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lost in wonderland

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Lost in... London II

Maio 29, 2017

here we go again, here we go go go... *

e esta foi a segunda viagem que compramos pelos saldos da easyjet, em dezembro. ainda estávamos no rescaldo da viagem anterior, mas como voltei de lá a sentir que não tinha vivido a cidade devidamente, queria uma desforra a.s.a.p.

mas antes de continuar, tenho que deixar aqui uma reclamação à minha pessoa.. eu julgava que já tinhas aprendido, isa maria, que marcar voos para de madrugada, é uma péssima, péssima ideia. porque não dormes, porque andas grogue a manhã toda, e porque vais perder 4 horas preciosas da tarde a fazer uma sesta para recuperar minimamente... humpf!

e aquela manhã de sábado teve tudo para correr mal,

primeiro porque somos umas pessoas muito descontraídas e chegámos ao aeroporto quase em cima da hora do fecho do embarque, e porque nos esquecemos que para londres, temos que passar pelo controlo de alfândega.. e estava uma fila medonha para o controlo de alfândega, porque estavam apenas dois postos abertos, para dois voos para londres à mesma hora (vergonhoso, aquele T2 do aeroporto de LX), e estava todàgente em pânico, e todàgente a querer passar por cima uns dos outros. quase que dissemos bai bai à viagem. ainda assim, não fomos os últimos a entrar no avião (tugas lol) :D

e apesar do voo ter saído de lisboa à hora prevista, e ter aterrado em gatwick dez minutos antes da hora prevista, tivemos que esperar quase meia-hora na pista, à espera de slot para o avião estacionar.

não seria problema se não tivéssemos bilhetes comprados para um comboio que partia dali a 30mn. e ainda tínhamos que sair do aeroporto, e chegar à estação dos comboios, e levantar os bilhetes na máquina, e não fazíamos a mínima ideia de como era o processo porque era a primeira vez que íamos andar de comboio. bom, foi uma correria insana, mas conseguimos apanhar o comboio (até ao dia de hoje, ainda estou para saber como é que conseguimos tal feito).

yep.. nós dois somos aquelas pessoas que atravessam os corredores dos aeroporto correr, feitas parvas, porque cenas :P

às 10.30 da manhã estávamos a atravessar o tamisa, mas eu vinha tão concentrada nas 4!! chaminés da battersea station que nem dei por isso. apenas vi o tamisa uma vez, nos três dias que estivemos em londres. 


apesar de termos repetido algumas coisas, esta viagem foi completamente diferente da outra, sem planos, e sem horários nenhuns. a única coisa que fazia questão, era de ir a camden ver os mercados, de resto era para curtir a cidade como nos apetecesse, coisa que não aconteceu da outra vez, porque estava demasiado frio para andar na rua, e os dias eram minúsculos.. ideia de merda, ir a londres no inverno. nunca mais!!

agora, com luz até às oito e meia da noite, temperaturas mais suportáveis, e net no telemóvel, a história foi completamente diferente.. foi épico, a todos os níveis. voltei de lá definitivamente fã daquela metrópole \m/

repetimos principalmente comida. ramen no tonkostu do selfriges (fomos também ao shoryu, bestramen. ever!!); nandos; krispy kreme; fish and chips; voltamos ao regency cafe, para almoçar english breakfast. adoro aquele sítio, bué castiço, e adoro o cota que atende a malta. o tipo despede-se da clientela pelo nome, com aquela familiaridade reconfortante, típica de tasco de bairro que conhece os clientes desde sempre. quando saímos, e o cota despediu-se do homem pelo nome, fiquei de rastos :D

mal metemos os pés em lojas. ok.. fora as lojecas em camden lock, fomos à forbidden planet, ao japan center (ainda bem que não temos cá nada parecido.. era a minha ruína :D), a uma comic store perto do hotel, a uma h&m porque o homem calculou mal a bagagem e precisou de uma long sleeve, e ao john lewis à hora do fecho para ir buscar um chromecast. de resto, entramos no selfriges para ir comer, no boots buscar lenços e drogas (tá visto que o homem constipa-se sempre que lá vai), e no tesco comprar água (bargh) e alcagoitas.

estivemos quase... quase... para ir ver uma peça. íamos a passar numa das ruas principais do centro, quando vi a fronha do "bobby axelrod" na fachada de um teatro e dei uns saltos. fui pesquisar se havia bilhetes para o dia seguinte e havia.. mas.. tive medo de arriscar. não sou grande fã de teatro, e os bilhetes mais baratos não me garantiam que ia conseguir ver grande coisa da actuação do homem, e tive medo de dar o tempo por desperdiçado, enquanto podia aproveitar cada minuto na cidade. não me arrependo, mas por outro lado, ficou-me aqui um feeling de assunto inacabado :/

o voo para lá correu muito bem. apanhamos um bocadinho de turbulência, mas tudo suave, e o avião ainda cheirava a novo (o airbus nº 250). no regresso, saímos de luton com tempo relativamente bom, mas antes de aterrar cá, os pilotos tiveram que fazer umas piscinas.. parece que o aeroporto de lisboa esteve fechado uns momentos por causa do mau tempo e provocou fila.



to be continued...

