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lost in wonderland

lost in wonderland

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Dezembro 31, 2014

este meu 2014 foi muito apagadito, coitadito. inverno dolorosamente longo e desagradável, verão miserável, que mal aqueceu, trabalho, trabalho e mais trabalho, e muito cansaço.. a combinação perfeita para ter pouca vontade de me mexer..

 

mas para não entorpecer, voltei a fazer geocaching, que proporcionou alguns passeios interessantes por sesimbra, serra de montejunto e albufeira do maranhão; tive uma semana brutal na madeira, fartei-me de conduzir e conheci lugares incríveis; passei a semana e meia da praxe às voltas pela costa alentejana; andei metida no que sobrou do verão entre a arrábida e tróia (a descoberta do ano), na esperança de conseguir uns dias de praia minimamente decentes; e termino o ano na minha serra favorita. não foi o mais movimentado dos anos, mas não me posso queixar para não arranjar sarilhos com o karma :D

 

sucede que o que mais marca 2014 não foram as passeatas, mas sim as patuscadas.. foi só enfardar este ano!

 

deve ter sido para compensar o tempo asqueroso, uma pessoa precisa de consolo muahaha provei finalmente o arroz de lingueirão na carrasqueira, depois de anos a prometer; comi muito porco preto em tascas refundidas por esse alentejo fora; marisco à fartanzana; choco frito; bifes, tostas, wraps e pregos deliciosos; a juntar à caracoladas, nachadas e sushizadas do costume.. como só aumentei do 24 para o 26 nas calças é milagre!

 

isso e filmes. quando não apetece sair de casa, tornamo-nos muito íntimos com o sofá.. vi cerca de 100 filmes, alguns deles mais do que uma vez. aliás, foi assunto recorrente aqui no tasco, praí um terço dos posts que publiquei este ano são sobre cinema. faltou alguns que comecei a escrever mas que não passaram de rascunho. 

em novembro, e para desenjoar de tanta americanisse, voltamos ao anime. devorámos umas quantas séries quase de enfiada, para compensar os dez anos de hiato he he he ainda estou a decidir se hei-de trazer esse tema aqui pro blog ou se me deixe ficar quietinha. we'll see..

 

comemorei o meu 35º aniversário, algo que ainda hoje tenho uma certa dificuldade em aceitar, e por comemorar ficou o 10º aniversário de casório, mas logo se trata disso.. criançada, um conselho que vos dou de borla: casar no mesmo dia do aniversário, por muito giro que pareça é má ideia - eventualmente vão ficar deprimidos com a idade que não pára de aumentar (para não enumerar outros motivos, alguns ainda mais deprimentes) e perdem a vontade para grandes festejos. vão por mim que é verdade.

 

mais… tratamos de um assunto há muito pendente, levar o chasso a conhecer o criador (estava encostado há bastante tempo); o homem foi finalmente tirar o cornichon; arranjei um smartphone android (AH AH AH AH… as voltas que a vida dá); descobri que sofro de alergias (tive um ataque de rinite brutal porque andei metida no meio das ervas a fotografar flores silvestres), e parece que até a gatos sou alérgica (o universo tem um sentido de humor do crl); por falar em gatos, a gata deu-me cabo do juízo com as manias dela; meti-me nas corridas e depois parei por causa do frio; pedaleisup'ei; fiz cenas!

 

para terminar, cartão vermelho ao meu carrinho lindo, que me depenou à grande este ano. podia ter ido com o homem uma semana de férias com tudo incluído para as caraíbas com o guito que enterrei nele.. é bom que não dê chatices nos próximos tempos, não tou para andar a sustentar oficinas..

 

…e dentro de momentos seguem-se outros 365 dias novinhos em folha para torrar, vamos a isso. sem remorsos!

Coisas de gato

Dezembro 24, 2014

dos vários hábitos estranhos que os nossos senhores felinos têm, aquele que mais me intriga é a mania que eles têm de seguir-nos para o WC. uma pessoa não pode ir tratar dos seus assuntos privados em paz, que não tardando muito tem o gato à perna - pode estar a dormir, ou a brincar, ou a comer na outra ponta da casa, ou até mesmo derretido a receber mimos, que assim que topa alguém a deslocar-se na direcção da casa de banho, aí vai ele!!

 

as visitas à solitária são tudo menos solitárias quando se tem um gato.. e não adianta deixá-los fechados do lado de fora, que ficam ali plantados a esgravatar a porta e a miar com tom mais infeliz do mundo. tanto insistem que às tantas levam a melhor porque uma pessoa nem se consegue concentrar na tarefa que a levou lá.

 

dizem que os gatos não são tão fiéis quanto os cães, mas acho que não há maior prova de fidelidade que ter um gato - esse animal tão independente e senhor de si - sentado ao nosso colo ou aos nossos pés, a aguentar corajosamente a atmosfera potencialmente tóxica que toma conta do cubículo, como se fosse o seu dever.

 

companheirismo? oportunidade? solidariedade? curiosidade? fetiche? não encontro explicação para isto e ainda não li nada verdadeiramente conclusivo sobre tal hábito, por isso venham daí as essas teorias :D

Há sushi e sushi

Dezembro 06, 2014

as muitas barretadas que tenho apanhado em restaurantes de cozinha japonesa ao longo dos anos têm contribuído para a minha falta de entusiasmo em experimentar sítios novos. sempre que caio na asneira o faço, e já sabendo o que a casa gasta, ponho as expectativas bem lá no fundo. antes surpreendida que desiludida.

