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lost in wonderland

lost in wonderland

España // Sa Calobra y Alcúdia

Novembro 20, 2018

desta vez só não ficamos com mais pena de deixar aquele paraíso porque nas manhãs acordávamos com o barulho das obras de mais uma mansão de pedra, ali nas redondezas. não é lá muito fixe.

mas antes de nos fazermos à estrada, ainda estivemos na galhofa com a dona antónia. a senhora tem sempre histórias do arco da velha para contar, de cenas com a malta que lá pernoita (e às vezes acaba por não pernoitar), e escangalha-se a rir enquanto as contas. nós achamos piada e ainda puxamos mais por ela. é esta descontracção genuína que adoramos nos espanhóis.

fiquei espantada, quando ela a contar sobre uns hóspedes espanhóis que pelos vistos não se calaram a noite toda, usou a expressão "teca teca teca teca".. pensava que isso era uma cena tuga. pelos vistos não é muhahahah tão bom!

neste dia percebemos porque é que não há muitos turistas em deià. aquilo não tem sitio para estacionar, ponto! e paga-se taxa para levantar guito no multibanco, que filhaputice :P

dissemos adeus à adorável vila de deià, e seguimos para este, visitar os sítios que ficaram para trás no ano passado.

depois de muitas curvas e contra-curvas pela espectacular estrada de montanha, eis que finalmente surge a indicação para o primeiro destino do dia, sa calobra.

estrada até lá é brutal! é uma serpentina do inicio ao fim, curvas super apertadas, estreita, com um declive que dá vertigens (desce 800m em 12km), e com um tráfego de autocarros de excursão completamente insano. não é tão assustadora como a estrada para o cabo de formentor (que tem muito menos visibilidade), mas mete a adrenalina a bombar igualmente.

não perdi tempo a tirar fotos, mas encontrei nas interwebs este belíssimo exemplo. não consegui identificar o autor, mas estou-lhe muito agradecida!

sa calobra

a-d-o-r-e-i!!!

lá embaixo, o único parque de estacionamento custava 5 cêntimos ao minuto... EEEEEK!! comecei a fazer contas... 3€ à hora.. ok, vamos tentar não ficar aqui muito tempo, que isto é mais caro que deixar o carro no estacionamento dos restauradores. bom, ao menos deu para sacar umas piadas fixes:

"homem, o teu OCD em deixar a mala do carro arrumada ja nos custou 25 cêntimos!!"

ficamos lá cerca de duas horas, só chegar e voltar do anfiteatro natural onde termina o torrent de pareis da custa quase 2€, não é brincadeira. o acesso a este local faz-se por grutas, também bastante congestionadas naquela altura do ano.

bem, aquilo é bonito e é de louvar o esforço daquela malta para conseguir preservar aquele santuário natural, apesar das hordas de turistas que lá vão todos os dias. mas para praia não é grande coisa.. cascalho em vez de areia, e o acesso ao mar faz-se por uma garganta estreita bastante concorrida. a água é de um azulão incrível, mas infelizmente estava super badalhoca.. ainda fiz umas tentativas de ir ao banho, mas aquelas manchas de porcaria (pastos misturados com lixo) tavam-me a meter um certo nojo..

e como estava um calor brutal, só queria era estar à sobra, por isso, volto a agradecer ao estranho que tirou esta espectacular foto (eu não teria tirado melhor) lá do sítio,

torrent de pareis

bom, podia ser que no destino seguinte, a praia de formentor, a água tivesse mais limpinha.

quase duas horas depois, chegávamos finalmente lá. a praia de formentor parece as praias da arrábida, serra por ali abaixo, com um bocadinho de areia na orla, só que a água tem uma temperatura decente.. quer dizer, podia estar um bocadinho mais quente que não lhe ficava mal. mas aquelas semelhanças todas estava a causar-nos uma certa dissonância cognitiva lol e também estava apinhada, como a praia dos coelhos em agosto.

também o comodismo ali sai caro: o parque mais próximo da praia custava 5 cêntimos ao minuto. havia outro que estava praticamente dentro da praia e custava 7 :P

como a tarde estava bonita, acabamos a tarde a lavar as vistas no imponente miradouro de es colomer.

es colomer es colomer es colomer

e dali fomos conhecer o alojamento número dois, num pequeno hotel de charme, no centro histórico de alcúdia. o quarto era fixe, o tinha um wc enorme, e vista para um pequeno pátio cheio de plantas.

nessa noite tava-me a apetecer italiano, então seguimos a dica do host do hotel, e comemos uma pasta deliciosa. depois do jantar demos um longo passeio pelo centro histórico, e quando começou tudo a ficar deserto, regressamos à base. aquilo ali é super calmo, nota-se que é zona procurada essencialmente por famílias, e a partir da meia noite, morre completamente.

e foi então que o nosso quarto de charme perdeu o charme todo - o homem atravessou-se à frente de uma barata.. enorme!! PQP, tão e matar aquilo? blargh...

España // Fornalutx y Palma

Novembro 03, 2018

o dia começou com o farto pequeno-almoço que a dona antónia serve aos seus hóspedes, naquela sala com uma vista fantástica sobre a vila. desta vez só não veio fruta, mas ainda bem, não é coisa que aprecie comer logo de manhã, e é sempre chato estar a mandar comida para trás.

tal como previsto, preguiçamos valentemente neste dia. primeiro fomos turistar até fornalutx, uma das aldeias típicas mais bonitas de maiorca, que da outra vez ficou para segundas núpcias por falta de tempo.

ao contrário de deià, que se revela majestosa a quem cruza a estrada que atravessa a serra tramuntana, fornalutx é mais pequena e discreta. fica no coração da cordilheira, ao fundo de uma encosta, orientada para o sul. o casario irregular em pedra dourada, dilui-se na paisagem, e é banhada por uma luminosidade incrível.

a aldeia em si é a principal atracção. apesar de ser invadida por vagas incessantes de visitantes, é um dos poucos sítios que visitamos que não está descaracterizado pela intensa exploração turística da ilha. os seus habitantes conseguem a proeza de mantê-la impecavelmente preservada e cuidada.

fornalutx

são necessárias pelo menos duas horas para simplesmente nos perdermos por ali, e apreciar sem pressas o charme das ruas labirínticas a transbordar de plantas, e as fachadas rústicas. é o paraíso na terra para os instagrammers.

fornalutxfornalutxbuganvílias

dali não se consegue ver o mar, apenas as imponentes muralhas naturais, que abraçam todo o cenário.

fornalutx fornalutx

de seguida, íamos cortar a serra ao meio pelo túnel de sóller em direcção a palma, com intenções de ir à decathlon tratar do que tinha falhado dia anterior, e mais tarde ajavadar nas tapas. pelo meio ainda estivemos duas horinhas na praia em can pastilla, e repetimos o episódio dos chuveiros do ano passado. até o carro ficou estacionado exactamente no mesmo sítio :D

as tapas no bar españa são absurdamente deliciosas, diria mesmo as melhores que já comemos em espanha. das duas vezes que lá estivemos, apanhamos sempre aquilo a abarrotar e tivemos que esperar por poiso. ok, só esperarmos mais porque queremos sentar-nos ao balcão, em frente à montra das tapas, e vamos deixando passar a malta a frente para as mesas vagas. é da forma como apanhamos sempre as tapas fresquinhas da cozinha hi hi hi saímos de la a rebolar!