London // sights

Dezembro 28, 2016

como este post é supostamente o menos interessante do rol (ou não tivesse eu percorrido todos os clichés de londres, que todàgente já conhece ou ouviu falar), vou temperá-lo com uma boa dose de parvoíce :D

estivemos em piccadilly circus à noite e de dia. é uma confusão do caraças seja a que altura for. falhei em compreender o fascínio por esta praça, não achei nada de especial. além disso, a fonte estava em obras, o que não ajudou muito.

passamos pela abadia de westminster, que não visitamos. dissemos olá ao big ben e tiramos umas quantas selfies parvalhonas que rezo para nunca caírem nas interwebs. passamos a ponte de westminster (yay, o famoso tamisa) para ter uma perspectiva frontal das houses of parliament, que não fomos visitar.



aqui sucedeu um avistamento inesperado. uma raposa a deambular pelo jardim do hospital ali ao lado, em pleno centro da metrópole. waaaa... a primeira coisa que me ocorreu foi que seria de estimação. mas não haviam humanos por perto, e ninguém se meteu com ela durante os minutos que andou debaixo dos nossos radares, e tampouco tinha ar de estar domesticada.. ficamos realmente impressionados por ver aquele animal ali.. não, não sabia que londres tem uma população de cerca de 10 mil raposas urbanas. brutal!!!

"caímos" na asneira de ir andar no london eye. não estava nos planos, não tinha comprado bilhetes com antecedência, a fila para a bilheteira era medonha. mas o homem achava que já que estávamos ali, devíamos ir só porque sim. oh well.. tá engrassade, mas não, há cenas mais fixes onde estourar as 25£ que custa cada entrada.



arrisquei a vida para tirar esta foto em frente ao ministério da defesa. estava um guarda armado com uma metralhadora, ambos a olhar para mim com ar de poucos amigos. tudo porque foi cenário de um dos meus filmes favoritos dos últimos anos.



e já que estávamos numa de locais de filmagem do edge of tomorrow, seguimos para a trafalgar square. acho esta praça lindíssima - vista de cima. vista ao nível dos olhos não é nada por aí além. anyway, o mais interessante que encontrámos nesta praça foram os semáforos.

depois continuamos pela the mall, uma larga avenida que vai em linha recta até ao palácio de buckingham. reconhecia-a facilmente da tv, não só o tom cruise passou por lá a jardar de mota, como o clarkson e o bando do top gear gostavam muito de ir para lá fazer macacadas.

no palácio de buckingham, sôdona rainha estava em casa mas não deu o seu ar de graça, ao ajuntamento de curiosos cá fora. fiquei com a sensação que deve ser chato, ter uma multidão (onde me incluí) sempre à porta da nossa casa, a fazer figuras tristes. se fosse a rainha, vinha cá fora correr tudo à vassourada!



gostei o memorial da rainha victoria, parece que é muito querida dos ingleses. tem a alcunha de "avó da europa" porque a sua descendência espalhou-se por quase todas as casas reais europeias. sei destes factos (ligeiramente) interessantes porque umas semanas antes, andámos a ver uma série biográfica sobre esta monarca, que me fez ficar agarrada horas a fio à wikipedia, a consumir informação sobre realeza na europa. acabei a ler artigos sobre a primeira e a segunda guerras mundiais :/



tower of london não tava praí virada, i don't do medieval. a tower bridge de estava em obras, e os meus planos de tirar bué de selfies em posições ridículas lá saíram todos esburacados, como o asfalto que eles estavam a substituir no tabuleiro.



agora as torres de vidro. marquei o pequeno-almoço no darwin brasserie, no 36º andar do 20 fenchurch street, aka walkie talkie. achei que era uma forma fixe para visitar o sky garden. quando recebi o mail da confirmação da reserva, vinha lá a falar em dress code e entrei em pânico. dress code, para ir tomar o pequeno-almoço, really? vou ter que ir carregada com roupa de propósito? NOOOOOOO... depois fui ao site e vi que só era imposto a partir das cinco da tarde. uuuuuuuff!!

