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lost in wonderland

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Lost in… UK

Dezembro 08, 2020

[ no ano passado, por esta altura, estávamos na inglaterra. foi uma viagem *bem* diferente das três anteriores que tínhamos feito por terras de sua majestade, bem mais marada, e é um atentado eu não deixá-la registada. felizmente guardei notas bastante extensas, pois estava a pensar fazer um vídeo sobre isto, mas depois 2020 entrou (quase) a matar, e a minha estreia como iútúbara ficou em águas de bacalhau — provavelmente para o melhor lol ]

— 15 dezembro 2019

algures em setembro, recebi uma newsletter da easyjet, e tive uma daquelas ideias iluminadas muhahhaaha

porque o boris johnson estava determinado em fazer o brexit acontecer a 31 de outubro desse por onde desse, se os gajos saíssem mesmo da união europeia, iríamos precisar de passaporte para a viagem... e nós não temos o passaporte actualizado. expirou em 2015, e há 5 anos que andamos para renová-lo, portanto isto pareceu-me a desculpa mais idiota de sempre perfeita para nos ir obrigar a ir tratar do passaporte 🤩

bom.. a verdade, apesar de ter estado lá em janeiro, apetecia-me voltar outra vez. parece que apanhei finalmente a febre de londres e estou a compensar pelo tempo perdido. podia dar-me para coisas piores, creio 😬

a data escolhida foi dezembro — aquele mês fantástico para passear na rua em londres.. NOT! a não ser que gostem de ver as iluminações de natal, o que não é o meu caso. mas nós não estávamos a contar andar muito pelas ruas de londres anyway.

numa espécie de presságio do que estaria para vir, a coisa começou a prometer logo no momento em que escolhi as datas para comprar os voos e reservar as estadias. deu-se-me uma paragem cerebral ou lá o que foi, pois tava convencida que o feriado era a 10 de dezembro e não a 8, e assim só precisa a de meter um dia de férias, o único que me restava (este ano andámos muito vadios 😆)...

...a minha cara quando me apercebi que o feriado era a 8, e calhava no domingo… tá explicado porque é que os voos tavam com um preço tão porreiro 😐. oh well, what's done it's done.. siga!

esta não seria a nossa típica viagem limitada ao centro de londres. não, desta vez iríamos aventurar-nos pelo countryside inglês, que é como quem diz — EU IA CONDUZIR À DIREITA [fónix, que um ano depois, ainda me dá suores frios só de me lembrar muhahahah]!!!

contando que não me iria matar nas estradas inglesas, o plano era desbundar durante o fim-de-semana, e segunda e terça deixar o carro quieto num parque de estacionamento qualquer, e usar a belíssima rede de transportes públicos londrina. claro que o plano falhou redondamente! claro que não deixei de tentar fazer tudo o que tinha planeado! claro que conduzi quase o dobro do que esperava ter conduzido!

e acreditem quando vos digo, que se estou aqui hoje, é porque aquela malta lá é bastante civilizada ao volante 😅

to be continued...

Londres III // dia 3

Fevereiro 22, 2019

ao terceiro dia ia ser muito curto. depois de termos aproveitado o hub até ao último segundo, fomos tomar o pequeno almoço ao costa coffee (sou fã, admito). de caminho para victoria coach station, de onde saia o transfer, fui entrando em todas as boots que apanhei, à procura de uma coisa que não encontrei.

o autocarro partia à uma e meia, pelo trânsito londrino de sábado. uma secaaaaaaaa. em vez de ir apreciando as vistas do countryside inglês, meti a pala e fui a dormitar até stansed. fazer o transfer por autocarro sai barato, mas demora demasiado tempo.. não sei se repito.

li historias de horror sobre aquele aeroporto, mas sinceramente, a minha experiência não foi assim tão má. havia filas no controlo de segurança, mas andavam rápido, esperamos praí 10 minutos (se tanto) pela nossa vez.

a zona de duty-free é generosa e há muitas opções de comida por onde escolher. se é confortável para grandes secas à espera do voo não fiquei a saber, mas then again, (sem ser nas lounges pagas) algum é?

