nas dezenas de posts que entretanto já tinham sido publicados com updates nas teorias, confirmar os detalhes, e as perguntas sem resposta que podiam ter escapado ou terem sido mal interpretados. foi brutal, no sentido literal da palavra.

a este elaborado mindfuck junta-se a magnificência dos planos, da fotografia, da banda sonora (que rendeu um emmy ao compositor), e a escolha musical que encaixa perfeitamente em cada cena.

quando este último episódio abre com a the hall of mirrors, dos kraftwerk, ia tendo uma coisa má! foi das músicas mais genialmente bem colocadas que tive o privilegio de testemunhar numa série. não só pela banda ser fundamentalmente conhecida pela cena tecnológica e robótica, como o som electrónico minimalista ter colado na perfeição com o cenário, e a letra resumir em poucas linhas os dilemas da personagem principal. fiquei arrepiada.

os actores conseguiram desenvolver personagens complexas e fortíssimas, com uma presença assombrosa no ecrã. intensas, profundas, e sem falhas. foram todos brilhantes, com prestações dignas de destaque. e gostei especialmente de terem sido as miúdas a carregar grande parte da acção desta season às costas.

e agora, temos pela frente nove longos meses, até que as perguntas que ficaram no ar comecem finalmente a ser respondidas (ou não!!). man....

Summer of 16 // o spot

Setembro 23, 2016

chegamos ao parque por volta das nove da noite. não estava a abarrotar, mas todos os nossos spots favoritos estavam tomados. entretanto topei que um dos mais concorridos estava ali desamparado, a fazer-nos olhinhos. provavelmente tinha vagado havia pouco tempo.

não é costume ficarmos tão perto dos balneários, mas a sombra era boa e não haviam muitas tendas à volta. decidimos arriscar, se fosse complicado por causa do ruído, era mudar o estaminé para outro sítio. mas entre o barulho dos autoclismos e o dos tractores a jardar pela manhã, venha o diabo e escolha. bom, em último caso, tínhamos tampões para os ouvidos.

acabamos por ficar naquele spot até ao final da estadia. apenas os dois últimos dias foram mais barulhentos, muitos dos residentes começaram a levantar o arraial fixo de três meses, e havia muita lavação de loiça e muita tagarelice.

a vida selvagem era o que produzia mais ruído. desde as cigarras que pegavam cedo ao serviço, à passarada. numa das manhãs, fui acordada por uma discussão conjugal entre um casal de pegas por cima da tenda. inacreditável a chinfrineira que aqueles pássaros fazem. also, até no reino animal os machos levam nas orelhas das suas companheiras. pelo menos foi o que deduzi da conversa lol

por não termos vizinhança colada à tenda, à noite não havia sinfonia de roncos, e adormecia embalada numa aprazível combinação de sons: a ondulação do mar, o trilar dos grilos, e o piar das corujas. tão booooom!! é sem dúvida alguma, a melhor parte de acampar.

anyway, descobri duas grandes vantagens em ficar próximo dos balneários (não que vá fazer hábito disso, but still): sabemos sempre quando estão a ser limpos (e rir das rants das mulheres da limpeza enquanto o fazem muhahaha), e os telemóveis andavam sempre carregados, não era preciso andar com powerbanks atrás nem cravar tomadas nos restaurantes \m/

e se andar só em t-shirt e cuecas já era algo que fazia sem pudores nenhuns naquele parque, agora, até ir tomar banho ao balneário masculino deixou de ser um acto furtivo (e não sou a única a fazê-lo, certos achados no conteúdo dos baldes do lixo dos chuveiros sugerem que a frequência feminina naquelas instalações é uma constante). encaro a coisa como se fosse um balneário misto, apesar de ir sempre fora de horas, para não perturbar o ambiente. obrigada gajos, por serem tão boa onda e não se importarem em partilhar as vossas instalações!

to be continued...

