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lost in wonderland

lost in wonderland

Seis coisas que os introvertidos odeiam

Janeiro 27, 2018

sou introvertida e não tenho problemas nenhuns com isso. às muitas vezes passo por bicho do mato, mas também não tenho problemas nenhuns com isso. no entanto existem algumas situações difíceis de evitar, que por ser introvertida, trazem-me muitos problemas :D

torpecei num vídeo sobre este tema (obrigada sara que estás a irlanda), e achei piada porque me identifiquei com os pontos todos. e como não tenho nada mais importante para fazer (ou se calhar até tenho mas não me apetece muhahah), cá vai a minha perspectiva pessoal de cada um deles:


1. multidões

muito complicado para o meu sistema. fico desorientada com a quantidade de movimentos erráticos das pessoas, é demasiada informação para o meu cérebro processar. e depois há o ruído. multidões produzem uma algazarra do caraças, que me desorienta ainda mais. deve ser por isso que não gosto de cidades grandes, ou espaços fechados muito concorridos (centros comerciais ao fim-de-semana, estou a olhar para vocês!!). além disso, meu espaço pessoal fica ameaçado no meio de multidões, e o meu espaço pessoal é um assunto muito sério!

mas excepções à regra existem. consigo tolerar multidões se tiver uma razão forte para tal, como é o caso de concertos. adoro ver as minhas bandas favoritas actuarem ao vivo, e se tiver que estar umas horas no meio de um mar de gente, estou. isto porque tenho um ponto de foco, um objectivo onde me concentrar e consigo gerir relativamente bem a situação (embora já tenha tido ataques de pânico), até porque num concerto a energia da multidão faz parte. claro que fico de rastos, mas foi por um bom motivo.

2. falar ao telefone

das piores coisas que me podem fazer é telefonar. a sério, não me telefonem se não for absolutamente necessário!! e isto vem desde que me conheço. quando tinha praí meia dúzia de anos e os meus pais mandaram instalar telefone em casa (daqueles analógicos, com rodinha), detestava ter que atendê-lo. aquela merda apitava e toda eu tremia, só com a ideia de ter que levantar o auscultador e falar com alguém. ainda hoje detesto atender telefonemas. muitas vezes, se não conhecer o número, passo o telefone ao homem para ser ele a tratar do assunto :D

felizmente hoje em dia, o pessoal prefere mandar mensagens. whatsapp rula!! mas reconheço que existem situações em que uma chamada resolve a questão muito melhor do que comunicação escrita, e nesses casos não levanto grandes dramas. respiro fundo, marco o número (ou atendo) e cá vai disto. não gosto, mas se tiver mesmo que ser, é.

3. barulho

obras, trânsito, sirenes, pessoas a falar aos berros, muita gente a falar ao mesmo tempo, crianças a gritar, cães a ladrar, and so on.. barulho faz-me disparar os níveis de stress que é uma coisa parva. pessoas que como eu, passam o tempo todo dentro da sua própria cabeça, precisam de manter um elo permanente com o cérebro, o barulho distrai-nos, a ligação perde-se, a corrente de pensamentos dissolve-se, e ficamos desorientados.

só não ando com tampões nos ouvidos quando ando na rua por questões de segurança pessoal, tipo não ouvir um perigo a aproximar-se. barulho é também uma das razões pela qual tenho tolerância zero para discussões.

4. eventos sociais

das situações onde me sinto mais desconfortável nesta vida, super ultra cansativo.. sejam eventos ou festas (inclusive familiares), seja sair à noite. eventos sociais é a tempestade perfeita. implica enfrentar multidões, levar com barulho, e ter que fazer conversas de circunstancia. não sou um animal social, se não tiver à vontade com as pessoas envolvidas nesses eventos, é uma autêntica tortura.

mas tal como no ponto nas multidões, existem excepções à regra. quando tenho um foco, consigo ultrapassar a coisa sem grandes traumas.

5. dizerem-nos que “és demasiado quieta”

depende da pessoa. se não me conhecer e dizer isto, aceito e não levo a mal. se for uma pessoa do meu circulo, a usar este argumento para tentar espicaçar-me, sou capaz de não achar lá muita piada. also, se acham que sou uma pessoa aborrecida porque prefiro estar calada e quieta no meu canto, estejam descansados que vivo muito bem com isso :D

6. conversa de circunstância

basicamente conversa forçada.. não é uma cena fixe. a não ser que esteja no meio de pessoas com quem esteja familiarizada e tenha assunto para falar, isto é uma situação que me causa bastante desconforto. é embaraçoso porque nunca sei o que é suposto dizer, ou porque arrisco a dizer coisas desadequadas. e sinceramente custa-me estar a gastar energia com conversa sem utilidade ou substância, só porque é uma convenção social. este é outro tema, não atino com certas convenções sociais, acho que só servem para fazer perder tempo.. mas suponho que a sociedade funciona melhor em cima disto, não há grande volta a dar :/

mas calma, não sou completamente anti-social. em certas situações, até gosto muito de falar, e sou capaz de passar horas na galhofa, capaz de fazer a malta pensar que “esta tipa tá-me a tangar, de introvertida não tem nada”, só que não.. por mais agradável que seja a conversa e os intervenientes, conversar drena-me a energia de uma maneira inacreditável, fico realmente cansada ao fim de algumas horas.

funny thing, sabiam que a principal diferença entre introvertidos e extrovertidos é a forma como recarregam baterias? introvertidos precisam de espaço e sossego, preferencialmente sozinhos, e os extrovertidos precisam de rodear-se e interagir com outras pessoas. 

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'Le me

tem idade suficiente para ter juízo, embora nem sempre pareça. algarvia desertora, plantou-se algures na capital, e vive há uma eternidade com um gajo que conheceu pelo mIRC.

no início da vida adulta foi possuída pelo espírito da internet e entregou-lhe o corpo a alma de mão beijada. é geek até à raiz do último cabelo e orgulha-se disso.

offline gosta muito de passear por aí, tirar fotografias, ver séries e filmes, e (sempre que a preguiça não a impede) gosta praticar exercício físico.

mantém uma pequena bucket list de coisas que gostava de fazer nos entretantos.

'Le liwl

era uma vez um blog cor-de-rosa que nasceu na manhã de 16 de janeiro, no longínquo ano de 2003, numa altura em que os blogs eram apenas registos pessoais, sem pretensões de coisa alguma. e assim se tem mantido.

muitas são as fases pelas quais tem passado, ao sabor dos humores da sua autora. para os mais curiosos, aqui ficam screenshots das versões anteriores:
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