a ryanair é que... pronto... só deu a informação da porta de embarque 20 minutos antes do fecho, e 10 deles foram passados a chegar até à porta designada. é o preço que se paga por voos baratos. eles esmifram mesmo tudo o que podem... tipo, até têm escadas nos aviões para pouparem no handling 😐

para o voo de regresso à pátria não tivemos sorte na lotaria dos lugares… ou então tivemos! quando fiz o check-in restavam apenas quatro lugares, e ficou cada um numa ponta do avião - apesar de haver um lugar vago ao lado do meu (são mesmo sacanas, os gajos). mas com sorte, até à hora da partida aquele lugar não era atribuído a ninguém, e o homem podia ir sentado ao meu lado. figas!!

depois de abancarmos nos respectivos lugares, fui trocando mensagens com ele, a fazer o ponto de situação do lugar, porque estava claramente em competição com o meu vizinho barulhento da coxia. mal deixou de aparecer gente, o homem mudou-se de armas e bagagens cá prá frente. top!

descobri que os lugares da frente do avião suckam. primeiro leva-se com ar frio da rua enquanto o avião enche, depois passa-se o voo todo a ouvir a porta do wc abrir e fechar, e a levar com o cheio da comida a ser aquecida… fosga-se. a única vantagem é que é mais fácil sentar e sair do avião, de resto, não valem um corno.

mas à parte da fuinhice dos assentos ao calhas (e de nem por isso serem lá muito confortáveis), não tive razões de queixa da transportadora.

anyway, tenho a dizer que três diazitos em londres é a conta de que deus fez. dois (e meio) já é muito fixe, mas mais um não tinha feito mal nenhum. ainda há muita coisa que quero conhecer, mas preferencialmente com dias maiores (e se não foi pedir muito, tempo mais ameno).

ah, pro tip: se tal como eu detestam o sabor da água no UK (ou noutra cidade europeia), descobri uma solução que "minimiza" o problema.
praí duas semanas antes da viagem, comecem o processo de "aclimatação" bebendo água de monchique ou vimeiro original (se conseguirem!!!).

apercebi-me disto porque desta vez não stressei tanto com a água, e não demorei a encontrar a justificação: o homem adora o raio da água de monchique, e compra para beber durante o trabalho. e eu bebo por arrasto, porque gosto ainda menos do sabor da água da máquina.

Londres III // dia 2

Fevereiro 14, 2019

este dia sim, estava afogado em planos!

a começar pelo english breakfast no regency cafe, acho que nesta altura já é seguro declarar que ir lá tomar o pequeno-almoço já se tornou numa tradição. chegamos à hora de almoço, e aquilo estava a rebentar pelas costuras. mas aquela malta não brinca em serviço e despacha a clientela toda em menos de nada. por coincidência, ficamos na mesma mesa da última vez. brutal!

...and guess what? (como sempre) éramos os únicos cámones lá 😆

depois do pequeno-almoço impróprio para cardíacos, fomos para holland park, engordar a fauna residente. ninguém faltou à chamada lol

tivemos uma sorte dos diabos, que aquele dia estava fantástico. não estava frio, nem vento, e o sol aparecia várias vezes no céu. o gorro, o buff e as luvas eram demasiado quentes lol rapei muito mais frio em novembro, do que em pleno inverno. a parte chata é começar a escurecer por volta das quatro e meia.

e a seguir... shopping spreeeeeeee he he he!!

há uma coisa que me deixa frustradissima cá no rectângulo. estamos muito mal representados pelas marcas internacionais.. e com a exposição à internet, uma pessoa farta-se de ver trapos cheios de pinta, e só mandado vir de fora que cá na pas.. o que não é ideal, porque não sabemos tamanhos nem se assenta bem, nem podemos mandar vir metade da loja.. tão, um dos motivos da viagem a londres, era mesmo ir-me enfiar nas lojas, humpf!

selfridges, freepeople, e novamente ao westfield, onde voltamos ao ichiba terminar uns assuntos pendentes (e aproveitamos para jantar também, mas nem o ramen estava grande coisa, e muito menos o fried chicken karaage katsu.. deu para perceber a má pontuação que leva em todo o lado 😒) boots (porque eu tenho uma pancada por esta loja, vá-se lá saber..), uniqlo, e lululemon, onde o homem perdeu a cabeça lol acho que ficou apto a trabalhar naquela loja muhahaah

a minha sorte foi que não estava a pensar pagar bagagem extra à ryanair, tinha mesmo que ser contida.