tapas tapas

de regresso às montanhas, antes de irmos para a deià voltamos a passar em port de sóller, para conhecer a outra parte da baía. o extremo da marina está reservada aos barcos dos ricaços. havia lá com cada traineira, que mais parecia um transatlântico em ponto pequeno.

nas imediações, uma festa num bar improvisado, feito a partir de um contentor pintado de branco, e decorado numa combinação bipolar entre o náutico e o boho-chic, passava música lounge ao estilo de ibiza, para entreter a malta do papel.

por falar em bares, fomos fechar a noite ao mítico sa fonda. estava lá uma cota que o homem jurava a pés juntos que era a elizabeth fraser dos cocteau twins (e não só). eu, depois de ver as fotos também estava convencida, e quando vi que ela ia passar pela nossa mesa, disse ao homem para meter-se com ela. mas não era ohhhhhh

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España // Madrid III y Mallorca

Outubro 30, 2018

[zomg, daqui a nada tamos no final do ano e eu ainda não despachei os posts das férias 😱]

o terceiro dia começa logo a partir da meia-noite, e foi loooooooooongo. quase tão longo como vai ser esta posta muhahaha

então às 00:01 de domingo, estávamos a curtir o concerto de depeche mode à distância. havia que guardar com a vida os lugares porreiros que sacamos para ver NIN em todo o seu esplendor. estávamos junto da grade do corredor central, a cerca de 10 metros do palco. podíamos ter ido mais para a frente, mas sucede que nos dois últimos concertos que fiquei na linha da frente, quase que dei cabo dos ouvidos.. portantos neste queria estar num sitio onde o som não saísse demasiado forte (custo a acreditar que escrevi isto.... 😭), o mais centro possível do palco, para ter a mesma intensidade de som em cada ouvido. basicamente, triangulei ali a posição perfeita para ouvir o trent reznor e a sua electrónica desconcertada a guinchar, sem ficar surda.

anyway, agradeci aos deuses da música por aqueles dois palcos monstruosos do madcool estarem tão próximos um do outro, bombarem um som tão poderoso, e terem dois ecrãs gigantescos com uma qualidade do caneco, um de cada lado do palco. dava na boa para ver os concertos ao longe. e porra, que o som saia tão limpo que nem parecia música ao vivo. se o pavilhão atlântico tivesse apenas metade daquela qualidade...

o concerto depeche mode parecia numa mais ter fim. os gajos esmifraram o repertório de êxitos todo, desde os mais antigos até os mais recentes. foi épico (nada a ver com aquele que vi há uns anos no pavilhão atlântico), todàgente a arrebentar com as goelas para acompanhar as músicas.

às vinte prá uma, com uma pontualidade britânica, nine inch nails tomam de assalto o palco principal, em calças e t-shirts pretas, todas carcomidas pelas traças. a multidão passou-se, tudo a berrar, a assobiar, e a agitar as mãos no ar. eu tava com as expectativas no crl, ou não fosse por causa daquele concerto que estava ali, a 600km de casa.

desde a primeira música até à última, deram aquele que foi o melhor concerto do ano (década?) para mim.. assim como uma surpresa :D

o trent reznor é um animal em palco. agarrado ao microfone como se a sua vida dependesse dele, esgoelava-se numa angustia dilacerante, a exorcizar os demónios que se apoderam da sua alma. ao fim de meia hora já estava encharcadíssimo em suor. cabelo a escorrer água, cara e pescoço a escorrer água, todo ele parecia uma cascata, mas até ele tava a curtir a cena. lá pelo meio elogiou a recepção tão calorosa da malta, o ambiente do festival, e até as bandas que tinha visto por ali. pareceu genuinamente excitado com aquele concertalho que estava a dar.

emanava uma energia incrível do palco, produzida pela mistura do som, das luzes, e dos ecrãs. mas emanava uma energia ainda maior da multidão. 10 fãs por m², completamente histéricos, aos saltos, aos berros, a produzir um calor humano insano (a noite tava quente, mas não assim TÃO quente). eu até me benzia por temos segurado aqueles lugares, sempre conseguia respirar.. e que cada vez que soprava uma brisa era como se fosse uma dádiva dos céus!! mesmo assim, também eu estava a escorrer água por tudo quanto era poro. faço ideia de estivesse no meio daquela massa compacta de pessoas, sem ar fresco, e sem estar a um braço de distancia do segurança gostoso que andava a distribuir garrafas de água à borla. top👌

hipnotizada com aquela doidice toda, a dada altura tive uma reacção inesperada (não, não desatei a chorar como em kraftwerk). dei por mim de volta ao sudoeste, perante aquele palco imponente onde vi os melhores concertos da minha vida. as saudaaaades que tinha daquela sensação!! já me tinha esquecido o quão gosto de curtir música naquele ambiente, a céu aberto, numa planície sem barreiras a travarem o som. só que ali ainda era melhor, por estar alta calor, e eu estar de t-shirt e calções..

estive anos à espera daquele concerto, e não fiquei desiludida não senhora!! não sei como foi o de lisboa, mas aquele foi um assombro!!

o som esteve perfeito, e a setlist bastante compostinha. para partir aquela merda toda sem arranjo possível, só faltou mesmo a only. entretanto descobrimos que ele cantou a perfect drug num concerto lá pelas americas e o homem ficou todo choroso, com pena de não ter tido esse privilégio também.

quanto a mim, fiquei genuinamente espantada por saber que ainda consigo aguentar hora e meia aos saltos lol

agora tínhamos uma hora para queimar até ao concerto de underworld, e aproveitamos para ir fazer uma bucha. tava de apetites a churros, portanto fomos à procura da barraca de churros. que festival de música é que não tem uma barraca de churros e farturas? ainda por cima em espanha!

pois que este não tem, confirmamos no posto de informação… whaaaaaat? a sério? não pode… tou chocada!  tive que me contentar com um waffle afogado em nutella (blargh).

underworld trouxeram-nos aquele electro pimba olskool deles, mas já os ouço à tantos anos que me dá uma certa sensação de conforto, e tornaram o recinto numa discoteca gigante. estávamos num sitio muita fixe (ie, encostados à grade lol), que a organização decidiu abrir o recinto VIP para todos festivaleiros, mas nem todàgente reparou e não estávamos afogados em pessoas. quando acabou, lá prás quatro e meia, eu tava toda estropiada.

despedi-me do festival com intenções de voltar, e agora tinha que andar alguns dois km até à estação de metro auuuuuuuuch o homem veio o caminho todo a meter-se com a malta. até com uns putos japoneses falou :D

metro só para o centro de madrid. aeroporto só dali a uma hora, quando a linha abrisse.. bahhhhhhh, como não me apeteceu esperar, só queria era ir para o aeroporto ver se ainda arrochava uns minutos, voltamos à superfície e chamamos um uber..

