Summer of 16 // bichezas
Setembro 26, 2016
durante a primeira semana, e para nossa surpresa (porque numa estadia anterior íamos sendo devorados vivos), os mosquitos estavam M.I.A.. já na segunda, quando as temperaturas aumentaram ligeiramente e o ar ficou mais seco, apareceram todos de uma só vez. fomos surpreendidos à saída da praia por um ataque cerrado. mas os sacanas não perderam pela demora, que nós vínhamos mais do que preparados para eles!
a começar pelo spray para tecidos. calças e casacos tão empestados de shelltox, que nem se atreviam a chegar perto. as pulseiras de citronela também fazem um bom trabalho. o cheiro a citronela é viciante, apetecia-me snifar a pulseira a toda a hora :/
os balneários também ficaram infestados. sempre que íamos tomar banho, tínhamos que afogar um esquadrão inteiro de mosquitos. mas a invasão valeu totalmente a pena. se não, nunca teríamos ouvido o seguinte desabafo alheio, que descrevia perfeitamente o acto de ir ao wc naqueles dias:
"eh crl, estes mosquitos vão-me papar as nalgas todas!"
certa noite, por volta da uma da manhã, fui ao wc dar a última mijinha da noite. quando regressei, encontrei homem num rebuliço dentro da tenda. "anda aqui um bicho esquisito, parece um mini-escorpião!!" explicou-se, aflito.
(ver um macho adulto com medo de bichos minúsculos é uma coisa gira de se ver muhahaha)
eh lá!! vamos lá ter calma e encontrar esse bicho, que nesta tenda só há espaço para um escorpião. eu!
então, tentar fazer o mínimo de barulho possível - que os nossos vizinhos são árduos trabalhadores e precisam do seu merecido descanso. uns são vendedores ambulantes de bijuteria e trabalham de sol a sol, e os outros fazem limpeza nos restaurantes, e têm que acordar cedo, vá toca de tirar a tralha toda da tenda cá para fora. primeiro o edredon, depois os sacos, depois as toalhas e a roupa que andava à solta, depois as almofadas, e até o lençol do colchão. só não tiramos o colchão porque havia espaço para revirá-lo e inspeccionar o aposento. e nada do mini-escorpião.
voltar a fazer a cama, voltar a colocar tudo dentro da tenda. ninguém à volta pareceu incomodado com o restolhar e os cochichos, menos mal!
no dia seguinte, o homem acordou com o mini-escorpião.. ou melhor, com a bicha-cadela ao lado, na cama. morta. paz à sua alma.
outra das amizades que o homem travou, foi com uma das raposas juvenis da ilha. estão demasiado habituadas às pessoas, algo que lhes pode trazer problemas. há sempre aquele anormal que não gosta de animais e tenta fazer mal só porque sim. como aquele bando de putos que teve que levar nas orelhas.
to be continued...