chegamos ao hub completamente estourados, and good news, tínhamos a encomenda à nossa espera, yay! esta até mandavam para PT, mas no UK, os portes eram à borla, por isso, aproveitamos hi hi hi

Londres III // dia 1

Fevereiro 06, 2019

desta vez conseguimos chegar ao aeroporto uma hora antes da porta de embarque fechar, FUCK YEA! antes fazer directa (porque os preparativos ficaram prá véspera, como de costume) do que arriscar perder o avião (como de costume)..

and guess what? não havia filas nenhumas, apanhamos uma seca do crl… BAAAAAAAH!

primeira experiência a voar pela ryanair. o drama.. a tragédia.. o horror! ia preparada para o pior, mas à parte do spam inacreditável que eles fazem, e de atribuírem lugares ao calhas, e das medidas muito reduzidas da bagagem de cabine para quem é sovina e não quer pagar nem mais um cêntimo para além dos voos, correu tudo dentro do expectável. sem atrasos, apenas uma fila enorme na porta de embarque e a selvajaria do costume dentro do avião, porque tuga que é tuga arma confusão em qualquer situação. só pena os bancos serem TÃO desconfortáveis.. fónix. como tava de directa, fui semi-adormecida a viagem toda. ah, o homem ia sentado no lugar mesmo atrás de mim, por isso, até acho que tivemos sorte no sorteio dos lugares lol

chega-se a stansed, sai-se fora do quentinho do avião prá rua e vooooosh... ventinho gelado na tromba. não tive oportunidade de me equipar prás temperaturas siberianas daquela manhã, mas também, o percurso do avião à entrada da porta eram meia dúzia de metros, seguramente não ia congelar pelo caminho.

bilhetes do transfer comprados, pequeno-almoço no costa coffee. pedi um cinnamon roll escandalosamente delicioso!!! OMG, arrumava qualquer donut a um canto - e se eu gosto de donuts!

ainda tivemos que esperar cerca de 20mn pelo autocarro, na rua.. quer dizer, havia uma sala de espera quentinha para onde foi o homem, mas eu quis testar a minha indumentária anti-frio. nem por isso tava muito enchouriçada. a primeira camada era uma blusa interior térmica, a segunda uma sweater fina, mais um casaco de penas fino. a sul uns leggings polares, e as calças que uso quando vou pro mato. luvas, gorro, buff puxado até quase aos olhos. nada do outro mundo, e estava na boa. ou será que não estava assim tanto frio como tudo isso? saco do tlm, -1ºC. bom.. calor não tá 😬(pronto, vá! não tava vento nenhum, faz uma diferença do cacete lol)

as duas horas de viagem de autocarro até ao centro de londres até foram bastante confortáveis. ia com um olho aberto e outro fechado, a tentar apreciar o countryside inglês, que estava envolto numa neblina cor de gelo, e em muitas zonas coberto por um manto tímido de neve. mas eu tava confiante que estávamos bem preparados para as temperaturas a roçar o negativo.

tão e qual foi a primeira coisa que isa e o seu homem fizeram mal meteram os pezinhos na rua? foram directos ao posto de correios levantar uma encomenda da amazon, que já lá estava à nossa espera. ah poizé! se a montanha não vai a maomé, vai maomé à montanha - a mania que alguns sellers têm, de não mandarem as merdas para portugal, humpf...

...e vá, o posto ficava de caminho pró hotel. eu não brinco em serviço - tinha os percursos todos optimizados para passar o mínimo tempo possível na rua lol ainda não eram duas da tarde, mas fomos para o hub à mesma, a ver se nos deixavam fazer check-in meia hora mais cedo. se não, abancávamos na lounge à espera. não tava com pressa de fazer mais coisa nenhuma a não ser dormir umas horas. mas aquela cadeia de hotéis é definitivamente fixe, e lá fomos nós, a caminho do nosso quartito.

abrimos a porta, e… QUÉÉÉÉ ISTO? A SUITE PRESIDENCIAL?? atribuíram-nos um quarto "acessível", com um wc enorme (quase cabia um quarto dos outros) e uma cama king size, para além do espaço extra. nós à espera de uma caixa de sapatos, e sai-nos um palacete muhahahah top 👌. era virado para uma avenida bastante movimentada, e havia uma obra colossal a acontecer no lote da frente, mas não se ouvia um som vindo da rua. incrível.