(e depois aconteceu isto lol)

chegados à zona de embarque do aeroporto, aproveitamos para.. er, tomar o pequeno-almoço - no mac donalds, a única coisa aberta aquela hora. de seguida, ir ao wc tentar parecer um bocado mais apresentáveis, lavar as trombas, escovar os dentes e tal. aproveitei também para trocar os calções pelas calças, não fosse o avião estar gelado.

passar pelas brasas antes do voo foi pa esquecer, não houve tempo.. e eu que desta vez ia tão bem preparada bahhhhhhh mas assim que assentei o cú no avião, botei a máscara dos olhos e pimbas, parti choco até maiorca. parece que finalmente apanhei o jeito à cena de dormir durante os voos!

mal metemos o pé fora o aeroporto, até demos dois passos para trás com um bafalhão quente e húmido ao estilo tropical que faz no sul da ilha. puf! se já estava aquele calor às 9 da manhã, à tarde íamos conseguir fritar ovos na testa.

mal sabia eu, que o verão este ano decidiu tirar férias de portugal, e repetir maiorca foi uma daquelas ideias peregrinas que saiu bastante iluminada [eventualmente o verão, chegou a portugal, atrasado comò raio, mas até então, o tempo estava deprimente].

desta vez sabíamos onde apanhar o transfer para a centauro. trigo limpo. tivemos que esperar uns minutos, que eu aproveitei para trocar as calças pelos calções antes que morresse sufocada. mesmo ali no meio a rua :D

desta vez o homem obrigou-me a reservar um juke, que ele adora o carro e era uma oportunidade para darmos umas voltinhas num. chegamos ao escritório da centauro, "ah e tal, upgrade, peguem lá um kuga" whaaaaaaaat??? nooooooo.. "não podemos ter o juke?” perguntou o homem, com uma réstia de esperança, numa mistura de espanhol com inglês. o moço da rent-a-car afastou-se para ver se tinha algum disponível, e voltou com duas chaves. querem um branco com o depósito a meio, ou um cinza com o deposito cheio? venha daí esse cinza, que não temos tempo para perder, amigo!!

ficamos com a sensação que quando se pede o pacote nem-penses-que-largo-aqui-mil-paus-de-caução eles fazem upgrade para um carro do grupo acima. parece que foi o que aconteceu no ano passado, nós é que não percebemos. da próxima já sei, peço um do grupo a baixo, a ver se tenho sorte :D

também fizemos outra descoberta, esta não tão agradável. se alguém devolve o carro minimamente em condições, o carro mão chega a ser limpo, segue logo para a pool de carros disponíveis.

mau!

não era nada de especial, tinha algum pó no tablier, areia na mala, restos de protector nos cintos, um papel de estacionamento, e uns panascos nos tapetes. vá, não tinha sido limpo, fuckers! mas não se preocupem, próximos condutores, vou certificar-me que depois de mim, o carro segue direitinho prá limpeza!

o carro era recente, mas aquele modelo tava despido até aos mínimos obrigatórios. não tinha sensores de estacionamento, nem cameras, nem hill assist, como o fiesta, mas... mas...

ZOMG, o auto-radio sincroniza com o android, pqp habeus  spotify. FUCK YEA!!!

o próximo passo do nosso plano traçado ao milímetro, formulado cientificamente com base na experiência anterior, era seguir directos ao centro comercial ao lado do aeroporto. ir ao supermercado buscar água e outras provisões necessárias (i.e. bolachas), protector solar e after sun, e mais qualquer merda que estivesse em falta; ir à decathlon a ver se desencantava uns calções de banho que fizessem matchi-matchi com o meu colete de forças top de andar a cavalo em pranchas; e um chapéu de palha fixe.

só que chegamos lá e demos com o nariz na porta... quer dizer, o centro comercial abria ao meio-dia, mas as lojas e o supermercado estavam fechados ao domingo…nop… nós não sabíamos que ao domingo, grande parte do comercio em maiorca (e provavelmente em todas as baleares) pára..

mudança de planos on the fly, siga pro centro de palma, à procura de alternativas, alguma coisa havíamos de encontrar aberta. abancamos numa pastelaria e enquanto tomávamos o segundo pequeno-almoço do dia, tentei descobrir supermercados que abrissem do único dia sagrado da semana. havia o do el corte inglés, não muito longe. mas só abria às 11 da manhã, por isso demos umas voltas pelo centro de palma, nas calmas, a fazer tempo. mas no carro, com AC a bombar, que na rua o calor estava insuportável.. brincas!

tão lá conseguimos comprar umas quantas garrafas de água e um pano para limpar o pó do carro, que o homem não parava de cismar com a badalhoquisse do juke, e passamos numa farmácia para comprar o protector e cenas.

a parte chata é que eu estava a cair de sono, e ainda faltavam duas horas até podermos fazer check-in no hostal da dona antónia, na costa noroeste da ilha. tão ainda demos umas voltas por ali, até can pastilla morder o ambiente, e depois meti-nos a caminho de deià nas calmas. cheguei lá às duas em ponto!

a dona antónia lembrava-se de nós, mas continua com aquele ar desconfiado que só ela.

mais de 24 horas sem dormir, uma noite inteira aos saltos, um voo de madrugada, um calor abrasador, e os 85% de humidade de palma de maiorca.. nunca na vida precisei TANTO dum banho!!!

portanto, a primeira coisa que fiz mal fechei a porta do quarto foi enfiar-me debaixo do chuveiro - porque desta vez tínhamos casa de banho privada YAY nada como reservar alojamento com seis meses de antecedência e especificar exactamente qual o quarto que queremos!!

"i can think clearly now the dirt is gone" cantarolava eu, enquanto derretia a camada de nojeira que tinha agarrada ao corpo debaixo de água.

eram três da tarde e eu tava acordada há 30 horas, e já a sentir espasmos e chiliques pelo corpo todo. esparramei-me na cama, com a ventoinha apontada, e a janela escancarada. o homem juntou-se a mim pouco depois, e ferramos o galho a tarde toda.

acordamos para ir jantar, por volta das sete. xii, jantar tão cedo?? ah poizé, desta vez não nos lixam!! 

tinha dois restaurantes seleccionados, um italiano, e um mediterrânico. o italiano estava fechado. pimbas, paella!!

neste dia descobri que ADORO aioli.. zomg, é TÃO BOM!! ondé que aquela mistela andou a minha vida toda??

depois do repasto fomos dar uma volta até port de soller, onde consegui encontrar provavelmente o único tasco da ilha que vende churros com chocolate quente (não é, mas não consegui encontrar outro buáááá sacanas dos mallorquinos parece que não curtem daquela iguaria)

não fiquei grande fã do sítio. geograficamente está numa zona lindíssima, mas de resto, não tem grande charme. não é tão pitoresca como as aldeias mais isoladas, já está demasiado turist-y. mas como à noite até é um sitio bastante tranquilo, dá para dar umas passeatas bastante agradáveis.

de regresso a deià, descobrimos que o juke tinha um modo sport, tipo o turbo boost do K.I.T.T., brutalissimo para irmos parar lábaixo ao mar fazer curvas. diverti-me à brava naquela estrada :D

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Episódios da vida nas férias

Setembro 29, 2018

há coisas que só acontecem em restaurantes com mesas corridas.

