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lost in wonderland

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Sardenha // Golfo de Orosei

Dezembro 27, 2023

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o golfo de orosei é conhecido por ter das praias mais bonitas da sardenha, e se eu estava na sardenha por causa das praias, É LÓGICO que tinha que ir conhecer aquelas!

algumas destas praias têm acesso por terra, mas requerem uma caminhada valente. além disso, a mais bonita delas todas tem lotação limitada e paga-se o acesso. pelo que a forma mais recomendada para visitá-las é por mar.

existem três opções: ou cruzeiro/excursão, ou alugar um barco com condutor, ou alugar um pequeno bote...

ora, eu não tenho carta de navegação, a minha experiência a operar embarcações de recreio resume-se a canoas, gaivotas, pranchas de stand up paddle, e colchões insufláveis...

...MAS!

aparentemente não era preciso carta de navegação — ou experiência sequer! para alugar um pequeno barco insuflável com motor de baixa potência na sardenha 😲

opá se é assim, "isto tem que acontecer!!!", declarei!

daí que o assunto que me levou ao porto da cala gonone no dia anterior foi precisamente ir alugar um bote.
tinha googlado as minhas opções, que não eram poucas, mas chego lá e vejo mais de 15 barracas dispostas em rectângulo, SÓ para alugar botes e passeios de barco!!
caneco, quem não fez o trabalho de casa deve-se ver grego para escolher uma 😵‍💫

acontece que a minha primeira opção já não tinha barcos para alugar, mas indicou-nos que o vizinho da tasca ao lado ainda tinha UM!!
aparentemente estavam previstas condições excelentes para o dia seguinte, e houve uma corrida maluca aos barcos (e não haviam poucos!!)

enquanto o homem se meteu na conversa com a rapariga do primeiro quiosque, eu tratei de segurar o bote.

— "...mas eu nunca conduzi um barco na minha vida, tens a certeza que posso? mesmo?"
— "na boa, não há problema nenhum. eles depois explicam-te como o barco funciona, é muito fácil!"

...se eles não estão preocupados, porque é que haveria eu de estar? 🤷‍♀️

no dia seguinte, a caminho do porto, tomamos o pequeno almoço e compramos farnel para o dia, e às nove da manhã estávamos na fila para receber a nossa embarcação. era um vai e vem de botes que era uma coisa doida, porque os operadores têm os barcos de aluguer "estacionados" fora do porto, e vêm buscar os fregueses.

nisto chega a nossa boleia e 5 minutos depois estávamos no barco, a receber instruções sobre o funcionamento, regras de aproximação às praias, cuidados a ter, etc etc.

"estão a ver esta alavanca? ao centro é neutro, para cima acelera, para baixo faz marcha atrás. para meter o motor a funcionar é só dar à chave. sempre que quiserem parar por algum tempo, lancem a âncora e levantem o motor, e não se esqueçam de recolher a âncora quando partirem. não passem para lá deste ponto (aponta no mapa), nem se afastem muito da costa. se acabar o combustível, tá aqui a reserva (aponta para um jerrican debaixo do assento). tão aqui os números de emergência yada yada, avisem quando estiverem neste ponto yada yada... e até logo!" foi mais ou menos isto lol

20 minutos depois tava a jardar o barco como se tivesse nascido práquilo 🤩

fomos directos à jóia da coroa, a cala goloritzé, que também era a mais mais distante, e onde provavelmente íamos ficar mais tempo, e convinha chegar lá cedo, que o sol desaparecia por de trás da montanha por volta das 3 da tarde.

...e tal como o algodão, as fotos não mentem... fónix, que o raio da “praia” é mesmo bonita!!

cala goloritze

praia entre aspas porque aquilo não tem areia (só cascalho) e tão pequena que mal dá para estender a toalha. mesma assim, tava à pinha.

"estacionar" o barco foi processo que demorou algum tempo.. até aprendermos a controlar o barco parado, porque a corrente insistia em levá-lo para terra, e não podíamos estar dentro da zona limitada se não vinha um guarda berrar connosco, mais o cuidado que tínhamos que ter para não bater noutros barcos (igualmente a serem manobrados por pessoas sem experiência nenhuma na coisa) a tentar fazer o mesmo, e ainda ter a certeza que estava bem ancorado para não sair do sítio. mas às tantas lá conseguimos, e eu estava mais do que pronta para me atirar para dentro daquela água maravilhosa.

e foi neste momento que demos pelo fuck-up do dia... esquecem-nos de trazer o drone.......