Summer of 16

Setembro 22, 2016

bom, let's get this party started, shall we?

por motivos de força maior, este ano as "férias grandes" foram chutadas para fins de agosto. era isso ou meados de outubro, e eu tinha sérias dúvidas se aguentava viva até lá, apenas com uma semana de descanso em março. além disso, férias grandes é sinónimo de verão. e verão é sinónimo de praia. e praia não pode faltar nas férias grandes :D

então e conta lá isa, que destino balnear refundido escolheste tu, para evitares as hordas de turistas de agosto que entopem o nosso pais de norte a sul?

tão a brincar ou quê?! algarve, claro!! tão a malta tava toda lá e eu não ia porquê? nunca ouviram dizer, que onde cabe um português, cabem mais dois ou três? lol kidding. andei a alinhavar uns planos de ir até lá fora ver as modas, mas por ter fechado a data tão em cima da hora, cheguei tarde e estava tudo cheio ou demasiado caro. e se é para enfrentar multidões de banhistas furiosos, faço-o onde já tenho experiência, né?

nem perdemos muito tempo com preparativos. a trouxa do campismo já estava na mala do carro, foi só enfiar umas roupas para dentro da mochila, pegar nas cenas de higiene pessoal, reunir o material electrónico, e tá a andar de mota!! ou melhor, de carro!!

e fomos fiados na sorte, que nem sequer telefonamos para o camping a perguntar se havia espaço para mais uma tenda. a pergunta que pairava sobre nós era outra:

será que vamos sobreviver a duas semanas de campismo em agosto?



to be continued...

Nas alturas

Setembro 20, 2016

tão a ver aquelas situações que achamos que vão ser épicas, mas que acabam por ser tão épicas que ficamos com dificuldades em gerir a dimensão da coisa? assim estou eu, nas últimas 24 horas.

passei o fim-de-semana nas alturas, literal e virtualmente. aliás, acho que ainda lá estou, porque ainda não me consegui habituar à ideia que tive que descer. 

tudo começou com a ideia peregrina que um amigo teve, de fazer a festa de aniversário numa penthouse em tróia. a mim bastou-me ler "tróia" no chat do whatsapp para concordar logo. quando vi as fotos da casa sugerida, fiz uma pinguinha, aquilo tinha que acontecer!

é muito raro conseguirmos combinar algo tão em cima da hora, existem sempre incompatibilidades de agenda, e ainda por cima tão longe. mas como não ia haver outra oportunidade daquelas tão cedo, ia quem conseguisse. os planos foram ganhando forma durante a semana, e no sábado às quatro da tarde subimos até ao 16º andar, carregados de comida, bebida, gelo, e boa disposição.

o apartamento em si era minúsculo, mas a área de terraço - a parte que interessava para a festança, era duas vezes e meia maior. e a vista lá de cima era... indescritível. deixamos cair o queixo, esfregamos os olhos, ajustamos as retinas, repetimos vezes sem conta se aquilo era real, porque não parecia real. 













o resto da malta foi chegando ao longo da tarde, a patuscada foi-se preparando nas calmas, e ao por do sol demos inicio às hostilidades. a festança acabou por volta das duas da manhã, pois havia quem ainda tivesse que regressar à base nessa noite.

seriam quase três da manhã quando eu e o homem atacamos o jacuzzi. a noite estava fresca, mas os 35ºC da água estavam perfeitos. desligamos as luzes todas, até as do jacuzzi, e saltamos lá para dentro. e aqui lamento, mas não é possível descrever a sensação de estar uma hora de molho em água efervescente quentinha, num 16º andar, a céu aberto, iluminados apenas pela luz prateada da lua cheia, que pairava sobre as nossas cabeças...

e ficou ainda melhor quando desligamos também as bolhinhas... não é mesmo possivel...

e sair de lá? "isto não volta a acontecer tão cedo, pois não?" repetia eu, em modo disco riscado, enquanto ganhava coragem para deixar o caldinho. por mim tinha ficado lá dentro até ao nascer do sol, mas às tantas teve mesmo que ser, a pele já não estava a achar muita piada.

nessa noite nem sequer queria dormir.. dormir, essa monumental perda de tempo.. queria ficar acordada, para aproveitar cada segundo daquela penthouse obscena. o sono venceu-me por volta das 5 da manhã, mas às 7 estava a despertar, de propósito para ver o nascer do sol da janela do quarto, para adormecer pouco depois e voltar a acordar às 9. essa manhã dividiu-se entre o pequeno-almoço, o jacuzzi, e as espreguiçadeiras do terraço. 







