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lost in wonderland

lost in wonderland

Massada de peixe

Outubro 30, 2014

txé.. há praí um ano que não botava uma receita aqui O.o

 

tenho andado muito preguiçosa para fazer comida, é o que é.. o homem é quem tem andado mais activo pelos tachos, eu limito-me a preparar sopa, que me demora cinco minutos e depois estou de volta ao sofá he he he

 

mas ontem à noite fiz um esforço e documentei a preparação da janta. não é nada de finório, até porque não vejo o foodnetwork há meses (a box está desligada desde agosto!) e não tenho tido grandes inspirações culinárias.

é um prato recorrente aqui no nosso estabelecimento privado, especialmente quando o tempo começa a arrefecer, que é quando estas comidas de conforto sabem melhor. além disso, é muito simples e rápido de preparar e uma excelente forma de utilizar sobras que andem perdidas no frigorifico e no congelador.

 

muitas formas de fazer massada de peixe existirão, esta é a minha!

 

para duas pessoas:

 

(as quantidades são quase todas a olhómetro, uma das poucas coisas boas dos 35 - uma pessoa às tantas aprende a fazer as coisas sem pensar muito nelas, mas é mais ou menos isto)

 

 

- uns lombos de pescada (ou outro peixe qualquer que esteja a "cozer" dentro do congelador) e uns camarões que tenham sobrado de uma patuscada qualquer;

- massa dos cotovelos (no pacote costuma vir indicado a dose individual);

- uma cebola média;

- dois dentes de alho;

- 1/2 pimento;

- praí umas 5 ou 6 colheres de sopa de polpa de tomate;

- um cálice de vinho branco;

- azeite qb, para o refogado;

- 1 colher de sopa de creme de marisco;

- 1 folha de louro;

- um ramo de salsa;

- sal e pimenta moída (ou piri-piri.. ou ambos) qb;

 

primeiro ponho o peixe e o camarão (ainda congelados) a cozer em água temperada de sal (não convém usar muito btw). 5 minutos depois de levantar fervura, tiro o peixe e reservo a água da cozedura.

 

num tacho ao lado começo o refogado. aqueço o azeite juntamente com o piri-piri, a folha de louro e a pimenta, para os óleos libertados pelas especiarias aromatizarem o azeite. depois junto a cebola e o alho picados finamente.

 

 

quando a cebola fica translúcida, adiciono o pimento previamente cortado em tiras finas.. depois o tomate.. depois o vinho.. depois um bocado da salsa, picada.. e por último, a sopa de marisco (em pó), mexendo sempre. com a ajuda de um coador, transfiro a água da cozedura do peixe para o tacho e deixo apurar durante uns minutos.

 

 

depois junto a massa e adiciono água quente (para mão interromper a cozedura) suficiente para a quantidade de massa. entretanto descasco parte dos camarões e lasco o peixe, que serão adicionados ao tacho nos momentos finais, antes da massa ficar cozida no ponto. 

 

um minuto ou dois antes de desligar o lume, rectifico os temperos (com cuidado para nao queimar a língua lol) e tá feito!

 

 

maravilha, o estômago até bate palmas.. e a boca também por causa da malagueta - os sacrifícios que uma pessoa faz por amor :D

Frank

Outubro 25, 2014

outro pedaço de puro entretenimento hipster, bastante agradável de se ver que o homem desencantou (e que por acaso está também no cinema). conta-nos a história de um zé-ninguém com aspirações de músico, que um dia conhece uma banda composta por malta alucinada.

após uma breve actuação com a tal banda, acaba por ser convidado a colaborar no próximo álbum e vai-se isolar juntamente com o excêntrico grupo, no meio de nenhures. 

 

é uma mistura caótica de comédia e drama, ao som de música psicadélica bem marada, que nos faz rir e que nos deixa comovidos. está belissimamente escrito e filmado.. e porque não, cantado - já que foram os próprios actores que produziram grande parte da banda sonora :)

 

não sabia nada sobre o filme e consegui resistir ao impulso de pegar no aparelho mais próximo de mim que estivesse ligado à internet, para saber quem era a pessoa que passou 98% do filme com uma sinistra cabeça de papel em cima dos ombros, e cujo timbre de voz roça no do jim morrisson, e por vezes também no do beck. quando a revelação se sucedeu, só não caí de cú porque estava sentada no sofá lolão

 

…e é por isso mesmo que não linko nada. se estiverem interessados em ver o filme, aconselho a deixem-se surpreender como eu. o nome dos actores não aparece nos créditos iniciais, btw.