dois casais perfeitamente desconhecidos ao início da noite, tagarelam como se fossem velhos conhecidos. uns são alemães, outros franceses. elas conversam em francês, eles em inglês. quando a noite acabar, muito provavelmente nunca mais se voltarão a encontrar.

neste cenário, a comida é desbloqueador de conversa. chegam os pratos dos primeiros, os segundos (possivelmente esfomeados) babam, e metem conversa de circunstância. de seguida, o tema passa para as viagens e a conversa flui. é sempre assim.

nesta história em particular, há um terceiro casal, o último a juntar-se à mesa de seis. este casal de tugas afinfa-se com um pote de arroz de marisco servido ainda a fervilhar, que deixa os outros dois casais sem pio, espantados com o tamanho da refeição que duas pessoas tão pequenas (pelo menos em comparação com eles) vão consumir. especialmente os franceses, que estão mesmo ali ao lado, quase que lhes escorre a baba para dentro do pote.

mas ainda não é desta que os franceses, à semelhança do que fizeram com os alemães, metem conversa com os tugas. continuam a falar com os alemães, enquanto vão jogando um rabo de olho aos tugas e ao pote de arroz.

à terceira menção se sintra, como se fosse o ex-libris de portugal, o tuga começa a ficar agitado. a tuga nota que ele está em pulgas de se meter na conversa, como de costume.

cinco minutos depois, estão três casais, perfeitamente desconhecidos, em amena cavaqueira. as conversas desenrolam-se em inglês, francês (porque a francesa só compreende francês), e até espanhol. muitas sugestões de lugares fantásticos para visitar são trocadas.

entretanto o arroz de marisco vai desaparecendo lentamente. no final, quando o pote vazio é recolhido, quase que batem palmas, impressionados com o estômago dos tugas.

o jantar não terminou sem torta de batata doce e amêndoa repartida por todos e um brinde com ginginha. e um "quando passarem por [inserir o nome do local aqui] venham visitar-nos" que também se pode traduzir num "até sempre". há malta fixe!

España // Madrid II

Agosto 13, 2018

na sexta não acordamos muito tarde, para não falhar o pequeno-almoço. na sala de refeições do hotel era só malta com pulseira do madcool. cabrões, viram tame impala e justice e eu não... buáááá!!!

estava a dar o telejornal na tv, e eu ali à espera que a qualquer momento entrasse um directo a dar conta dos últimos desenvolvimentos sobre el atraco a la fabrica de moneda y timbre... la casa de papel much? muhahaha

tão e depois do pequeno-almoço, e já que tinham o dia completamente livre, foi a puta da loucura na capital espanhola, não?

HELL NO!! nem pensar que vou para a rua com este calor fdp.. fdx!!

fomos pró quarto e ficamos na ronha até perto das quatro da tarde, depois fomos (tentar) visitar a "fábrica nacional de moneda y timbre", aka sede central do consejo superior de investigaciones científicas. estivemos por lá um bocado, e estava sempre a aparecer malta, e a tentar entrar lá dentro, mas o segurança não ia na conversa. só conseguíamos ver uma nesga do edifício, meh. o homem metia-se na conversa com quase toda a gente que aparecia ali para fazer o mesmo.

dali regressamos à base, e voltamos à esplanada da noite anterior, para afinfar nas tapas. enchemos o bandulho com saladinhas e cenas frescas que estavam um mimo. depois fui à caça de um palmier coberto de chocolate para sobremesa. encontrei um enorme numa granier, mas não era tão bom (nem lá perto) daquele que comi em miranda do douro. depois demos mais umas voltas pelo bairro, e fomos descansar.

e acho que não fizemos mais nada nesse dia :D

a notícia da noite foi que os massive attack tinham cancelado o concerto em cima da hora, por causa de problemas relacionados com som. fixe, assim fico um bocadinho com menos de pena por não ir aos três dias do festival he he he

no sábado, depois do check out fizemos um pequeno desvio e atravessámos os barrios de castellana e recoletos, no distrito de salamanca. recoletos é a fuencarral para malta com carteira recheada, parecia a avenida da liberdade, lojas finórias porta sim, porta sim. mas muito gira, esta zona de salamanca, chique a valer.

fomos a uma decathlon, que o homem andava a chatear-me para arranjar uma mini-mochila igual à dele, para dividirmos a carga. também entrei em duas pepe jeans, para ver se safava uns calções muita giros que estavam em saldos no site, mas tive azar..

ali apanhamos o metro para o terminal 4 de barajas, para largar as malas no depósito de bagagem. fizemos isto muuuuuito nas calmas, que tínhamos uma porrada de horas pa queimar até à hora do festival. depois apanhamos o metro para os nuevos ministerios, e fomos ao el corte inglés, que eu ainda não tinha desistido dos calções da pepe. e lá sempre estava mais fresco que na rua lol

por volta das seis, já aborrecidos de não estar a fazer nada, metemo-nos a caminho do festival. supostamente devíamos ter apanhado a linha rosa, mas às tantas reparei que estávamos a passar numa estação onde tínhamos estado no dia anterior.. e não pertencia à linha rosa.. oh crap!! 

entramos na cinzenta por engano, que por acaso era uma linha circular.. e por acaso nós até tínhamos tempo para queimar.. 💡"em vez de voltarmos para trás, continuamos aqui confortavelmente sentados, a carregar os telemóveis". e foi assim que circulamos madrid por baixo de terra. a paisagem não é nada de especial, mas recomendo a viagem em caso de necessidade de carga na bateria do telemóvel 😂

tren cargador  
só ideias boas, estes espanhóis!

chegamos ao festival às sete da tarde e mesmo assim, ainda estava um calor dos infernos. ainda bem que não fomos mais cedo.. also, da próxima LEVAR um cabrão dum chapéu!! ainda foi um *certo* esticão entre a estação de metro e o recinto, e pelo caminho havia mangueiras espalhadas prá malta se refrescar. já disse que os espanhóis só têm boas ideias, não já? :D

fomos carregados com calças e blusas de manga comprida para usar durante o festival, não fosse ficar frio durante a noite... and guess what, nem saíram da bagagem. fomos como todàgente: de calções e t-shirt, e nem dava para ser de outra forma. vá lá que andei a controlar a temperatura nas duas noites anteriores, se não tinha falecido sufocada em tecido. nem casaco levamos. ok, eu levei uma blusa de manga comprida na mochila, que vesti por volta das três da manhã, mas foi só isso!

madcool

o recinto era enorme, a fazer lembrar o sudoeste (quando ainda era fixe), mas em melhor! com dois palcos gigantes, relva artificial, estações "húmidas" (estruturas que pulverizavam água para ajudar a malta a suportar o calor), e tantas de opções para comer, que era complicado escolher.

wet station

consegui perceber porque é que os massive cancelaram o concerto, o som que os palcos principais mandavam era monstruoso!! a primeira vez que estive num festival que usava esta técnica, os palcos estavam orientados de forma que o som não se cruzava, mas ali era impossível estarem dois concertos a acontecer em simultâneo (o que supostamente nem é para acontecer).

madcoolmadcool

assim que o sol se pôs, a temperatura ficou perfeita. venham saí esses concertões, crl!!