noooo

cum crl, ainda por cima o o gajo do barco ao lado tinha um igual. tive quase para lhe cravar as filmagens 😫

para chegar à praia era preciso ir nado, e a nado eu fui. aliás, fomos os dois, à vez, para não abandonar o barco, porque ainda era longe e demorava um bocado a chegar lá pelos próprios meios. mas valeu totalmente a pena, que a praia pode ser pequena, mas é tão, mas TÃO bonita 🥹

depois de termos enchido a barriga daquele sítio extraordinário, fomos navegando na direcção da cala gonone e parando em frente a todas as outras praias. mas não chegávamos a ir para terra, porque era bem mais interessante mandar mergulhos do barco, nadar com os peixinhos, ou simplesmente ficar a flutuar naquelas águas cristalinas, com uma temperatura obscena, e um cenário de cortar a respiração.

sem palavras.

golfo de orosei
Cala dei Gabbiani
Cala Luna
Cala Luna Cala Luna

chegamos a terra brutalmente cansados — entre conduzir o barco (e o levanta baixa motor, e âncora, e sombra, e remar para trás e para a frente para não encalhar noutros barcos ou passar os limites), e saltar para dentro de água e subir para o barco e repetir até à exaustão... mas estupidamente felizes pelo dia fantástico naquela costa magnifica.
quase, quase que ficamos mais um dia, para repetir a experiência — E LEVAR O DRONE!!, mas a brincadeira não sai propriamente barata, o aluguer do barco + combustível rondou os 200€.

só sei que aquele sítio arruinou as praias portuguesas para mim. aliás, agora percebo porque é que nem por isso se vêm muitos italianos no algarve. com praias daquelas, fora para surf, não vêm para cá fazer nada...

o homem passou o dia todo a perguntar quando é que nos mudávamos para ali... realmente, não era nada má ideia 😁

entretanto, se eu já andava há montes de anos com vontade de tirar a carta de patrão local, aquilo serviu para me deixar com mais vontade ainda. adorei conduzir o barco, foi super divertido.

nasci para isto

continua

Sardenha // Costa Rei — Cala Gonone

Dezembro 06, 2023

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ao sexto dia na sardenha demos o segundo maior salto no mapa, desde a costa rei até cala gonone (cerca de 150km). pelo caminho atravessamos uma zona montanhosa BRUTAAAAL!! passei-me TANTO naquela estrada, que no ponto mais alto chegava quase aos 1000 metros de altitude. que curvas e contra-curvas tão satisfatórias, que asfalto tão suave, que vistas tão majestosas... 😱😱😱

canyon gorropu
canyon gorropu

claro que às tantas tivemos que parar para apreciar devidamente aquela paisagem obscena.

canyon gorropu
gorropu

canyon gorropu deve ser fantástico para fazer caminhadas, fiquei com pena de não termos oportunidade para calcar aquelas montanhas.

canyon gorropu

depois de quase 3h agarrada ao volante, e depois de um desvio até dorgali a ver se era um bom candidato para passarmos a noite (não era), chegávamos finalmente ao destino do dia.

cala gonone fica no golfo de orosei, que é um dos principais pontos turísticos da sardenha, logo os preços do alojamento reflecte a fama. mas como nenhum dos que estavam disponíveis no booking nos convenceu (para os preços que pediam), fomos para o parque de campismo (que também nem por isso saia barato).

apesar de ficar à beira da estrada principal, e na zona mais exposta ser um bocado barulhento por causa do trânsito, e as instalações serem um bocado antigas, não era mau de todo. para mim bastou-me o facto de ser um pinhal digno do nome, em vez de ter meia dúzia de eucaliptos tísicos que não fazem sobra nenhuma. tinha aquele cheirinho a resina que tanto gosto, e o som do vento a passar pelas agulhas dos pinheiros é dos meus sons favoritos na natureza.

montamos o arraial e depois descemos até ao porto, que eu tinha um assunto para ir tratar lá.

cala gonone foi amor à primeira vista. é a combinação perfeita de mar e montanha, tem um cenário absolutamente deslumbrante. 

a vila em si não é muito grande e pareceu que boa parte das casas são de férias. mas apesar de totalmente voltada para o turismo e de estar bastante populada já no início de julho, parecia pacata e a malta local bastante simpática. e a maioria falava inglês decente. até os turistas pareciam atinados. a maioria eram italianos.

na avenida principal, que tem uma vista incrível sobre o oceano, como seria de esperar, são hoteis e restaurantes porta-sim-porta-sim. e também não faltam lojas de jóias e artesanato local e centros para reservar actividades. nessa tarde/noite jantamos cedo, num restaurante frequentado por gatos vadios, que não me largavam porque eu tava sempre a dar-lhes comida, e depois fomos curtir a vila. havia lá uma festarola qualquer mas não era nada de especial, só tascas de comes e bebes e pouco mais.