anyway, pousamos a tralha e ferramos a dormir!

acordámos por volta das cinco da tarde, lá fora já estava noite cerrada.. fosga-se, e nós ainda nos queixamos! vá, let’s get this party started, siga pró metro até ao westfield, aka o maior centro comercial da europa. duas vezes o tamanho do colombo, mas muito, muuuuuito mais espaçoso e arejado. fiquei fã!

mas não íamos lá para fazer compras.. pelo menos ainda não lol começamos por atacar o ichiba, um food court / loja / mercearia / garrafeira japonesa. ajavardamos em takoyaki, tonkatsu donburi e katsukare e tava tudo delicioso. ou então éramos nós que estávamos mortos de fome, pois só tínhamos o pequeno-almoço no bucho. o mais difícil foi sair de lá sem trazer metade da loja connosco...

dali siga pró cinema, oh yeah! ver um filmezito que anda em tour pelo mundo, que eu queria MESMO ver no grande ecrã, e não estava para esperar que desse cá… se desse cá (vai dar, btw)!

sala cheia, só gente crescida, ao contrário da experiência anterior [há 21 anos!!!!], onde havia meia dúzia de adultos e o resto eram putos barulhentos. a malta toda a curtir o filme à brava, brutal! o do freeza não foi mau, mas este do broly tá do crl. porradaria de criar bicho e muitas gargalhadas!

londres começa a morrer por volta das 10 da noite, há pouca coisa que fica aberta depois dessa hora, e só lá mais pro centro mesmo. e como eu queria fazer uma bucha, não havia outro remédio se não ir pro centro. e siga pró bus - a ideia mais infeliz de todas, que estava um transito brutal àquela hora da noite e demoramos buéééééé de tempo 😝

finalmente chegados a piccadilly circus, todos lampeiros a caminho do cinnabon e pumbas, tromba na porta... NOOOOOOOOOO 😭 diz que fez as malas e pirou-se (mas não choramos, como este gajo lol)...

tão lá safamos uns donuts num tasco mais a frente na rua, e decidimos tratar logo deles ali, em vez de ir pró hotel. foi então que aprendemos um detalhe curioso: sem uma licença específica, não é permitido vender bebidas e comida quentes depois das 23h 😮 ou seja, fora *algumas* cadeias de fast food, não há lattes pa ninguém. oh cum crl!

o macdonaldo lá salvou a honra do convento, e por volta da meia noite, távamos no meio de leicester square, a comer donuts e a beber lattes, sem frio nenhum. ondé que estavam os -5ºC que a meteorologia prometia?

Lost in... Londres III

Janeiro 31, 2019

que é como quem diz, apanhaste-lhe o gosto, agora tás sempre lá metida! lulz vá, é só a terceira vez em três anos 😅

não há escape possível, londres é uma cidade do caraças. já andávamos com vontade de regressar lá havia uns meses, quando apareceu a derradeira desculpa. e como era daquelas coisas que tinha que acontecer, o universo conspirou a favor. consegui uns voos com um preço bastante interessante, vaga no hotel que queria, e bora nessa!

depois apercebi-me que ir para londres no final de janeiro não era lá uma ideia muito brilhante.. se quando tivemos lá em novembro tava um frio cabrão, em janeiro provavelmente nem íamos conseguir sair à rua 😱

...mas desta vez nós tínhamos algo a nosso favor: experiência!!! 

o maior problema é o choque térmico entre o exterior, que está gelado, e o interior de qualquer sítio onde se entre, que dá para estar em manga curta. a solução é camadas.. mas poucas, que nem eu nem ele apreciamos andar enchouriçados em roupa. as duas primeiras camadas seriam térmicas e bastante finas e leves, a terceira seria uma camisola normal, e por cima daquilo tudo, um casaco de penas. depois os acessórios, luvas, gorros, e para o pescoço, o homem sugeriu buffs.

tão e que melhor sitio para ir às compras se não à secção de desportos de neve? oh yeah, não vai haver frio que nos pegue!!

a parte mais gira aconteceu dois dias antes da viagem, quando na call diária de equipa, nós relembramos que íamos tirar os dois últimos dias da semana. e nisto, o outro colega presente diz que também vai tirar os mesmos dias.