Sabem do que é que eu tenho medo?

Outubro 23, 2014

..mesmo medo, medo? dos 35 que estão aí a bater à porta!

 

os 30 não são nada em comparação. nada! 35.. que idade tão feia.. séria.. não gosto.
em tempos que já lá vão, costumava gozar com a malta que cortava essa meta, chamava-lhes dinossauros.. ò pra mim, prestes a chegar à tal idade jurássica!

 

e de nada me serve esconder ou fugir para o fim do mundo que eles vêem atrás de mim, todos felizes todos contentes, para onde quer que eu vá. quando me ponho a pensar nisso fico logo com afrontamentos. 

mais rugas e papos ali mesmo ao virar da esquina e daqui por uns tempos tou caída num qualquer salão de cabeleireiro a intoxicar-me com químicos manhosos para esconder os cães dos cabelos brancos, que teimam em nascer aos magotes. e a gravidade? essa é outra que não vê a hora de me começar a lixar o esquema..

 

vade retro.. buá!

Não sei que raio de bicho é que mordeu no homem..

Outubro 17, 2014

..que nestes últimos meses deu-lhe pro cinema hipster.. perdão.. indie.. whatever!

 

dos filmes que tem arranjado, uns dão-me vontade de ir a correr buscar os papéis do divórcio por me ter sujeitado a autênticas cagadas em três actos, outros deixam-me overwhelmed com sentimentos esquisitos que tenho dificuldades em digerir.. mas no bom sentido!

 

o que aprecio neste tipo de filmes é que são geralmente muito simples, decorrem a um ritmo muito calmo, sem grandes pressas de chegar a lado algum.. tipo, saboreiam o momento. não há cgi, apenas grandes actores, argumentos brilhantes e poesia em forma de imagens.

also, aprendi que não são para se ver em qualquer altura, é preciso estar no mood certo.. pelo menos comigo. bom, aqui ficam alguns que vi e adorei:

 

the kings of summer

 

simples, bonito e divertido, embora com um twist amargo. três amigos adolescentes decidem fugir de casa e passar o verão juntos, isolados do mundo.

é uma espécie de hino à liberdade e ao regresso às origens. muito bem filmado, cheio de cenas em slow motion, momentos kodak, e flares, como manda a lei :)

 

the way way back

 

estupidamente real, simplório e.. feio! pessoas feias (imo lol), cenários feios e antiquados. para além disso está repleto de situações desconfortáveis, daquelas que não conseguimos ficar imunes.

um adolescente com problemas de auto-estima e dramas familiares q.b… umas férias que têm tudo para correr mal, mas que se safam às contas de um tipo que parecia ter um parafuso a menos.

 

only lovers left alive

 

da primeira vez que me passou pelos olhos, não lhe liguei nenhuma, vampiragem não é a minha cena..

daí que quase, quaaase me escapou, não fosse algo curioso ter sucedido: uns meses depois ouvi uma música na rádio que me despoletou uma estranha reacção na mioleira: só conseguia pensar no filme!

devo ter associado a letra ao tema ou qualquer coisa do género.. o problema é que a música ficou-me no ouvido e não descansei enquanto não voltei a vê-lo.

 

a melhor forma que encontro para descrever este filme é uma pintura em movimento. abusa nas cenas paradas e em câmera lenta, que o torna muito calmo e sonolento.. quase que nos hipnotiza. o guarda-roupa e os cenários sombrios e decadentes transbordam detalhe e as cores muito saturadas, que mudam conforme o ambiente e as personagens conferem-lhe uma beleza surreal. o toque final é dado pela desconcertada banda sonora, que combina na perfeição com a estética do filme.

 

retrata basicamente a nostalgia exacerbada de dois seres imortais, extraordinariamente inteligentes e sensíveis, que se não se alimentassem de sangue e dormissem durante o dia, nunca os diríamos vampiros.

duas personagens que nos seduzem facilmente pelas suas personalidades vincadas e tão opostas uma da outra. enquanto um tem sérios problemas em lidar naquilo em que o mundo e se tornou, a outra, mesmo após tantos anos de existência continua verdadeiramente maravilhada, excitada e apaixonada pelas coisas belas da vida. complementam-se na perfeição e nutrem um pelo outro uma paixão incondicional e intemporal.