só por causa das coisas, fui vestida como uma soccer mom em dia de treino!

a vista sobre a cidade é mil vezes mais interessante que do london eye. o espaço é muito agradável, e como fomos antes da hora da abertura aos visitantes estava muito calmo. quando saímos, a fila para entrar dava a volta ao edifício.



o the gherkin é capaz de ser das torres de vidro mais bonitas que já vi. pena não ser possível visitá-la. também não subimos ao miradouro do majestoso the shard porque era estupidamente caro (26£). não digo que não seja interessante, mas já tínhamos gasto dinheiro suficiente em miradouros aéreos.



o edifício do city hall parece o capacete do robocop. 'nuff said!



o borough market pareceu-me giro, especialmente pela localização - debaixo da ponte. o cheiro no ar era um bocado enjoativo, demasiados aromas going on, vindos das muitas barraquinhas de street food, que àquela hora bombavam a todo o vapor.



covent garden não achei nada de especial, processem-me. gostei mais do st martin's courtyard. é um beco cheio de lojas posh. existem dezenas de becos destes espalhados pelo centro, são um mimo.

carnaby street, é outro centro comercial ao ar livre. moooontes de lojas e restaurantes. como já tínhamos andado para cacete naquele dia, não estava com energia para grandes explorações, uma pena. toda aquela zona é muito, muito fixe!



andamos por hyde park a contribuir para a obesidade dos seus habitantes. esquilos, pombos, pegas, corvos.. não são muito ariscos, nem esquisitos, o que vier à rede é peixe. a meio do parque está o imponente memorial que a rainha victoria mandou erguer em honra do seu falecido consorte. dá para ter uma ideia da devoção que ela tinha por ele.



o holland park enganou-me. ali nas traseiras do primo famoso, pelas fotos contava que fosse um paraíso escondido. só que não.. à excepção do kyoto garden, este parque parece deixado ao abandono (apesar de andarem por lá jardineiros), relva por cortar há muitos meses, sebes por aparar, mato.. uma tristeza. espero que seja temporário.



os pavões do kyoto garden salvaram o passeio. ficámos deveras impressionados pela sua cordialidade. quando toparam que havia amendoins para distribuir, meteram-se na fila juntamente com os esquilos e as pegas, e aguardavam calmamente pela vez deles. o seu bom comportamento foi devidamente recompensado.

...mas tenho que admitir, que quando vi os pavões a irem todos na direcção do homem, tive um certo receio que o atacassem. não são aves pequenas, e em bando, nunca se sabe.. felizmente eram pacíficos.



interagir com os bichos foi das melhores partes da viagem. são verdadeiros anfitriões :D por falar nisso, há um memorial em hyde park que me deixa com lágrimas nos olhos.

battersea power station, òzanos que queria conhecer pessoalmente este imponente edifício (provavelmente um mamarracho aos olhos de alguns). esta antiga central eléctrica a carvão tornou-se numa estrutura icónica, muito famosa na cultura popular. a capa do animals, dos pink floyd é um dos exemplos mais conhecidos.

abeiro-me do tamisa para mirar o bicho, e aquela cena tá em obras, com duas das chaminés características em baixo. FFS.. cheguei tarde demais, o tamanho do meu desgosto. diz que a apple meteu as unhas naquilo (o dinheiro que a malta gasta em iphones está a ser bem aplicado muhahahah), e está-se a preparar para mudar a sua sede do reino unido para lá. pelos renders do projecto dá para perceber que vão preservar a fachada, mas vai ficar encafuada no meio de edifícios modernos. em 2021 vou mandar o meu cv para a apple.. one never knows :D

notting hill é um bairro muita castiço. as fashonistas adoram ir tirar fotos em frente às townhouses vitorianas, assisti umas quantas sessões fotográficas. gosto, mas não sou fã o suficiente do filme com o mesmo nome do bairro, para ir à cata dos locais de filmagem.



é também neste famoso bairro onde se realiza o não menos famoso portobello market. adoro mercados, mas acho que não estava no mood para este, não o achei nada de especial (devia ser do frio, ou da multidão que não deixava ver grande coisa).. mas daqui trouxemos um episódio caricato:

descemos do autocarro que nos levou da baixa de chelsea até notting hill, aflitinhos para dar uma mija. quando digo "aflitinhos", digo muito próximo de molhar as calças.

pelos vistos, as lojas desta rua não têm casas de banho, FFFFFUUUUUU!! entramos numas quantas, sem sucesso. como é que é possível que num local onde se junta tanta gente, não tenha sitio para a malta se aliviar? não li nada sobre isto nos guias, humpf!