“ah e tal, vou aproveitar para ir até londres“
“olha que coincidência tão gira, nós também vamos para lá! vais quando?”
“na quinta, buéda cedo”
“OI? não me digas que também vais no voo das 6:40 da ryanair??”

nesta altura já ia uma granda algazarra na sala, quando ele confirma, apareceu malta de todos os lados a mandar-nos calar muahahah tão fixe!

a menos gira foi praí duas semanas antes da viagem. o homem apanhou uma gripe de caixão à cova, que se fez acompanhar das amigas do coração, as infecções respiratórias oportunistas. ora, se quando ele vai para londres, vem de lá sempre adoentado, ir para lá com maleitas respiratórias não era fixe... tão trata de curar essa merda!

andou a dar-lhe forte e feio nas drogas, e na véspera fez um exame e foi ao médico confirmar que o pior já tinha passado e não havia complicações. se não, ia viajar com tanto stress, que voltava de lá ainda pior.

to be continued...

Londres II // Encontros imediatos de 3º

Junho 05, 2017

tínhamos acabado de entrar em hyde park. a tarde estava impecável, e o parque estava à pinha de pessoas felizes da vida, a aproveitar o bom tempo. nisto passa por mim um galgo desalvorado, e eu comento (no gozo!! que eu sei que aquela raça é suposto os cães serem esqueléticos), "ai pobrezinho do cão.. tão magro, com as costelas todas à mostra.. que horror.. deves passar fome.. belos donos que tens, que não te dão de comer.."

o cão andou ao nosso lado uns bons metros, a brincar com um galho, até que as tantas interceptou o homem e deixou cair o galho aos pés ele.

o homem pára e mete-se a brincar com o cãozinho, como faz sempre quando um cãozinho vem ter com ele. entretanto da dona apareceu, a pedir desculpas que o cãozinho era "useless", num sotaque inglês repenicado. o homem continuava a brincar com o cãozinho e trocou umas palavras com a dona, sobre a coloração pouco habitual para a raça, e sobre a jovialidade e simpatia do cãozinho. entretanto a dona pega no galho, atira para longe e seguimos todos com as nossas vidas.

todos menos o homem, que enfiou o nariz no telemóvel e pouco depois, desvia-se na direcção da dona do cão. leu alguma curiosidade sobre a raça do cão e foi-lhe perguntar, pensei. não seria inédito.

após uma breve conversa, vejo-o a apertar a mão à dona do galgo magricelas e quando volta, vem todo histérico da vida (já contei como é ele neste estado, não já?)...

acontece que a moça dona do cão, era nada menos que a actriz que faz de lena luthor naquela série maravilhosa (NOT!!!) que ele tanto gosta, a supergirl. diz que lhe disparou o "spider-sense" e até se eriçaram os pêlos da nuca (palavras dele)... reconheceu-a pela voz, googlou para confirmar, e foi ter com ela, perguntar-lhe se era quem ele estava a pensar. e era mesmo! e ela super simpática, estendeu a mão e cumprimentou-o com um caloroso "nice to meet you!"

o homem, que ainda mal tinha recuperado da revelação que tinha tido em primerose hill, passou o resto do dia aluado com os desígnios misteriosos do universo. nem sei é como ele a reconheceu.. a moça tinha a cara escondida atrás duns óculões de sol enormes e vinha embrulhada num lenço gigante lol

...e pronto, that's all folks!

Londres II // Sights

Junho 02, 2017

se eu soubesse que o mercado de camden lock (e camden town no geral) era assim TÃO FIXE, tinha trocado de bom grado os outros dois a que fui (portobello e borough), por este..

PQP, aquilo é um mundo!! precisava de um dia só para explorar aquelas lojinhas todas em detalhe.. perdemos lá uma manhã, e só não ficamos mais tempo porque às tantas era tanta gente que se custava a respirar.



e só não perdi a carteira cabeça numa loja de merchandising de anime lá do sítio porque apercebi-me que alguns preços estavam assim pró inflacionados, e conseguia comprar a metade do preço.. como aquela estatueta do goku que ando há anos a namorar.. precisei de *muita* força para sair de la sem ela.. buáááá!!

dali circulamos a cidade,

íamos em direcção a regent's park, mas ao entrarmos em primerose hill, o homem ficou curioso com a multidão a subir a colina, e quis ir atrás.. chegou ao cimo da colina e teve um chilique. haviam de ver o meu homem histérico, parece uma pita, aos saltinhos e aos guinchinhos muhahaha. tive que esperar que se acalmasse para me explicar que raio foi aquela reacção: teve um déjà vu porque aquele sítio apareceu numa das cenas do sense8 lol

pela vista, a subida valeu totalmente o desvio.



já que estávamos perto, fomos até abbey road ver um fenómeno muito curioso que acontece ali: pessoas a atravessar uma passadeira..