o passeio junto ao mar é super agradável e tem praia em praticamente toda a sua extensão. pareceu-me ser um excelente sítio para ficar uma semana de férias, com tanto para ver e fazer ali naquelas paragens.

cala gonone

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Sardenha // Costa Rei

Dezembro 05, 2023

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já não acampávamos desde 2017 (OMG, fidaputa do tempo passa tão rápidoooooo 😱😱😱), e as minhas costas não acharam lá muita piada ao colchão insuflável, que se calhar aos 37 é tolerável, mas aos 43 nem por isso. acho que precisamos de um upgrade. passei muito tempo às voltas até me deixar dormir, e ainda acordei umas quantas vezes, bah!

diria que a estadia no camping do capo ferrato não sai particularmente barata, mas as instalações são impecáveis. havia papel higiénico nos wc's, e dispenseiros com sabonete líquido, coisa que muito raramente (se alguma vez) se apanha em parques de campismo (pelo menos em portugal), a não ser que alguma alma descuidada se tenha esquecido deles. haviam wc's com bidé inclusive na casa de banho dos homens, e colunas de som, sintonizadas numa qualquer rádio que passava êxitos italianos dia e noite (e que dão a sensação que no que respeita a música, aquela malta parou nos anos 80 e há qualquer coisa de mágico nisso), e ter som ambiente quando se vai fazer o nº 2 num wc púbico torna a coisa menos constrangedora.

o supermercado, apesar de pequeno, tinha tudo o que era necessário para a malta se governar. íamos lá todos os dias buscar o pequeno-almoço e o lanche.

no primeiro dia no camping sucedeu um fenómeno interessante. já havia dias que andávamos a receber alertas de mau tempo no telemóvel, mas aquilo era estranho porque quando ia consultar a meteorologia, não via motivos para tal. vai-se a ver, eram testes de alarmes à população (os avisos estavam em italiano e inglês), em caso de emergência grave. havia um teste em particular que estava marcado para o meio-dia. e ao meio dia todos os telemóveis que estavam na sardenha emitiram um aviso sonoro. foi uma experiência interessante, ouvir dezenas, provavelmente centenas de telemóveis, cada qual com o seu toque de alerta, a tocar em uníssono.

neste dia ficamo-nos pelas praias das redondezas, a começar pela praia de ginestre, porque ficava literalmente à frente do parque,

camping capo ferrato praia de ginestre

depois fomos andando para à direita, até à rocha do pepino, e subimos o morro para ir espreitar a praia de santa giusta que até parecia fixe... não tivesse sido invadida por algas foleiras.

rocha do pepino

o dia tava ventoso, mas por acaso ali perto da rocha do pepino até estava abrigado, então estacionamos ali um par de horas. a temperatura da água estava brutal e o sol super forte, pelo que passei bastante mais tempo enfiada dentro de água do que fora.

mais tarde pegamos no carro, que eu estava com o fogo no cu para ir checkar a cala pira, o primeiro local na sardenha onde depositei uma estrela nos mapas do google, quando há uns anos me apareceu no feed do instagram.

cala pira

a praia é de facto muito bonita, mas estava demasiado exposta ao vento acabamos por não ficar muito tempo. as casas em frente à praia é que me despertaram a curiosidade. parece-me um sítio espectacular para alugar uma casa de férias (se é que os proprietários as alugam... mas até compreendo se não o fizerem, se eu tivesse ali uma casa alugava mas era o crl 😆).

seguiu-se a cala sinzias, que por estar mais abrigada, ainda rendeu uns quantos mergulhos no mar.

ao jantar, porque o homem tava de apetites a peixe, fomos a um restaurante um bocado mais catita, e que estava à pinha, apesar de não ter achado nada de especial. pastas e pizzas os italianos sabem fazer, assar peixe é discutível lol

janta

ainda assim, deixamos reserva para o dia seguinte porque haviam cenas na ementa que ficamos com curiosidade em experimentar.

no segundo dia fomos para os lados de villasimius, mas antes de irmos bater com os costados na praia, tínhamos uma encomenda da amazon para levantar num cacifo num supermercado da vila. e claro, que indo a um supermercado, aproveitamos para comprar o lanche do dia.

arrotamos 10€ para estacionar o carro para ir para a praia. aquela malta não brinca em serviço, tinham lá uma operação bastante organizada para fazer caber o maior número de carros possível no pequeno espaço disponível para estacionar. vá lá que não se pagava o acesso à praia.