às tantas, o homem apanha um policia na rua e pergunta-lhe aonde é que que havia uma loo nas redondezas. o prestável agente indica a direcção dos toilets públicos, notando que são pagos (oh amigue, eu nesta altura pago o que for preciso para não ter que tomar medidas por demais embaraçosas). thank you so much, kind sir!

tentar furar a multidão para andar um quarteirão até ao wc foi, utilizando uma palavra civilizada para descrever a nossa agonia, desesperante. quando por fim alcançamos o oásis das sanitas, guess what? os wcs estavam desactivados... FFFFFUUUUUU!!!

mais à frente, no fim da rua havia uma espécie de centro comercial, com wc's YAY... apenas para lojistas. FFFFFUUUUUU. demos a volta aquilo é nada. prestes a rebentar, o homem entra numa loja ao calhas, pergunta onde é que se vai à casa de banho ali. a rapariga diz-lhe que podemos usar as da esquina (dos lojistas), uma delas costuma estar aberta ao público. sweet jesus motherfucking christ mesmo a tempo de evitar um acidente de proporções catastróficas para a nossa honra.

passamos por muitos mais pontos de referência, monumentos, pontes, bairros, etc, mas estes são os mais relevantes e com algo para recordar. da to do list, apenas falhou a kings cross e o camden market. not bad!

posto isto, até ao meu regresso londres!!!

álbum completo no sítio do costume

London // food

Dezembro 17, 2016

certamente que não fui a londres atraída pela comida típica inglesa (ok, o english breakfast e o fish&chips eram "experiências" obrigatórias). também não fui pelos restaurantes de chef's famosos que não é a minha cena, e muito menos pelos mercados de street food onde se pode comer iguarias de todo o mundo (e arriscar uma caganeira explosiva no processo). não, eu fui pelo ramen!

UAU, ramen. que cena tão inglesa!!

como há muito para falar sobre ramen, vou dedicar dediquei um post a este capitulo. ao contrário do esperado, digamos que correu bem. talvez demasiado bem. fica uma amostra, para abrir o apetite :D'



fomos enfardar o english breakfast numa sugestão retirada do tripadvisor, no regency cafe. sitio modesto, autêntico, a atirar para o kitsch, e com preços muito em conta. não estava com medo desta sugestão, e com menos medo fiquei quando entraram alguns 10 policias para ir comprar o pequeno-almoço (ou seria o almoço?), enquanto esperava pelo homem, que tinha ido à procura de um multibanco. este tasco estava cheio de ingleses de todas as idades, éramos os únicos estrangeiros. foi o único sítio onde tal coisa aconteceu.

a única coisa que estava com medo era do tamanho das doses. enormes. não queria que sobrasse nada. não estava a sobrar absolutamente nada nos pratos dos outros clientes. 

kudos para este pequeno-almoço, incluindo o latte. tudo delicioso. e sim, sobrou uma posta de bacon. já era too much. pena que não deu para voltarmos lá para a desforra.

 
tinha duas referências retiradas do tripadvisor para comer fish&chips, mas acabou por acontecer num pub, em carnaby street. não era mau, mas também não era autêntico. era chapa 5, tipo aquelas paellas do paellador que se vêm por todo o lado, em todos os países.



gozai à vontade. se eu ia a londres, eu tinha que ir ao nando's. não perguntem que eu não sei responder, é uma pancada que tenho há muitos, muitos anos. acho que foi porque em miudinha fui a um nando's, em portimão. e aquilo marcou-me de alguma forma, para querer tanto voltar.

sabia perfeitamente que não é nada do outro mundo. é um fast food de frango assado, que não consegue competir com as nossas churrasqueiras tradicionais. gostei de lá ir (embora não tenha sido propriamente dito pela comida), o restaurante era acolhedor e parecia ter bom ambiente. 



como fã de donuts que sou, o krispy kreme não podia falhar! foi o último pequeno-almoço em londres, na victoria station, onde fomos guardar a tralha para as últimas horas de passeio. são. tão. bons!! foi impossível comer um!

eu bem tentei, mas o homem não me deixou comprar uma caixinha com uma dúzia... buáááááá!!!!



agora apetece-me a lamber o ecrã... e não, os da dunkin' donuts não são tão bons quanto estes, (in)felizmente..

a the muffin man não estava na lista, mas tinha que acontecer, até porque estava a walking distance do hostel. quis ir a esta casa de chá apenas pelo nome (e sim, tinham gingerbread men :D), mas deliciei-me com o muffin de laranja que enfardei. fiquei com pena de não ter experimentado os scones, tinham muita bom aspecto. o latte não ficou aquém de nenhum outro em londres. café com leite é lá com eles!