 

o argumento contém doses generosas de sarcasmo, que por vezes providenciam cenas de humor inesperadas, e diálogos que nos aguçam a curiosidade sobre o percurso daquelas duas almas pelos séculos passados.

 

tracks

 

outro daqueles que nos deixam lavados em lágrimas no final. é adaptado de um livro sobre a aventura verídica de uma mulher que decidiu largar tudo e lançar-se numa caminhada solitária de 2700km pelo deserto australiano até ao oceano indico.

 

praticamente dois terços do filme é uma pessoa a andar sozinha na vastidão das paisagens avermelhadas e ressequidas do outback, acompanhada apenas pela sua cadela e quatro camelos selvagens domesticados por ela própria. pelo meio, os encontros imediatos com as gentes locais, as breves companhias, os perigos e a exaustação física e mental que teve que enfrentar. 

 

a actriz principal, a mia wasikowska (que por acaso também entra nesse aí de cima) carregou com o filme todo às costas. tinha a missão de transmitir-nos a determinação, a coragem, a dureza e a solidão daquela jornada insana, e não se saiu nada mal. e os bichos que a seguem nesta aventura são adoráveis. nunca me passou pela cabeça achar isto de um camelo.. os camelos deste filme são adoráveis e melhores que muitos actores que andam por aí. nunca mais vou conseguir chamar "camelo" a alguém..

 

o filme é extremamente simples, básico e aporcalhado… e ao mesmo tempo tão puro e tão belo, que até arrepia. e faz-se acompanhar por uma banda sonora que se entranha e lhe dá uma profundidade ainda maior.

a única critica que lhe faço é na fotografia. o deserto australiano teria beneficiado de uma saturaçãozinha extra para fazer sobressair os tons avermelhados ainda mais e fazê-los contrastar com o azul do céu. mas é suposto ser um filme antigo, e seco.. o filme tem uma cor que dá sede :)

Então eu tinha um problema

Outubro 05, 2014

não era nada que me tirasse o sono ou me desse dores de cabeça ou sequer gases, mas era algo que tinha que lidar todos os dias e que me aborrecia. pessoas ocd têm destes dramas lolão

 

long story short, não sabia o que havia de fazer às escovas de dentes!

 

num copo não as gosto de ter, porque acumula água no fundo e faz porcaria, e por mais fixe que fosse tê-as simplesmente deitadas no degrau do lavatório não me parecia muito higiénico, porque voltavam-se e as cerdas ficavam em contacto com a superfície da loiça. pias da moda dão nisto..

 

meses desta tormenta chegaram ao fim, ontem à tarde na muji. mal entrei, os meus olhos encalharam nuns suportes para escovas geniais… é que nem pensei duas vezes e trouxe um par deles hi hi hi agora já as posso ter em cima do degrau com estilo e sem grandes dilemas :D

 

 

quem diria que um simples anel em cerâmica se revelasse numa solução tão prática. que belo exercício de design, este \m/

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'Le me

tem idade suficiente para ter juízo, embora nem sempre pareça. algarvia desertora, plantou-se algures na capital, e vive há uma eternidade com um gajo que conheceu pelo mIRC.

no início da vida adulta foi possuída pelo espírito da internet e entregou-lhe o corpo a alma de mão beijada. é geek até à raiz do último cabelo e orgulha-se disso.

offline gosta muito de passear por aí, tirar fotografias, ver séries e filmes, e (sempre que a preguiça não a impede) gosta praticar exercício físico.

mantém uma pequena bucket list de coisas que gostava de fazer nos entretantos.

'Le liwl

era uma vez um blog cor-de-rosa que nasceu na manhã de 16 de janeiro, no longínquo ano de 2003, numa altura em que os blogs eram apenas registos pessoais, sem pretensões de coisa alguma. e assim se tem mantido.

muitas são as fases pelas quais tem passado, ao sabor dos humores da sua autora. para os mais curiosos, aqui ficam screenshots das versões anteriores:
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