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España // Madrid I

Agosto 07, 2018

"ah e tal, butes comprar os voos prás duas da tarde, para fazermos tudo nas calmas."

a gente até tenta.. só que não.

ditam as regras da casa, que os preparativos para viajar fazem-se sempre na véspera. quando são dois ou três dias é na boa, quando é uma semana inteira num pais estrangeiro, se calhar não é a ideia mais sensata. mas nós somos como somos, e pelos vistos não há volta a dar.

ninguém dormiu, como já se esperava. ainda por cima, tinha fisioterapia às oito da manhã e ainda faltava limpar a casa. nem deu para passar pelas brasas, chuinf..

escrevi na pedra que às 12h30, tínhamos que estar no aeroporto, para evitar as correrias loucas do costume para não perder o voo. portantos, porta de embarque fechava às 13h25... a que horas a isa e o seu homem chegaram ao aeroporto? a 20 minutos da porta fechar, pois claro!

VÁ LÁ que o controlo de segurança estava tranquilo e foi sempre a andar correr... é sempre, SEMPRE a mesma cena.. algum dia calha cocó!

abanquei no avião, saquei do tapa-olhos e arrochei logo, de tão podre que tava de sono. quando dei por isso, estávamos a começar a aterragem.

saímos de lisboa com 23ºC, chegamos a madrid estavam 33º... puta que pariu! não estava preparada para aquele calor, foi uma tortura esperar pelo cabify naquela fornalha, mesmo à sombra. mas hey... FINALMENTE VERÃO, fuck yeah!!! isa does the happy dance \m/

ficamos num hotel com uma localização interessante, enfiado num bairro residencial, numa zona muito pouco turística. o preço para as duas noites com pequeno-almoço incluído ficava muito em conta, e tinha metro quase à porta, era o que interessava. o quarto era pequeno e completamente despido de luxos, mas tinha uma disposição super prática e era confortável.

e o que fizemos nós mal assentamos arraiais?
aquilo que os espanhóis fazem aquela hora: la siesta!

e que rica sesta.. dormimos até às sete da tarde, malditas directas. se bem que, com aquele calor, a última coisa que me apetecia era andar na rua.

neste dia aprendi porque é que hordas de espanhóis empancam sempre junto às bilheteiras do metro de lisboa, ou arranjam sarilhos com os seguranças nos canais de acesso.

vamos a comprar os bilhetes na máquina, e quando o homem pensava que estava a pedir dois bilhetes, com 10 viagens cada, a máquina só cuspiu um cartão, com 20 viagens dentro. PÂNICO. fomos à bilheteira ver se dava para corrigir a cagada, quando a funcionaria nos diz que não há problema, que o mesmo cartão pode ser utilizado por várias pessoas... AAAAAAAAH isso explica tanta coisa lol

fazer binge watch da casa de papel uns dias antes de irmos para espanha teve uma consequência inesperada, e não foi o curso intensivo na arte de insultar em espanhol, foi ter a língua fresquinha no ouvido. desta vez não houve receios nenhuns em arranhar espanhol, espero que os nuestros hermanos tenham apreciado o nosso esforço :D

o homem queria ir ajavadar no pez tortilla, então foi o primeiro sítio que atacamos em madrid. tal como da outra vez, o minúsculo tasco estava apinhado mas conseguimos um espacinho no balcão. and again, éramos os únicos estrangeiros lá. mandamos vir tortillascroquetas.

o barulho que aquelas duas dúzias de almas produziam era tal, que houve ali um momento em que senti-me a abandonar esta dimensão lol

dali fomos ver como estavam as modas na fuencarral, passamos pela confusão da gran via e da puerta del sol, e depois fomos comer a sobremesa ao san ginés. e tava feita a visita ao centro de madrid!

madrid

ao voltar para o hotel, demos uma volta pelo bairro, à procura dum supermercado aberto para comprar água. em vez disso, acabamos por aterrar na esplanada dum tasco, que estava cheia de cotas animados. não alinhei nas cañas, mas dei-lhe forte na água com gás. a noite tava tão quente que nem apetecia comer, só beber.

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¡Hola, España!

Julho 27, 2018

era uma vez umas férias de verão que estiveram para não acontecer... se não tivessem sido marcadas com seis meses de antecedência!

...ya, aquilo que eu estou sempre a queixar-me que detesto fazer. juro pela minha rica saúde que nunca mais me vão ouvir a implicar com esse tema 😅

esta história começa quando decidi que queria ir ao concerto de nine inch nails no madcool, em madrid. andava há anos a deixar escapar oportunidades, e meti na cabeça que deste ano não passava! havia um zum-zum que eles também vinham ao alive, mas a coisa não atava nem desatava e não quis arriscar que os bilhetes do madcool esgotassem. mais a mais, não sou fã do alive, e o cartaz do outro enchia-me as medidas.

mas contas feitas, entre os passes para o festival, voos, alojamento, comida e transportes, ir aos três dias era um rombo enorme no orçamento... por isso, e com muita pena minha que já não ia ver tame impala, nem justice, nem massive attack, decidimos ir apenas ao dia de realmente interessava.

...só que o rombo acabou por ser ainda maior 😂

tão já que não íamos aos três dias do festival, tive uma daquelas ideias peregrinas. fui espreitar o preço dos voos de madrid para maiorca.. e gostei MUITO do que vi!

tão foi assim que numa fria noite no inicio de janeiro, compramos os passes para o dia de NIN, os voos de LIS > MAD > PMI and back, reservamos alojamento para cinco dias em três zonas de maiorca, e esquecemos o assunto.

fast forward até meados de junho.

tava a marcar um consulta quando "senti" que havia qualquer coisa de errado com a data que tinha acabado de aceitar, apesar do calendário mostrar-me que estava livre. como aprendi a desconfiar destas cismas, mandei uma mensagem ao homem para confirmar o dia que voávamos para madrid. o homem checka a data e... oh fuck!! 

a um mês de arrancarmos para espanha, descobrimos que fizemos cócó na data do primeiro voo muhahahah. ora, como alterar o voo tão em cima da hora estava fora de questão, restava-nos ficar um dia a mais em madrid... OH. QUE. CHATICE!!! lol felizmente ainda não tínhamos marcado o hotel, porque em janeiro não vimos nada que agradasse.

resumindo: oito dias por terras espanholas, três em madrid, cinco em maiorca. como já sabíamos ao que íamos, não fizemos planos. à parte dos sítios escolhidos para dormir (que isso convém ficar logo fechadinho para evitar stresses), íamos para onde nos apetecia e fazíamos o que nos desse na telha. as férias acabaram por ser bastante diferentes do habitual: tranquilas, super descontraídas, e muito.. muito.. preguiçosas!

to be continued...