OK.. não é uma passadeira qualquer, é a passadeira!

sempre, sempre a chegar gente.. o tamanho da paciência dos condutores que passam naquela rua é colossal. quem tem que passar ali com frequência, tem lugar garantido no céu lol



é um fartote. ficamos montes de tempo a curtir a malta, a atravessar em poses e a tirar fotografias. claro que eu também atravessei a passadeira, para posteridade :D



(btw, o aspecto manhoso da foto é propositado.. tentei imitar o original mas não saiu grande coisa)

a caminho de hyde park abandonamos o autocarro à pressa, quando reparei que estávamos a passar por little venice. apesar do nome, parece uma amostra de amsterdão. tem canais, pontes, e barcos-casa. é sítio muito giro, muito agradável para passear.



em hyde park aconteceu um dos melhores episódios da viagem, que vai ter tem um post dedicado. ah, fui dar uma mijinha no palácio de kensington.



 ali fomos ver como estavam as coisas em holland park. um bocadinho melhor arranjado, muito florido, e moooooooontes de gente. nem parecia o mesmo parque da outra vez.



amooooo o kyoto garden ♥

não estava nos planos mas acabamos por passar por nothing hill, para ir comer a uma cadeia de hamburgers hipsters, chamada honest (estava na to eat list da outra viagem e não aconteceu). portobello era a tasca mais próxima de onde estávamos, por isso, siga. ao domingo não há mercado e a rua está muuuuuuuito mais calma, puf.

os hamburgers são muito parecidos aos do ground burger. não são maus, mas já comi hamburgers hipsters melhores.

na segunda passamos pelo british museum, mas depois de vermos duas exposições demos de fuga. demasiada confusão.



 visitamos o chelsea physic garden, o jardim botânico mais antigo de londres (criado em 1673), cheio de plantas venenosas que são usadas para fazer remédios lol



a parte mais curiosa é que tem colmeias próprias, pois precisam das abelhas para polinizar as plantas. e depois vendem o mel na loja, espertos. tão fixe!

nessa tarde, regressamos ao holland park na esperança que o ambiente estivesse mais calmo, e os bichos menos stressados. e tivemos sorte. os esquilos estavam on fire e limparam-nos os amendoins todos, e o único pavão macho que vimos deu espectáculo.



à saída do parque, passamos pelas santander cycles. e eu tive uma ideia genial:

"ouve lá.. tão e se em vez de irmos apanhar o bus, atravessarmos hyde park a pedal?"

oh, yeah... e foi das coisas que mais gostei de fazer!

é facílimo de usar (se bem que o homem teve que fazer uso do seu número inglês para tirar uma dúvida, mas até isso ajudou a tornar a experiência ainda mais fixe). quero um serviço destes em lisboa. já!!! (despacha-te emel!!)

adoramos as passeatas diurnas por aqueles bairros pacatos, cheios de mansões e townhouses charmosas: chelsea, kensington, primerose hill, st john's wood, maida vale, mayfair... e adoramos as passeatas nocturnas no sempre vibrante e caótico centro da cidade, pelo soho, e covent garden... quero voltaaaaaar!!!



álbum completo no sítio do costume 

to be continued...

Londres II // Amazon locker

Junho 01, 2017

no mês passado comprei uma máquina fotográfica, mas nem me lembrei que podia precisar de acessórios.. só depois de tê-la nas mãos e começar a ler/ver feedback sobre a sua utilização, é que me caiu a ficha.. para além da bolsa, ia precisar duma porrada de tretas..

uma bateria extra, porque a cabrona suga bateria que nem um vampiro depois de um sono de mil anos; um carregador para as baterias, porque notamos que a tampinha que protege a porta USB parece ser tão frágil que se for muito usada parte-se em tempo nenhum; uma película para o ecrã, porque diz que se risca com muita facilidade; e já agora, um grip para para se agarrar melhor nela.. ah, e um cartão SD ultra rápido para tirar melhor partido de algumas funções.. tudo merdas super caras cá, e que nem pensamos duas vezes em mandar vir da amazon..