 

...e ainda assim fico verdadeiramente impressionada como alguns conseguem transpor a minha já baixa fasquia e revelarem-se mais maus do que ia preparada para tolerar. como uma experiência que tivemos recentemente.

 

vou omitir o nome da casa porque não me apetece confusões, mas é o exemplo perfeito para ilustrar as primeiras linhas deste post. digo apenas que se trata de um espaço com um estilo muito in, decoração sóbria e elegante, empregados de mesa fardados de preto da cabeça aos pés, generosa colecção de garrafas de gin no bar, música lounge, fashion tv a passar.. the works!

 

pelas fotos, comentários de clientes e pontuação que têm na página do facebook, parecia seguro arriscar e descobrir se servia para nos poupar umas idas a algés quando a gulodice aperta em ocasiões impróprias.

 

não ia com grande fé e cedo apercebi-me que se calhar devíamos ter jantado em casa, que tinha lá meia farinheira no frigorífico, à espera de ser combinada com uns ovinhos à maneira. tal e qual como ir ao supermercado com fome, a preguiça em fazer o jantar por vezes também nos leva a tomar más decisões lol

 

tenho a dizer que a experiência foi consistente do principio ao fim. começou logo pela ementa. no fim de uma lista pouco variada onde era tudo mais-do-mesmo, eis que os meu olhos encalharam na mais tradicional das especialidades japonesas:

 

picanha...

 

(é para quem não gosta de peixe cru ter uma alternativa, isa maria, não impliques com esses detalhes, mulher)

 

enfim.. pedido feito, eis chega um amuse-bouche que nos deixou incrédulos com o nível de sofisticação:

 

palitos de cenoura crua acompanhados por maionese de alho...

 

OK... se a cena da picanha fez soar algumas sirenes, a da cenoura disparou o alarme central... só não disparamos nós do restaurante porque não somos de fazer isso.

 

entretanto uma taça de sopa miso materializa-se debaixo das minhas narinas.. BLISS (amo sopa miso, é daquelas coisas que me aquecem o corpo e a alma)!

 

ah, sopa miso é aquela base, não há como enganar. ah ah ah i wish.. nem no pior dos restaurantes pseudo-japoneses que tive o (des)prazer de frequentar me serviram uma sopa tão meh. não que tivesse mau sabor ou estivesse estupidamente salgada, mas... salsa em vez de alho francês e/ou cebolinho? are you fucking kidding me??

 

o prato principal, um combinado de sushi-sashimi, nem por isso tardou a aparecer. a apresentação não estava era nada de especial mas já tive muito pior. o peixe é que.. bem.. ressequido e sem sabor nenhum. o meu paladar não conseguia distinguir se estava a comer salmão ou atum ou outra coisa qualquer, só lá ia pela textura (bom.. ao menos não me deu vómitos, como naquela que ficou conhecida pel'a mais vil refeição de sushi de sempre, em que tive que parar de meter comida na boca, sob a ameaça do estômago devolver ao mundo tudo o que tinha dentro). os uramakis (sushi invertido) davam dó de tão miseráveis que eram. minúsculos e tão mal amanhaditos, pobrezitos. tinha o telemovel em cima da mesa mas nem uma fotografia me apeteceu a tirar..

 

e provavelmente a coisa só não ficou pior porque nesta altura já só queríamos dar à sola :P

 

mas conta lá, ao menos safou-se o chá verde que pediste para acompanhar a refeição, certo?

 

epá, até nisso conseguiram enfiar a pata na poça. vinha morno.. MORNO, e tão concentrado que roçava o intragável.. acho que nunca bebi um chá verde japonês tão mal preparado.. às vezes tenho realmente pena de não ser uma daquelas pessoas com tomates para mandar as coisas para trás..

 

o ambiente é bastante agradável e o atendimento foi bom, mas falhou redondamente em tudo o resto.. e caro.. aliás... caríssimo para o que nos foi servido. sou levada a crer que, ou tivemos azar no dia em que escolhemos ir lá, ou nas pessoas a quem calhou o nosso pedido, ou um qualquer acidente cósmico que ocorreu naquele momento, não encontro explicação. anyway, não tenho vontade de voltar a arriscar, ficou automaticamente banido do nosso roteiro gastronómico.

'Le me

tem idade suficiente para ter juízo, embora nem sempre pareça. algarvia desertora, plantou-se algures na capital, e vive há uma eternidade com um gajo que conheceu pelo mIRC.

no início da vida adulta foi possuída pelo espírito da internet e entregou-lhe o corpo a alma de mão beijada. é geek até à raiz do último cabelo e orgulha-se disso.

offline gosta muito de passear por aí, tirar fotografias, ver séries e filmes, e (sempre que a preguiça não a impede) gosta praticar exercício físico.

mantém uma pequena bucket list de coisas que gostava de fazer nos entretantos.

'Le liwl

era uma vez um blog cor-de-rosa que nasceu na manhã de 16 de janeiro, no longínquo ano de 2003, numa altura em que os blogs eram apenas registos pessoais, sem pretensões de coisa alguma. e assim se tem mantido.

muitas são as fases pelas quais tem passado, ao sabor dos humores da sua autora. para os mais curiosos, aqui ficam screenshots das versões anteriores:
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