Dia 6 // Longroiva a Lisboa

Abril 25, 2018

só mais 5 minutos, vá láaaaaa....

quarto

seguir ao pequeno-almoço fomos dar uma voltinha para desmoer, antes de voltar a atacar a piscina. não fomos longe, apenas circundamos o complexo do hotel e das termas, meter o bedelho nas fontes de água, para descobrir donde vinha o pivete a ovos podres.

fonte fonte fonte

era desta fonte, e de outra mais acima :D o homem enfiou o dedo lá dentro e arrependeu-se... e não foi pela temperatura da água lolão

depois arrumamos a bagagem e siga demolhar, que nem dois bacalhaus secos na véspera da consoada. ficamos uma hora enfiados na piscina, só com a cabeça fora de água. aquilo não podia ser muito bom para a pele.. afinal de contas, a água é tratada com cloro e cenas.. digamos que saí de lá com a pele mais branca e luminosa do que entrei muhahha

no último dia de férias visitamos as três últimas aldeias históricas que faltavam.

mas já que estávamos ali, primeiro fomos conhecer longroiva. fizemos a primeira cache desde há quatro anos no topo da aldeia, perto do castelo. a app agora tá muito moderna, toca um sonzinho para avisar-nos que estamos perto da cache. "antigamente" tínhamos que andar a chafurdar, especialmente mau quando os telemóveis tinham uma recepção de satélite manhosa, às vezes com um desvio de 10-20 metros.

o castelo serve de cemitério, é um bocadinho creepy entrar lá dentro. a vista é porreira, though. alta sitio para ter como ultima morada :D

uns kms a sul, subimos até marialva. a segunda cache do dia meteu-nos a circundar o castelo. a aldeia é uma paz d'alma, sitio bom para passar uns dias muito descansados. não fomos visitar o castelo porque não me apeteceu a pagar a entrada.

marialva

seguia-se trancoso. terceira cache do dia também nos meteu a circular o exterior das muralhas do castelo. andava lá outro casal às caches, mas estavam do lado errado a muralha. não sei se perceberam a dica. a vista da torre de menagem para a serra da estrela é qualquer coisa.

trancoso

já de saída, passamos numa loja da casa da prisca e trouxemos um pedaço de paio de lombo fatiado TÃO BOM, e um queijo de cabra curado apimentado de meio kg TÃO BOM, levaram sumiço do frigorífico em menos de nada!

por fim, belmonte. também não visitamos o castelo, que era pago e já não estavam a deixar entrar ninguém, às cinco e pouco da tarde. demos umas voltas por belmonte atrás de caches. fizemos uma no moinho de azeite, a última do dia, que tinha uma vista soberba para a porta de acesso à serra da estrela que costumo usar, e a lembrar-me que há um ano que não ponho os pés na serra. devo estar doente, só pode lol

por esta altura já se ouviam estômagos a reclamar, e como não conseguíamos chegar a nenhuma conclusão sobre onde ir tratar do assunto, acabamos na cafetaria do intermarché lol a companhia era "interessante", e o lanche saiu muito barato lol

dali só paramos em lisboa. vinha completamente moída pelo dia inteiro passado ao volante, e mortinha para chegar a casa e encher-me de creme hidratante, que tinha a pele tão seca por causa do cloro que até sentia picadas. imagino que a minha sorte foi que tinha que me vir embora, se não passava a tarde toda dentro da água.. depois provavelmente iria precisar de vários transplantes de pele muhahaha

e assim terminou outra roadtrip épica. começou no extremo setentrional, atravessou o norte na diagonal, andou às voltas na beira interior, e ainda deu umas perninhas em espanha. as mudanças de paisagem são tão vincadas, que a cada dia de viagem pareciam férias diferentes \m/ não me canso de dizer, o nosso reino é lindo!!

deu para matar saudades de muitos dos sítios, mas a sensação que trago é que fiquei com mais saudades ainda. tou refém do nosso país, não me consigo fartar, estou sempre maluca para voltar lol com tantos países que quero conhecer, caneco...

álbum completo no sítio do costume

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Dia 5 // de Castelo Melhor a Longroiva

Abril 21, 2018

acordar com uma paisagem daquelas a entrar-nos pelo quarto a dentro é qualquer coisa.. e a calma daquele lugar? ficava na boa uma manhã (ou a tarde) inteira sentada na varanda, ou no sofá ao lado da janela, a ler um livro ou simplesmente a perder o olhar na paisagem.

douro

mas o melhor de acordar ali ainda estava para vir: o pequeno-almoço.. zomg.. clássico brunch de instagram, totalmente obsceno.. e delicioso!! enfardei até ao limite do estômago.. e mesmo assim sobrou mais de metade daquele banquete. podia não ser buffet, mas não faltava ali nada, o que não estava na mesa vinha da cozinha a pedido, e feito na hora (ovos, bacon, etc).

pequeno almoço banquete

aproveitamos o quarto até à hora de check-out e depois fomos dar um longo passeio pela quinta, até à beira do douro, depois pelas vinhas. a ventania era de tal forma potente que o rio parecia correr ao contrário. seria um dia impecável, se não fosse pelo vento..

casa do riodouro douro
quinta do vallado quinta do vallado
linha

a casa do rio é um daqueles sítios que não vou dizer "temos que lá voltar", vou dizer "vamos mesmo lá voltar", aquilo é um paraíso!

este é aquele dia das férias que deixo sempre em aberto, para dar margem a improvisos e surpresas. ou seja, não sabia onde e como iria acabar, se em casa, se num ponto qualquer ao calhas no mapa. opções eram mais que muitas, que ganhasse a melhor ideia!

ainda assim, queria passar por uns quantos sítios. portanto deixamos a casa do rio com destino a barca d'alva, logo ali ao lado, e pelo caminho mais curto. ainda parei para mirar o castelo de castelo melhor, mas para visitá-lo iria precisar de pelo menos uma hora, então deixei-o para a próxima visita... daquelas decisões que na hora parecem bem, mas depois uma pessoa arrepende-se e já é tarde demais, oh well..

ia tão fixada na paisagem, que deixei passar o desvio e fui parar à estação ferroviária de almendra. tipo.. de que servia uma estação no meio no nada, a km's e km's da povoação mais próxima? se calhar até se percebe porque é que aquele troço todo de linha férrea está desactivado..

douro douro

voltei para trás e lá encontrei o desvio que queria. não havia indicações, e os meus piores receios iam-se concretizar. através do google maps dava para ver que era um caminho agrícola de terra batida, mas eu tinha esperança que aquelas imagens de satélite tivessem altamente desactualizadas, e que a estrada entretanto tivesse sido asfaltada (a esperança é a ultima a morrer, certo?)... ou o google não me teria metido por lá? ou teria, à luz da minha suspeita que ele conhece o perfil de estradas onde costumo andar?

google, enquanto eu tiver o cascas não me mandes por estradas de terra batida, ouviste??? o bicho já não tem idade para essas farras.

não tinha já tido uma experiência desagradável no dia anterior, querem lá ver.. dispenso outra hoje!! mas a volta que teria que dar, era estupidamente longa e decidi arriscar.. tive sorte que não apanhei muita lama, mas apanhei um susto ou outro com derrocadas e uns ramos derrubados das árvores pelo vento. a puta da estrada parecia interminável, quando voltei a ver o asfalto agradeci ao universo por não me ter pregado nenhuma partida. puf!!

o cais de vega de terron estava bastante pacato, mas o dia não estava grande coisa, acabamos por não ficar lá muito tempo.