"ouve lá.. se vamos a londres daqui a duas semanas, porque não poupas os portes e mandas a encomenda para um cacifo?" sugeri ao homem, enquanto se preparava para finalizar a compra.

fui pesquisar as localizações dos cacifos e haviam dois a meia dúzia de metros do hotel.. 
it's happening!!

fazer uma encomenda num país e recebe-la noutro.. how cool is that??

se o homem tivesse feito a encomenda na quinta de manhã, em vez de na quinta à tarde, no sábado quando lá chegamos, já estaria à nossa espera. assim veio no domingo de manhã.

o processo de receber a encomenda é estupidamente simples. quando estiver pronta para levantar, enviam-nos um email com um código de barras. basta chegar ao cacifo, e aproximar o código de barras do leitor e puf: abre-se uma portinha automágicamente!



acredito que devemos ter feito soar umas quantas campainhas, ao abrir a encomenda (que veio com um aviso colado nas costas) na biblioteca, inspeccionar demoradamente o seu conteúdo, e depois sair com a caixa debaixo do braço e deitá-la no contentor mais próximo. pergunto-me o quão perto tivemos de ser abordados pelas autoridades lol

to be continued...

Londres II // Alojamento

Maio 31, 2017

pois desta vez não quis cá saber de airbnb. fiquei escaldada. além disso, queria ficar mais perto do centro. os transportes públicos são brilhantes, mas não queria estar dependente deles se quisesse sair à rua.

conseguimos um dos últimos quartos (isto com dois meses de antecedência), numa cadeia de hotéis que já me tinha aguçado o apetite na viagem anterior, mas que por causa do preço (e provavelmente disponibilidade), ficou de parte. desta vez, já que poupei no avião, tou'ma cagar. quero dormir num sitio fixe!!

ladies and gents, behold, o mais cromo dos hotéis onde já tivemos o privilégio de ficar alojados: o hub!

A-D-O-R-E-I!!

o quarto pode ser pouco maior que uma caravana.. mas!! o espaço está super bem aproveitado, não falta lá nada. tem uma pequena secretaria, que recolhe para os pés da cama para não ocupar espaço. um pequeno roupeiro. espaço para guardar a bagagem, por baixo da cama. a cama ultra confortável. o wc é minúsculo, mas a disposição é perfeita, e dá na boa para duas pessoas tomarem duche juntas. os controlos da (intensidade da) iluminação e do A/C, estão num painel na cabeceira da cama, ou no telemóvel, na app do hotel. wifi poderoso. tomadas por todo o lado, incluindo uma europeia. um media hub embutido na parede, com entradas analógicas e digitais, e a tv suporta airplay e miracast (para streamar conteúdo do telemóvel ou do portátil). nem secador de cabelo falta.

tão, mas tão prático e acolhedor. brutal para estadias curtas.




"isto é a nossa cara", concluiu o homem, impressionado. indeed it is!

além disso, o atendimento é impecável. staff disponível e atencioso, guardaram-nos a bagagem antes do check-in, e deixaram fazer o check-in meia-hora antes. isto quando se está a morrer por uma almofada é uma dádiva dos céus. o check-in é super descomplicado, faz-se nos quiosques à entrada, a ficha já está preenchida com os dados da reserva, é só confirmar, e pagar, se for o caso. até os cartões de acesso ao quarto são gerados também no quiosque.

ah, e na zona da cafetaria havia chá e café à descrição para os hóspedes. ainda nos fomos lá servir umas quantas vezes :D



outro detalhe que gostei foi a segurança. para chegar ao quarto, tínhamos que usar o cartão para abrir duas portas, uma de acesso ao hall dos elevadores e escadas, e outra em cada patamar.

a localização não podia ser melhor, a dois passos de trafalgar e leicester square. e tudo quanto era transporte público à mão. definitivamente, não tem nadaàver, ficar no coração da cidade. proporcionou-nos uns passeios nocturnos valentes \m/

apenas um pormenor. o nosso quarto não tinha janela, a única altura em que isto fazia alguma confusão era de manhã, acordar sem luz natural. mas como andávamos o dia todo por fora a laurear a pevide, nem demos por isso. 

fiquei cliente prá vida ♥

to be continued...