London // lojas

Dezembro 15, 2016

ao lado de londres, lisboa pode ser comparada como uma cidadezinha da província. não tem muita coisa. logo, quando as pessoas da província vão a uma cidade a sério, procuram coisas que não têm na sua terrinha. tipo lojas!

ou seja, não tenho vergonha da admitir que um terço dos pontos da minha to do list eram lojas muhahahah e ainda tinha mais umas quantas assinaladas no mapa, para espreitar caso passasse à porta :D

a victoria secret foi o primeiro sítio que visitamos em londres. largámos a tralha no quarto, e siga apanhar o 10 para oxford street. finalmente!!! só demorou 4 anos a acontecer!!!

a loja de londres é giríssima!! e enorme!! quatro pisos de angel goodness. as funcionárias (e funcionários) que lá trabalham absolutamente simpáticas, atenciosas, e pacientes perante o furacão de gajas que revolvem tudo à sua passagem.

o homem tava no paraíso. por largos momentos perdi-lhe o rasto, tal como suspeitava que viesse a acontecer (ocorreu-me arranjar um tracker como se usa para os putos, mas depois achei que assim não seria tão divertido). quando voltei a meter-lhe a vista em cima, vinha carregado de coisas para mim experimentar.

estoirei o orçamento que tinha para esta loja nas calmas. o homem só não achou piada ter sido barrado à entrada do provador. mas a cornelia fez-me companhia, ajudou-me com o fitting, e assegurou-se que não me faltava nada.



tinha toneladas de curiosidade na urban outfitters. têm uma presença muito boho-hipster no instagram, e eu, qual borderline millennial, fui atraída para lá como uma traça. a loja que visitei era enorme, pensei que ia perder a cabeça (e a carteira) lá. só que não.. não vi nada que tivesse gostado particularmente. que granda desilusão..

a topshop já conhecia de madrid e a minha opinião mantém-se, é uma bershka glorificada. fui a duas lojas, uma delas com três pisos só com roupa de gaja, pouco ou nada me agradou. não sou o publico alvo, tá visto.

gosto muito do conceito da cos, e apesar de existir uma loja em lisboa, ainda não consegui chegar lá. em londres são como cogumelos em pleno outono, era difícil deixar escapar. entrei, gostei dos cortes e das texturas sóbrias, mas achei os tecidos pouco confortáveis, algo grossos e rígidos, não sei.. mais um tiro ao lado.

a lorna jane estava na lista como treat para o homem, que é um.. erm.. apreciador da marca. a mim passava-me ao lado, suspeito sempre de marcas que dão endorsements a pseudo-celebridades... até passar os olhos (e as mãos) pelo material. os tecidos e qualidade de construção das peças é qualquer coisa. nunca experimentei roupa de fitness TÃO confortável, mete a nike e a asics a milhas.

trouxe uns corsários(?) para o ginásio, que só não se fizeram acompanhar por uns tops porque a marca é carocha, e quero ver se a qualidade vale o investimento.

o nome assenta que nem uma luva à forbidden planet (aka, o céu para nerds), e devia haver uma ordem de restrição para pessoas como eu.. não me acorrentei a uma das montras porque não tinha como. o esforço que fiz para não trazer metade daquela loja comigo foi para lá de sobre-humano. não me sabia tão corajosa *cries*...

 
(in)felizmente a japan center estava apinhada quando lá fomos. não dava sequer para circular, nem sei como é que é possível deixarem entrar tanta gente num espaço daqueles. bom, foi pelo melhor, do pouco que consegui ver, ia sair de lá toda chorosa por não poder trazer metade da loja comigo :(

a minamoto kitchoan é uma loja de guloseimas japonesas super, super cute. apetece comer tudo. mentira, apetece comprar tudo e deixar numa vitrina sem nunca lhe tocar. trouxemos de lá uma kasutera deliciosa.

 
a coco de mer foi outra treat para o homem, que há muitos anos nutria uma certa curiosidade por esta sexshop. é... interessante :D

 
fui ao tesco a propósito para comprar chá. tenho um post sobre este chá escrito desde setembro, e ainda não o publiquei :/

o selfridges é uma das grandes department stores (armazéns é uma palavra demasiado chunga para chamar àquelas lojas) lá do sítio, e primeiro vislumbre daquilo que a estrangeirada endinheirada vai fazer a londres: compras. vimos coisas muito engrassadas neste espaço. valeu pelas festinhas que fiz a uns louboutin sem que ninguém olhasse para mim com ar enjoado \m/

o harrods é um marco lá do sitio, simplesmente não podia falhar. estivemos em vários pisos, mas aquilo é uma cena muito à frente, muito bling, muito black card a navegar por aqueles corredores. trouxemos chá, como a grande maioria dos pelintras que lá vai.

