Lost in... Paris
Junho 10, 2019
vou já tirar aqui uma coisa do caminho - nunca tive grande interesse em conhecer paris, não era uma cidade que me seduzisse, e à parte da torre eiffel, não tinha mesmo curiosidade... mas fomos convidados para participar numa hackathon lá, com todas as despesas pagas. era parva se recusasse.
tão, já que íamos para lá, vamos aproveitar o fim de semana para conhecer um bocadinho da cidade, né?
foram cinco dias, e muita sola gasta. a mi band diz que dei 71 mil passos, qualquer coisa como 46km. mas a verdade é que voltei de lá a pesar 1kg a mais. croissant much? é uma possibilidade 🤔 se bem que os croissants tugas dão 15 a 0 aos franceses!
marquei algumas cenas no mapa, que até fazia questão de ver ou fazer, mas não fiz trabalho de casa nenhum. nem sequer sabia que titulo de transporte era o mais adequado para uma estadia de 5 dias. havia de correr bem. lol
voamos pela transavia, para orly. à chegada não deu para reparar, mas ao regresso deu para perceber porque é que está quase em último lugar na lista dos piores aeroportos do mundo. fora a falta gritante de transportes públicos para lá e as poucas opções para comer, as instalações até são porreiras, mas em termos de organização, fiquei com a impressão que é uma anedota. mas lá chegaremos.
nas duas primeiras noites, ficamos num ibis perto da praça de la bastille, que até não foi mau de todo. para as outras duas em que estávamos por nossa conta, encontramos um hotel engraçado e relativamente "barato", no bairro de pigalle, que tinha muita coisa marcada no mapa naquela zona.
estávamos à espera de um quarto minúsculo, colorido, com uma varanda típica, mas quando nos apresentaram as nossas instalações, no rés de chão e sem varanda, não era bem aquilo que tinhamos em mente... entramos para uma sala de estar, com um sofá em pele enorme; seguia-se o quarto, com as paredes pintadas de escuro, cama king size, e o tecto por cima dela salpicado de leds a imitar estrelas; e por fim a casa de banho, que devia ser maior que os quartos normais do hotel, e tinha uma banheira de SPA (que lhe demos uso, POIS CLARO!!).. a nossa reacção àquele cenário foi, "o..k.. este quarto já viu coisas......."
tinha 3 TVs - uma na sala, outra no quarto, e outra no wc, voltada para a banheira... um número perturbador de caixas de kleenexes espalhadas pela sala e quarto.. e estava preparado para 4 pessoas... bom, ninguém te mandou escolher um quarto no distrito da luz vermelha lá do sitio LOL
uma diária naquela suite é mais cara que aquilo que pagamos por duas noites. overbooking is a bitch muhahahah
a parte da hackathon foi fixe, estávamos distribuídos por equipas constituídas por pessoas de vários países e valências diferentes, com um objectivo em comum. tudo malta fixe. e duas jantaradas valentes. de resto, aproveitamos todos os minutos livres para desbundar pela cidade, de dia e de noite. mas lá chegaremos.
fiz umas compritas interessantes. felizmente que espaço livre na mochila era muito limitado e não dava para abusar. e tinha sido TÃO fácil loll
atacamos uma livraria japonesa e foi impossível sair de lá de mãos a abanar. trouxe um livro de kanji assim pró grosso, e tive que invocar o meu mantra de SOS "eu consigo viver sem isto" até às exaustão, para resistir ao artbook do 30º aniversário de dragon ball 😞
batemos as todas lojas geeks, cheias de merchandise de anime e manga perto da avenida da republica lá do sitio, onde há disso porta sim, porta sim. e omg, foi uma experiência TÃO DOLOROSA não sair de lá carregados de figuras e t-shirts e peluches e tantas outras merdelices.
ia perdendo a carteira cabeça na uniqlo (quando é que crls abrem uma loja cá??), ainda vim de lá com uma carga valente, a minha mochila ia rebentando as costuras muhahahah
para além do francês, que já estava bolorento mas sempre ia servindo para comunicar, quem se fartou de dar à língua em japonês foi o homem (montes de japoneses em paris, parece que têm uma pancada pela cidade). não perdia uma oportunidade, e ainda foram umas quantas, entre o restaurante de ramen, a livraria japonesa, e uma rapariga que encontrou num café.
já tinha lido, e testemunhei: só depois de tentarmos arranhar francês e eles/nós não percebermos é que fazem um esforço, fónix.. eu cá nunca faço cara feia quando um cámone fala comigo em inglês 😠
tivemos uma demonstração da cortesia francesa (NOT!!), apesar dos nossos esforços para falar a língua, e ser cordiais. ao comprar um pack de 10 bilhetes de metro, a puta da máquina só deu 8.. e o sacana no fulano que estava no guiché ao lado, a dizer que era impossível, como uns modos como se o estivéssemos a tentar engrupir. grande cabrão. entretanto li outras experiências com este tipo de bilhetes.. não fomos os únicos a ter sarilhos com eles, e com o atendimento humano no metro. pqp...
houve coisas que gostei, e houve coisas que não gostei. não fiquei com particular vontade de voltar lá tão cedo, mas já aprendi que nestas coisas não vale a pena deixar nada escrito na pedra. não me senti particularmente segura em certas zonas. nunca andava com nada à vista e mesmo assim tive receio de ser assaltada.
mas vá.. correu tudo bem, e não foi mau de todo.