London II // Internet

Maio 30, 2017

aproveitamos para meter em prática certas coisas que aprendemos na viagem anterior, como por exemplo, que wifi à borla não abunda em londres, e ter internet no telemóvel tinha dado jeito.

a solução mais simples passa por comprar um cartão SIM "pay as you go" (ie, um pacote no strings attached e quanto estouras tens que recarregar). todas as operadoras têm, e os preços são ela por ela.

foi só das melhores decisões que podíamos ter tomado neste segundo round. navegar pela cidade com internet na ponta dos dedos faz assim uma diferença do cacete. principalmente por causa dos transportes públicos, horários, e cenas. claro que como dois internet junkies que somos, também serviu para andarmos sempre de nariz enfiado no telemóvel a trollar a malta, a consumir feeds, entre outras coisas :D

o plano inicial era comprar um cartão SIM com 12GB de dados móveis na three (a operadora que encontrei com mais recomendações), por 20£. depois tornava o meu telemóvel dual SIM num hotspot, e o homem pendurava-se nele. era uma sweetheart deal, pois assim mantínhamos o cartões portugueses, caso alguém precisasse de entrar em contacto connosco.

podia ter seguido com o plano, mas como tinha uma vodafone ali estrategicamente posicionada à saída da victoria station, e sabendo que os preços praticados pelas operadoras são idênticos, achei que não fazia mal sair dali logo servida de internet. e foi assim que tive o meu primeiro número de telefone inglês yay

claro que nunca se sabe tudo, e aprende-se sempre mais qualquer coisinha no processo.. tipo, que a modalidade "pay as you go" não permite fazer tethering...

WHAT THE FUCK?? que serviço de terceiro mundo vem a ser este??

então eu tinha acabado de comprar um cartão da vodafone por 20£, com 4GB de dados, mas não podia partilhar internet com o homem?? FFFFFFUUUUUUUUUUUU!!

descobrimos logo em seguida que (provavelmente) nenhuma das operadoras faz isso, apenas com contrato. fónix... porque é que não nos lembramos a perguntar este detalhe?? porqué que em todas as merdas que li sobre comprar cartões SIM no UK ninguém fala nisto? oh well.. live and learn!

a caminho do hotel, descemos do bus precisamente à porta de uma three. aquilo só podia ser um sinal - um sinal que eu devia ter-me mantido fiel ao plano inicial (podia ser que ali me tivessem informado das condições do serviço)... e o homem foi comprar um SIM com 1GB para ele.

resumindo: se nos tivéssemos apercebido deste detalhe, em vez de um SIM da vodafone com 4GB, tínhamos comprado dois, de 1Gb de dados (que chega perfeitamente para 3 dias), pelo mesmo preço...


...mas se tivéssemos comprado os dois na vodafone, não teríamos ficado a saber que a cobertura da vodafone em londres é uma miséria. nunca vi as letrinhas 4G/LTE whatevs no meu telemóvel, enquanto o homem, com o seu cartão da three, raramente não tinha 4G :P

also, sabiam que não podemos ver pr0n por dados móveis? temos que pedir ao operador para desbloquear lol

to be continued...

'Le me

tem idade suficiente para ter juízo, embora nem sempre pareça. algarvia desertora, plantou-se algures na capital, e vive há uma eternidade com um gajo que conheceu pelo mIRC.

no início da vida adulta foi possuída pelo espírito da internet e entregou-lhe o corpo a alma de mão beijada. é geek até à raiz do último cabelo e orgulha-se disso.

offline gosta muito de passear por aí, tirar fotografias, ver séries e filmes, e (sempre que a preguiça não a impede) gosta praticar exercício físico.

mantém uma pequena bucket list de coisas que gostava de fazer nos entretantos.

'Le liwl

era uma vez um blog cor-de-rosa que nasceu na manhã de 16 de janeiro, no longínquo ano de 2003, numa altura em que os blogs eram apenas registos pessoais, sem pretensões de coisa alguma. e assim se tem mantido.

muitas são as fases pelas quais tem passado, ao sabor dos humores da sua autora. para os mais curiosos, aqui ficam screenshots das versões anteriores:
#12   #11   #10   #9   #8   #6   #5   #4

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