tinha mais três department stores na lista. passamos à porta de várias house of frasier, marks & spencer, e da liberty, mas não me apeteceu a entrar em nenhuma delas. quem vê uma, vê todas. entrei num john lewis (acho) porque tava aflita para fazer uma mijinha.

ir à boots (uma well's on steroids) é quase inevitável. perdi o único invisibobble que levei comigo e em desespero por apanhar o cabelo, fomos a uma bem grande (4 pu 5 pisos) a ver se havia. claro que havia! há tudo lá! aproveitei para levar outras coisas que estavam a fazer falta, lenços, toalhitas, e um puf de banho. tanta, mas tanta variedade! fiquei fã, quero uma boots cá em portugal!!

vi na montra de uma das muitas mangos que passei à porta, um sobretudo que andava a namorar há uns tempos. entrei, fui ter com ele, mas contas feitas, ficava mais caro se o trouxesse de lá. mesmo aconteceu na brandy melville, quando encontrei uma blusa que andava a perseguir desde lisboa. e ainda bem que não trouxe nenhuma das peças. comprei ambas cá, dias mais tarde, com 20% na black friday w00t!!

também entramos numa apple store para ver as novidades. é possível que tenhamos entrado em mais e eu não ter registado mentalmente.

curiosamente, não há uma bench no centro, e a única que existe nas redondezas é outlet. queria tanto uns trapitos da nova colecção, e sacanas não mandam para portugal..bah!

compreendo porque é que londres é a meca europeia de compras. existem milhares de lojas e lojinhas e encontra-se tudo lá, seja nas ruas principais, seja nas ruelas e becos apertados, pátios insuspeitos. parece um gigantesco centro comercial ao ar livre, para todos os gostos e carteiras. as lojas são bonitas, bem decoradas e arrumadas, e funcionários sempre simpáticos e prestáveis. é de perder a cabeça!

Lost in... London

Dezembro 07, 2016

o aniversário de namoro, o aniversário dele, o meu aniversário, e o nosso aniversário. a prenda conjunta destas 4 celebrações foram 4 dias em londres, uma cidade que òzanos queria conhecer, nem que fosse para a tirar do sistema.

como já andava para acontecer há bastante tempo, as estrelas iam-se acumulando sobre o mapa. ainda assim, fiz o trabalhinho de casa para saber o que não podia perder. achei que na primeira visita à capital do reino unido devia passar pelas tourist traps todas, para sair da ignorância. de qualquer modo, não ia completamente às escuras, que o homem como já lá tinha ido, ainda que há uma eternidade.

para além das estrelas no mapa, que assinalavam de tudo (locais de interesse, lojas, restaurantes, etc) levei comigo uma to do list com 40 pontos daquilo que não podia mesmo falhar. voltei com apenas cinco por cumprir, e três deles apenas porque já me aborreciam as department stores. vê-se uma, vêm-se todas!

e choquem-se:

não inclui nem um museu ou exposição no roteiro!!

que horror!! sua provinciana ignorante, tacanha, inculta!! AH AH AH lamento, eu não ter pachorra para museus e exposições. para ir a museus tenho que estar ou muito curiosa, ou muito aborrecida. talvez num futuro regresso visite algum, desta vez estava exclusivamente interessada em conhecer a cidade e as suas vistas. queria palmilhar e ficar a conhecer a maior área que me fosse possível.

com excepção de uma reserva antecipada que fiz para um pequeno-almoço, os dias eram livres para escolhermos o que ver e fazer. sem o stress dos programas e whatnot, acordávamos, olhavamos para o mapa, e decidíamos como ia ser o dia.

porque a data da viagem foi fechada com poucas semanas de antecedência, as lowcosts já não compensavam perante a possibilidade de voar para heathrow, e ter a comodidade do metro no aeroporto. e já que o destino era inglaterra, fizemos questão que fosse a british airways a carregar os nossos arses até lá.

ia convencida que íamos apanhar secas brutais nos aeroportos, não fosse o de heathrow um dos mais movimentados do mundo.. só que não, nem um segundo de atraso para fazer justiça à fama.. tanto na ida como no regresso, o avião iniciava o taxi antes da hora da partida, e chegava ao destino antes da hora prevista. impressionante. aposto que da segunda vez que lá ir, vou esperar horrores para equilibrar o karma desta viagem lol

ambos os voos correram muito bem, suaves e tranquilos, em aviões bastante confortáveis. o voo de regresso foi num que ainda cheirava a novo, com 5 aninhos apenas. a única coisa menos fixe foi que o gajo subiu até aos 37 mil pés e quando começou a descer, o homem foi surpreendido por um doloroso episódio de sinusite barotraumática, que o deixou a ganir, agarrado à cabeça.