passamos o dia na punta molentis, primeiro no areal, mas porque estava uma ventania desgraçada, mudamo-nos para a praia de calhau, onde se estava bastante melhor, e a água estava deliciosa, tão cristalina que me fazia confusão, não conseguia tirar os olhos da água. ainda consideramos encher a prancha de SUP mas deu-nos a preguiça de ir buscá-la ao carro lol

punta molentis
punta molentis
punta molentis
punta molentis punta molentis

a água estava tão boa, mas tão booooooooooa. parecia uma piscina. ridículo!!!

o regresso tivemos que parar duas vezes (aqui e aqui) para mirar as vistas panorâmicas, que são absolutamente pornográficas.

vista panoramica

um casa de italianos que parou ao nosso lado e pediram ao homem para lhes tirar uma foto (ou foi o homem que se ofereceu, não apanhei essa parte pois estava demasiado ocupada a tirar fotos lol) perguntou-nos se éramos polacos (por causa da matricula do carro) 😆

ao jantar abrimos as hostes com uma pratada de mexilhão. não é um marisco que me agrade particularmente, mas todàgente naquele bendito restaurante pedia mexilhão para entrada e sentimos um certo FOMO lol mas percebe-se, eram realmente bons, o sabor era bastante diferente do mexilhão tuga.

mexilhões

na última noite de campismo as minhas costas já se tinham acostumado ao colchão e dormi que nem um bebé. menos mal!

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Sardenha // Teulada — Costa Rei

Dezembro 02, 2023

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aprendi que um dia na zona de teulada não chega pá ponta dum corno. aliás, há tanta coisa para ver na zona mais a sul da sardenha, que provavelmente uma semana é pouco...

a melhor parte que é aquela zona nem por isso parece ser muito turística. deve ser porque chegar lá é um granda pincel, e acaba por ficar mais salvaguardada das hordas de turistas. mas é tão bonita, tão selvagem.

às 10 da manhã estávamos prontos para mais um dia de desbunda. para vingar o dia anterior, o plano era passar o dia todo enfiada em praias. e o dia todo enfiada em praias estive 😃

a tour de barco era apenas da parte da tarde, o que ainda nos deixava umas horinhas para ir apreciar outra praia ali nas redondezas, chamada porto pino. uma praia enorme, dunas de areia branca fininha, rodeada de lagoas onde supostamente habitam flamingos (não vi nenhum), e água do mar cristalina. por acaso o cenário tinha algumas semelhanças com as praias da ria formosa ou até mesmo de tróia.

porto pino

como fomos cedo, tivemos que pagar estacionamento para o dia todo, 7€. TAU!

a manhã estava um bocado enevoada e escura. estava calor e o mar tinha uma temperatura bastante agradável para aquela hora, mas acabamos por ficar mais tempo a apreciar a areia e as vistas do que enfiados dentro de água. adorei a praia e gostava de ter ficado lá o dia todo.

dunas porto pino dunas porto pino

às duas da tarde estávamos na marina de teulada, à procura do nosso guia. pensava que o bote iria a transbordar de turistas, mas éramos só nós e um jovem casal austríaco. o guia não falava uma palavra de inglês, cheira-me que os austríacos fizeram o mesmo que eu, que toda a comunicação que fiz com a empresa foi em italiano, com a ajuda do google translate e eles acharam que percebiamos italiano lol. aliás, o guia pensava que pelo menos nós éramos talianos, aparentemente o meu nome é comum praquelas bandas lol (há uma cadeia de supermercados com o meu nome, e ao passar pela segurança do ferry, ao regresso, perguntaram-me se era italiana 😆 por acaso diz que tenho duas costelas lol)

o homem, que se ajeita com línguas 😏, desenrascou o italiano e fartou-se de falar com o guia. cada vez que o guia explicava qualquer coisa sobre o local onde estávamos, o homem traduzia a mensagem em inglês para o outro casal perceber, e vice versa, que eles às vezes tinham perguntas. foi muito giro.

demos a volta a um ilhéu, paramos em 5 praias, e fomos até ao cabo teulada, o ponto mais a sul da sardenha.

numa das praias, o guia desfez uns gressinos para dentro do mar e apareceram uma porrada de peixes à beira do barco. aproveitamos para mandar uns mergulhos naquela água azul cristalina, que me soube pela vida. só tinha visto água daquela cor no mar das caraíbas, quando tivemos em punta cana. custava-me a acreditar que tínhamos água daquela cor na europa.