despedimo-nos do douro internacional, com um até muito breve, espero, e seguimos para sul, com a aldeia histórica de castelo rodrigo na mira. fiz umas quantas paragens em miradouros, para ir esticando ao máximo a despedida daquela paisagem que tanto gosto.

trás-os-montes

a parte mais interessante das viagens é notarmos a morfologia da paisagem a mudar lentamente. à medida que íamos deixando a região do douro, fomos gradualmente deixando de subir e descer montes, as curvas atenuaram, a vinhas, as amendoeiras e as oliveiras desaparecem do horizonte. blocos redondos de granito, e vegetação rasteira passa a dominar na paisagem.

não me vou alongar sobre castelo rodrigo, vou deixar isso para mais tarde. só tive pena que a tarde estava limpa, mas realmente desagradável por causa do vento e do frio. podia ter apreciado melhor a aldeia e a paisagem.

seguia-se almeida. idem idem, aspas aspas. mais uma vez fomos sabotados pelo vento, que soprava cada vez com mais força. o carro parado abanava por todos os lados, e não conseguíamos estar na rua mais de 5 minutos, por causa do frio e da ventania..

por aquela altura ainda não sabíamos como ia terminar o dia. o hotel que havíamos tentado umas horas antes estava cheio, e ainda não tínhamos tido oportunidade para abrir o booking e analisar as nossas hipóteses. entretanto, e já que estava perto de vilar formoso, aproveitei para ir atestar o carro (eu não resisto muhahahah) apesar de ainda ter 1/4 do depósito.

tava ali, e tava a começar a ficar seriamente dividida... o que é que me impedia de seguir caminho e ir acabar as férias em salamanca? era só uma horinha.. ou então era uma horinha de volta para a zona das duas aldeias históricas que não conseguimos alcançar naquele dia... decisions, decisions... mas o que é realmente fixe, é ter deixado de existir roaming na união europeia, e nós estarmos ali, no estacionamento da galp de fuentes de oñoro, agarrados aos telemóveis, a decidir se havíamos de seguir para salamanca, ou algures nas redondezas de marialva e trancoso, ou para casa.

porque eu estava com medo de rapar frio em salamanca, apesar da ideia de acabar o dia a comer churros com chocolate quente aquecer-me a alma, e porque o homem apanhou um quartinho no longroiva hotel, um dos alojamentos que por acaso considerei para a 5ª noite (mas descartei porque sou parva e liguei mais às fotos que à descrição do hotel), acabamos por voltar para portugal.

uma hora depois estávamos a chegar a longroiva. diz que havia uma piscina exterior com água naturalmente aquecida à nossa espera. e não era mentira, não senhora. eram 8 da noite, cá fora estavam 5ºC, lá dentro 38ºC. que meia hora tão maravilhosa. não há palavras...

o cenário era mais ou menos este,

snow monkey

(macacos da neve a banharem-se em fontes termais a 40ºC, copyright © jigokudani yaen kōen)


já sair da água, com uma diferença de 30 graus para a rua, é que.. FFFUUUUUUU!!!

deram-nos um quartito todo catita, no edifício principal. ficava um bocado afastado da piscina e do restaurante, mas era um preço que não me importei de pagar, pelo charme dos meus aposentos :D. o hotel é composto por um edifício clássico e um anexo ultra moderno, com quartos e bungalows. muito, muito giro, e ainda cheirava a novo. fun fact: o hotel foi desenhado pelo mesmo arquitecto das eco/tree houses do parque das pedras salgadas.

jantamos no restaurante do hotel, comi um polvo à lagareiro impecável. fiquei fã do azeite da quinta vale d'aldeia, cuja produção pertence aos proprietários do hotel.

nessa noite o homem decidiu que queria voltar a fazer geocaching, então passamos o resto da noite a instalar a app e a ver que caches podíamos fazer no dia seguinte. pena não se ter lembrado isto na primeira noite, em melgaço. a quantidade de caches fixes que deixamos escapar, baaaah!

Dia 4 // de Picote a Castelo Melhor

Abril 18, 2018

para compensar o dia anterior, este estava a transbordar. quis descer o douro internacional, e continuar uma tarefa muito interessante que ficou por terminar na outra volta, miradouros. tinha uma lista com seis que queria muito visitar. por azar, foi também o pior dos dias que apanhamos, com chuva, frio, e vento forte. PQP!!

vou reformular, o dia estava verdadeiramente merdoso...

acordamos para um dia cinzentão, bem foleiro. nada fixe quando o objectivo é passear, e mirar desfiladeiros com centenas de metros de altura.

descemos à cozinha para preparar o pequeno-almoço, que só não correu melhor porque estas almas não sabem operar máquinas de café domésticas, e não tinham todas as ferramentas a que estão habitadas para preparar comida, e perdeu-se tempo precioso com os improvisos. enfim, lá se fez, e terminado o pequeno-almoço, subimos para ir arrumar a tralha e metemo-nos a caminho, que se fazia tarde.

estavam previstos seis miradouros. mas como estávamos em picote, mesmo à entrada do caminho que vai dar ao miradouro da fraga do puio, e a meia dúzia de passos de lá, aproveitamos para mirá-lo. o anfitrião da casa tinha-nos dito que aquilo tinha ardido tudo, e que não estava muito bonito de se ver. de facto, até a plataforma em madeira do miradouro ardeu, e estava tudo queimado quase até à água. acho que só não pareceu pior porque o dia estava cinzento, a condizer com a paisagem :(

miradouro fraga do puio

picote tinha ainda mais casas recuperadas que há dois anos, está a ficar um sitio *muito* giro.

dali demos inicio à aventura do dia, seguindo a todo o vapor para nordeste, até aldeia nova / aldinuoba, ver as vistas a partir do miradouro de são joão das arribas.

imponente, para descrevê-lo numa palavra só. se não estou em erro, foi o mais alto dos miradouros que visitamos naquele dia. ali o douro corre numa estreita garganta, de paredes escarpadas ásperas e contornos muito acidentados, e a vista é incrível tanto a montante como a jusante. acabamos por nos demorar, que aquele sitio é de cortar a respiração, e ficamos sem forças para sair dali :D

miradouro são joão das arribas

de seguida fomos até miranda do douro, onde também passamos mais tempo do que aquilo que estava nos planos. não há nada a fazer, que as vistas ali também são impressionantes.

e ainda hoje tenho sonhos húmidos com um palmier coberto com chocolate que comi na pastelaria mirandesa, onde também tínhamos lanchado há dois anos hi hi hi

mais abaixo no mapa, passamos pelo miradouro da freixiosa. nesta altura o vento não estava a facilitar muito a vida, e aquele miradouro não é para fracos do coração lol aqui o douro corre mais à larga, e a paisagem não é tão acidentada, mas não deixa de ser brutal.

miradouro da freixiosa miradouro da freixiosa

seguia-se o miradouro de picões. este era o mais desafiante por causa do caminho até lá. tinha chovido a manhã toda, e a estrada de terra batida estava encharcada, e cheia de depressões profundas causadas por veículos pesados. eu tentei, a sério que tentei. mesmo a arriscar atascar o cascas na lama.