fiquei com os cabelos em pé ao aperceber-me o quão puta de caro é dormir num hotel em londres.. e foi assim que nos estreamos no airbnb.

escolhemos uma espécie de hostel disfarçado de airbnb, numa townhouse típica londrina, situada na belíssima zona de kensington, em frente ao hyde park. podia ter corrido melhor, se o sitio em questão, apesar de charmoso, não estivesse tão mal cuidado (ou então somos nós que estamos a ficar cada vez mais esquisitinhos com a idade) e o quarto ser mais pequeno do que aquele mostrado nas fotos. mas valeu pela localização, pelas várias carreiras de autocarro a passar à porta, e por estar recheado de snacks e bebidas à borla para os hóspedes.

durante aqueles 4 dias, o smartphone foi o meu melhor amigo. não que precise de mais provas que este pequeno gadget é das melhores invenções de sempre, mas não consigo evitar surpreender-me sempre que o ponho à prova. usei-o para tudo, mal tinha tempo para descansar no bolso:

toda a gestão dos voos (check-ins, boarding passes) foi feita na app da british airways; usei e abusei dos mapas do google: tinha o mapa offline, tinha os pontos de interesse assinalados no mesmo mapa, a sugestão de percursos por transportes públicos funciona genialmente bem, e o GPS que nunca me deixou tomar a direcção errada; o whatsapp dá um jeitaço para manter contacto com a malta, sem pagar roaming à operadora; no google keep levava a to do list e notas importantes, e na dropbox tinha os pdf's com as rotas dos autocarros, metros, e barcos; a app do revolut para gerir o único meio de pagamento que levamos connosco (wait for it); e claro, para tirar fotografias!

mas o telemóvel não foi a única invenção útil que nos acompanhou até terras de sua majestade. a outra foi o revolut, um cartão mastercard contactless pré-pago, gerido através de uma app instalada no telemóvel. carrega-se dinheiro com um cartão de débito (ou por transferência bancária), e tá a andar de mota!

a grande vantagem deste cartão é que faz câmbios sem custos adicionais, logo é perfeito para levar para um país com moeda diferente da nossa. ainda poupámos uns cobres com esta história. e não só, também dá para comprar moeda estrangeira. e eu aproveitei que a libra andava em baixo e comprei uma porrada delas, baratinhas, umas semanas antes da viagem.

e por ser contactless, não foi preciso comprar oysters para usar nos transportes públicos, aquilo servia perfeitamente tanto para pagar tanto deslocações, como compras em lojas e restaurantes, e até para levantar dinheiro. cada um tem o seu, e não utilizámos outros cartões sem ser aquele. ficou aprovadíssimo!

apanhei menos wifi à borla que esperava numa cidade tão desenvolvida (dizem-me que este mal acontece só no centro, não sei).. mas como aviei-me em terra, tinha o essencial em modo offline para me desenrascar e mal dei pela escassez de wifi.

a única parte chata da visita a londres foi o tempo frio, não apetecia passar muito tempo na rua. à noite então nem se fala.. e como nesta altura do ano começa a anoitecer às 4 da tarde, tínhamos que começar o passeio cedo para aproveitar bem a pouca luz do dia. nem tiramos fotos de jeito, que não dava para aguentar muito tempo com os dedos fora das luvas ou dos bolsos.

mas não foi só o frio que sabotou o registo fotográfico, a luz natural de londres é miserável nesta altura do ano. os nossos oneplus até têm cameras decentes, mas não conseguiram fazer milagres naquelas condições. não se aproveita quase nada.

não era capaz de viver lá. é demasiada gente, demasiada confusão, é demasiado fria no inverno, quase nem se vê o sol. não abdico da nossa luz, nem do nosso inverno ameno..

..mas!

gostei muito da cidade. é profundamente multicultural, nas ruas do centro, o inglês era o que menos se ouvia (havia alturas de não se perceber bem onde estávamos realmente), e a maioria dos empregados das lojas e restaurantes não eram nativos; a imensa grandiosidade dos seus monumentos e memoriais (aquela malta tem orgulho na sua história e se têm história!!); os contrastes arquitectónicos entre o ultra-moderno e o medieval; a preservação das fachadas antigas e do vibe old school dos bairros; da organização no meio daquele caos, da segurança que senti sempre nas ruas; entre tantos outros detalhes.

fiquei grande fã do serviço, da comodidade, e da frequência dos double deckers londrinos, ainda fizemos algumas "tours" neles. não achei o metro nada complicado, apesar de não ter termos usado muito. e não nos enganamos uma única vez nos transportes públicos, impressionante!

agora, alguém adivinha qual foi o primeiro sítio que visitamos em londres, mal largamos as malas no quarto?