porto scudo, uma das praias que tinha curiosidade, não achei nada de especial, o areal não tinha assim grande aspecto e o fundo do mar estava cheio de folhas. mas gostei de ver as vaquinhas a curtir a praia. fiquei um bocado com inveja da vida que elas levam ali lol

porto scudo
porto scudo

porto zafferano é lindaaaaaaaa. a areia é branquinha, com uns laivos de rosa, finíssima, macia. A água estupidamente límpida. só tive pena de não termos estado lá mais cedo e num dia mais luminoso, para apanhar o azulão incrível que apanhamos nas praias que passamos antes (e que se vê nas fotos do local no google). a paisagem é totalmente selvagem, sem casas à vista, só natureza.

porto zafferano
porto zafferano

o acesso a esta praia é um bocado complicado. só é visitável nos meses de verão, só se pode aceder por mar, e supostamente não se pode ancorar o barco e desembarcar, mas a malta diz que é tranquilo dar um passeio pelo areal, desde que o barco não esteja muito próximo da praia e não se leve nada connosco, nem nos aventuremos para dentro de terra. 

ficamos lá ate ao pôr do sol, a fazer um lanchinho providenciado pelo guia. mas aquilo soube-me a muito pouco. quero lá voltar e da próxima vez não há-de ser em tour, para apreciar aquilo como deve de ser e ao meu ritmo!

porto zafferano

por volta das seis e meia metemo-nos a caminho da costa rei, onde tinha o camping marcado. segundo os mapas do google, iria levar cerca de 2h15mn, mas como tinha que atravessar la capital lá do sitio, cagliari, a coisa podia descambar.

entretanto a malta do camping mandou um email para saber do nosso paradeiro, e se a reserva era para manter. depois de uma breve troca de emails e um telefonema, ficamos a saber que depois nas 21h, só já lá estaria o guarda nocturno, mas que até as 23h era possível entrar. menos mal.

ao travessar cagliari (btw, pronuncia-se “càlhári”) fiquei com pena de não termos ficado lá uma noite, mas as minhas prioridades eram conhecer praias, não cidades lol mais outra coisa que ficou marcada como “prá próxima”.

pode ter sido um esticão valente de se fazer ao fim de o dia, mas fiz aquelas estradas, principalmente nas zonas montanhosas, com um sorriso de orelha a orelha. ainda por cima, no percurso entre cagliari e costa rei, tinha uns quantos túneis bem longos. adorei!

chegamos ao camping as 21:30 e afinal a funcionária da recepção ainda estava lá para nos receber. super simpática, apesar de termos chegado tarde e a más horas, e explicou todos os detalhes do parque enquanto nos levava ao nosso spot.

tinha mencionado num post anterior que tinha decidido alugar um frigorífico, porque íamos ficar la 3 noites, e aquilo dava jeito para manter as bebidas e os snacks refrigerados, e os icepacks congelados.

como tal, estava à esperava que me dessem umas chaves e me dissessem, “os frigoríficos estão ali naquela casa, e o vosso é o nº tal”. o que eu não estava à espera — de todo, era de encontrar um pequeno frigorífico no nosso spot....

frigorifico

sem cadeado sequer, à confiança. tipo... o que é que impedia os outros campistas de irem lá comer e beber as nossas cenas, ou de eles próprios irem lá refrigerar bebidas? nada, absolutamente nada lol

como o restaurante do camping já estava fechado, acabamos por ter que ir explorar a vilazinha. aparentemente, a costa rei é uma espécie de estância balnear. só tem casas de férias, e um pequeno centro comercial ao ar livre, onde está o grosso do comércio e dos restaurantes lá da zona.

comi uma pasta mesmo boa nessa noite. fónix que a pasta na itália não tem mesmo nada a haver, e até as saladas têm outro nível.

continua →

'Le me

tem idade suficiente para ter juízo, embora nem sempre pareça. algarvia desertora, plantou-se algures na capital, e vive há uma eternidade com um gajo que conheceu pelo mIRC.

no início da vida adulta foi possuída pelo espírito da internet e entregou-lhe o corpo a alma de mão beijada. é geek até à raiz do último cabelo e orgulha-se disso.

offline gosta muito de passear por aí, tirar fotografias, ver séries e filmes, e (sempre que a preguiça não a impede) gosta praticar exercício físico.

mantém uma pequena bucket list de coisas que gostava de fazer nos entretantos.

'Le liwl

era uma vez um blog cor-de-rosa que nasceu na manhã de 16 de janeiro, no longínquo ano de 2003, numa altura em que os blogs eram apenas registos pessoais, sem pretensões de coisa alguma. e assim se tem mantido.

muitas são as fases pelas quais tem passado, ao sabor dos humores da sua autora. para os mais curiosos, aqui ficam screenshots das versões anteriores:
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