entretanto chegou a hora de arrumarmos a tralha, e de nos despedirmos daquele que foi o mais perfeito dos cenários de fim-de-semana de sempre.. mas podia ser pior, o dia esta impecável e a praia estava lá em baixo a chamar por nós. teria sido criminoso desperdiçar aquele que provavelmente seria o último dia de praia do ano.

desconfio é que o design hotel ficou arruinado para mim.. nunca mais vou conseguir lá estar sem dizer, "fogo, isto comparado com a penthouse não é nada". meh! vá lá que têm o spa e os quartos a favor deles hi hi hi

Dark Matter

Setembro 19, 2016

é uma space opera, (espero não ferir susceptibilidades) muita rasca. começamos a vê-la no ano passado, num dia em que só podíamos estar realmente aborrecidos.

tal não era a fé que os produtores depositavam no projecto, que parecia ter sido financiada com restos do orçamento do ano anterior.. a começar pelo nível arrepiante de amadorismo dos actores, guião destrambelhado, diálogos de ir ao vómito, cenários pobretanas, e efeitos especiais manhosos. uma autêntica comédia, de tão má que era..

e foi com esse mindset que decidimos acompanhá-la. aliás, era a única forma de conseguir tolerá-la. passávamos os episódios inteiros às gargalhadas.

a série foca-se nas (des)aventuras de um bando de desajustados, que vagabundeiam pela galáxia ao sabor do destino, numa nave espacial toda badass. estão unidos pelas circunstâncias de um misterioso evento que lhes roubou as memórias, e o seu passado é o maior inimigo que enfrentam. está sempre ao virar da esquina, pronto a baixar-lhes as calças.

apesar de se passar no espaço, nunca se viu um ET numa das estações espaciais ou planetas onde esta malta pára.. pelos vistos a galáxia está totalmente habitada por humanos. os cenários exteriores resumem-se a bosques depenados e armazéns abandonados, do tipo daqueles que podemos encontrar nos arredores cidades. mas enquanto a risota valer a pena, manda vir!

acontece que ao longo dos episódios, coisa começou lentamente a melhorar e quando demos por nós, já não a víamos pelo gozo, mas sim porque nos dava gozo. o desempenho (de alguns) dos actores estava a melhorar, o desenvolvimento das personagens seguia a bom ritmo, e a química entre elas a funcionava muito bem. as trapalhadas do gang decorriam com mais ou menos inspiração, os clichés continuavam a ser o prato do dia, mas o mistério era sólido quanto baste para nos deixar ansiosos pelo próximo episódio. a pontos de termos receio que fosse cancelada.

contra todas as probabilidades, conseguiu conquistar uma nesga do coração dos fãs do género, e ganhou uma fanbase com dimensão suficiente para o canal decidir continuar a apostar nela. 

a segunda season, que terminou agora, saiu mais madura, mais confiante, com menos oportunidades de gargalhadas, e com (um bocadinho de) mais qualidade. e alguma coisa eles continuam a fazer bem, porque já tem terceira season confirmada. e nós vamos ficar a salivar à espera dela, resultado do cliffhanger de fim de tempor(r)ada.



não deixa de ser um guilty pleasure, mas tenho cá para mim, que ainda se vai tornar numa série de culto nas trincheiras nerds :D

'Le me

tem idade suficiente para ter juízo, embora nem sempre pareça. algarvia desertora, plantou-se algures na capital, e vive há uma eternidade com um gajo que conheceu pelo mIRC.

no início da vida adulta foi possuída pelo espírito da internet e entregou-lhe o corpo a alma de mão beijada. é geek até à raiz do último cabelo e orgulha-se disso.

offline gosta muito de passear por aí, tirar fotografias, ver séries e filmes, e (sempre que a preguiça não a impede) gosta praticar exercício físico.

mantém uma pequena bucket list de coisas que gostava de fazer nos entretantos.

'Le liwl

era uma vez um blog cor-de-rosa que nasceu na manhã de 16 de janeiro, no longínquo ano de 2003, numa altura em que os blogs eram apenas registos pessoais, sem pretensões de coisa alguma. e assim se tem mantido.

muitas são as fases pelas quais tem passado, ao sabor dos humores da sua autora. para os mais curiosos, aqui ficam screenshots das versões anteriores:
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