Na semana passada aprendemos que...

Novembro 22, 2016

- aquela história que é fixe visitar londres no outono não é lá muito verdade.. pelo menos para malta friorenta, que não suporta temperaturas abaixo de 10ºC;
- afinal existe céu azul em londres, não está sempre cinzento ou a chover, apesar do clima ser completamente bipolar;
- os transportes públicos funcionam muito bem, os nossos em comparação são uma vergonha;
- wifi à borla não é tão abundante como seria de esperar numa cidade tão desenvolvida;
- há muuuuuito para ver em londres, a cidade é enorme;
- as tourist traps mais famosas são estupidamente caras;
- o mercado de portobello pode ser famoso mas não é nadinha de especial.. o borough market é bem mais interessante;
- o contraste arquitectónico entre edifícios antigos e ultra modernos é brutal;
- londres tem bairros lindíssimos, super charmosos. as fachadas são adoraveis e estão bem preservadas;
- a quantidade de ciclistas e joggers a qualquer hora do dia é impressionante, aquela malta é imune ao frio ou quê;
- a cidade é um verdadeiro melting pot, ouvem-se todas nas línguas na rua. inglês é capaz de ser a língua que menos se ouve falar na rua, e boa parte dos empregados das lojas e restaurantes não são britânicos;
- somos sempre cumprimentados nas lojas com um "hi" ou um "hello" muito caloroso, e não vêm atrás das pessoas a perguntar se podem ajudar;
- aliás, fiquei deliciada com a simpatia que encontrei por todo o lado, tinha a sensação dos ingleses serem pessoas muito reservadas e pouco simpáticas, é totalmente o contrário;
- não vale a pena ir a londres com intenções de fazer compras, quase todas as lojas (acessíveis) também existem em portugal, com preços mais em conta (já tinha descoberto esta em madrid também);
- a não ser que tenhamos um cartão de crédito sem fundo para podermos torrar em roupa e acessórios de luxo, não faltam dessas lojas em londres.. aliás muito luxo se vê por aquelas ruas, super-carros, roupa, sapatos, malas, etc;
- iphones por todo o lado, prai numa proporção de 10/1 para androids;
- os bares de ramen estão para londres as tascas de sushi chinês estão para lisboa;
- os ingleses são especialistas a fazer galões lattes, não bebi um que não gostasse;
- ninguém em londres precisa de andar muito para comprar uma bebida quente, em cada esquina existe um caffé nero, ou um costa caffee ou um starbucks;
- andar a passear um copo de papel não é só pelo estilo, com aquelas temperaturas siberianas é uma necessidade.. uma bebida quente faz maravilhas pelo corpo;
- os ingleses estão obcecados com a segurança (e com muita razão). entre câmeras de cctv espalhadas por toda a cidade, controlo apertado à lá aeroporto para entrar nalguns edifícios, torniquetes com acesso controlado à entrada das obras, lixeiros com sacos de plástico transparentes, alertas nas estações de comboios para objectos deixados ao acaso, instalações para armazenamento de bagagem com scanners de raio-x, policias armados até aos dentes, etc;
- se acham que as obras de lisboa são excessivas, vão passear até londres lol

also, já não sou a única pessoa à face da terra que ainda não visitou londres YAY

 

lost in... london >

'Le me

tem idade suficiente para ter juízo, embora nem sempre pareça. algarvia desertora, plantou-se algures na capital, e vive há uma eternidade com um gajo que conheceu pelo mIRC.

no início da vida adulta foi possuída pelo espírito da internet e entregou-lhe o corpo a alma de mão beijada. é geek até à raiz do último cabelo e orgulha-se disso.

offline gosta muito de passear por aí, tirar fotografias, ver séries e filmes, e (sempre que a preguiça não a impede) gosta praticar exercício físico.

mantém uma pequena bucket list de coisas que gostava de fazer nos entretantos.

'Le liwl

era uma vez um blog cor-de-rosa que nasceu na manhã de 16 de janeiro, no longínquo ano de 2003, numa altura em que os blogs eram apenas registos pessoais, sem pretensões de coisa alguma. e assim se tem mantido.

muitas são as fases pelas quais tem passado, ao sabor dos humores da sua autora. para os mais curiosos, aqui ficam screenshots das versões anteriores:
#12   #11   #10   #9   #8   #6   #5   #4

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