por acaso não me estava nada a apetecer ficar com o carro atascado ali, já vinha há umas boas dezenas de metros com o coração nas goelas por causa disso. evitei vários buracos e poças de água como se fossem minas terrestres, em que uma manobra mal feita e tinha que ir à procura dum velhote com um tractor para me tirar o carro dali pra fora... atirei a toalha ao chão quando aquilo começou a deixar de ser um estradão e transformou-se num rio, e eu falei e disse "nope nope nope.. puta que pariu, caguei!" e não andei nem mais um metro.

e agora, voltar para trás? HA HA HA HA!

o caminho era estreito e murado, só cabia um carro. até conseguirmos inverter a marcha em porto seguro foram uns metros valentes de marcha-àtrás, com uma precisão cirúrgica para o carro não ficar encalhado. isto é material para me dar ataques de pânico instantâneos... quando aquela provação terminou, podia ter deixado o carro estacionado na aberta, e ter percorrido a pé as poucas centenas de metros que faltavam até ao miradouro.. mas o estado do caminho, e a chuva a ameaçar cair, e o tempo precioso que perdemos a não cometer nenhum fuck up com o nosso estimado automóvel, desencorajaram-me de perder mais tempo ali, e quis voltar à segurança do asfalto.

anyway, foi a maior aventura do dia lol

porque já se estava a fazer tarde, também o miradouro do castro castelo dos mouros também ficou para uma próxima, com muita pena minha.

seguiu-se o miradouro do carrascalinho, já sob de uma tarde verdadeiramente desagradável. o sitio é lindíssimo, a vista é desafogada, e as aves de grande porte pairam ali preguiçosamente. interessante que parecem imunes à chuva e ao vento.

por fim, e já quase ao cair da noite, ainda consegui levar-nos ao miradouro do penedo durão. foi o miradouro mais humanizado que visitamos. o acesso é impecável, tem um parque de estacionamento enorme, e montes de espaço para merendas. e tem uma paisagem magnífica, de perder a vista.

na volta anterior, estive parada lá em baixo a contemplar a vista, e a olhar cá para cima, a imaginar como seria fixe subir aquele penhasco, pouco antes de atravessar a barragem que se vê dali, saucelle, para explorar o douro internacional do lado espanhol. diria que é naquele ponto que o douro começa a amansar, e segue um percurso mais calminho até à foz. e é também ali a recta final em que aquele magnifico rio serve de fronteira entre portugal e espanha.

a descoberta do dia é que é possível descer o douro internacional e visitar uma série de miradouros em apenas um dia. basta começar cedo. preferencialmente com colaboração da meteorologia.. fiquei absolutamente fodida pelo falhanço dos dois miradouros, e pelo tempo horroroso que não me deixou desfrutar melhor os que consegui alcançar.. não ha milagres, acontecem sempre falhas nos planos, por melhor que sejam as intenções e a nossa determinação.

dali fomos a todo o vapor para torre de moncorvo, jantar na taberna no carró, restaurante que nos tinha sido altamente recomendado. não havia menu, era sentar e esperar que a comida começasse a aterrar na mesa. e foi tanta a comida, que nós, que chegamos lá mortinhos de fome, às tantas já estávamos os dois a entrar em pânico muhahaha

começou por pão e azeitonas, uma tábua de queijo curado e enchidos, depois uma alheira de mirandela assada nas brasas, depois uma omelete de espargos, depois cogumelos recheados, e terminou com uma bruta posta mirandesa, acompanhada por arroz de grão e salada de azedas. minha nossa senhora da assunção, que puta da barrigada. não sobrou espaço para sobremesas, por mais delicioso que fosse o aspecto delas... saímos de lá a rebolar.

o último salto do dia seria prá lá de vila nova de foz côa, até à casa do rio. havia duas formas de lá chegar: 30km por curvas, ou 35km por estrada direitinha, a duração da viagem era idêntica. a parte chata foi que confiei no routing dos mapas do google, e não é que o cabrão mandou-me ir pela estrada das curvas? cá pra mim, devem ter lá no meu perfil que eu gosto de estradas "cénicas"... só pode!! e acredito que aquela estrada até seja muito agradável de conduzir, pela vista... mas de noite não se vê a ponta dum chouriço.. ainda por cima, curvas era a última coisa que me estava a apetecer depois de uma refeição daquelas, humpf!

chegar até à casa do rio também foi um desafio "interessante". uma sucessão de curvas apertadas, com um declive assustador, e escuridão total. o meu instinto dizia-me que era melhor segurar bem o carro, que o douro corria lá em baixo.. a que altura e distância, era uma incógnita. depois de dois pavorosos km, chegávamos finalmente à casa.

primeira impressão da coisa.. tinha sido mais esperta se tivesse cagado nos miradouros, e fosse directa de picote para aquele sítio. zomg... chegar lá às nove da noite foi um crime!

a melhor descrição que consigo fazer do alojamento é, a casa de campo de alguém com muito bom gosto. e papel. não se pouparam nos luxos. a decoração da sala de estar era de um tremendo bom gosto, numa combinação harmoniosa entre elementos de design moderno e rústico. os tons quentes da fraca iluminação envolviam-se com música chill out, a finalizar o ambiente perfeito. tinha um conforto intimista encantador.

o quarto, dos mais bonitos, confortáveis, e acolhedores onde já dormi. amplo, luminoso, forrado a madeira pintada de branco com um ar de casa de praia, ao fundo uma pequena sala de estar com sofás em pele e uma lareira suspensa, que não foi preciso acender porque o ar condicionado tomava conta do assunto.. e a cama.. uma nuvem autêntica. e tudo salpicado com pequenos arranjos florais silvestres frescos. acho que aquele quarto anda ali taco a taco com a casa da árvore, que só ganha porque é a casa da árvore lol

casa do rio casa do rio casa do rio

só podia ser a recompensa por aquele dia frustrante. quando reservei aquela maravilha, nunca imaginei o que me esperava, as fotos não lhe fazem justiça. 

os anfitriões, de uma simpatia desconcertante. acabamos por ficar até perto da meia noite na sala, entre conversas, chás, vinhos do porto e bolos caseiros.

again, como já vinha a ser trend, e numa rara ocasião (segundo nos foi dito), tivemos a(quele sonho de) casa só para nós :D

 

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'Le me

tem idade suficiente para ter juízo, embora nem sempre pareça. algarvia desertora, plantou-se algures na capital, e vive há uma eternidade com um gajo que conheceu pelo mIRC.

no início da vida adulta foi possuída pelo espírito da internet e entregou-lhe o corpo a alma de mão beijada. é geek até à raiz do último cabelo e orgulha-se disso.

offline gosta muito de passear por aí, tirar fotografias, ver séries e filmes, e (sempre que a preguiça não a impede) gosta praticar exercício físico.

mantém uma pequena bucket list de coisas que gostava de fazer nos entretantos.

'Le liwl

era uma vez um blog cor-de-rosa que nasceu na manhã de 16 de janeiro, no longínquo ano de 2003, numa altura em que os blogs eram apenas registos pessoais, sem pretensões de coisa alguma. e assim se tem mantido.

muitas são as fases pelas quais tem passado, ao sabor dos humores da sua autora. para os mais curiosos, aqui ficam screenshots das versões anteriores:
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