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lost in wonderland

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Summer in the Islands II

Setembro 13, 2017

há uma diferença abismal entre julho e agosto na ilha de tavira. passa de um ambiente totalmente descontraído, onde há tempo para as pessoas que lá trabalham meterem-se na reinação com os clientes, para um ambiente tenso, apressado, com cara de poucos amigos, e sem ver a hora de ver os clientes pelas costas. eu percebo isto muitíssimo bem (ou não tivesse sido a minha vida durante 12 anos) e tento não atrapalhar muito, ou esperar muita atenção, quando mais reclamar. só de me imaginar na pele deles, dá-me suores frios :X

fomos para lá naquela que deve ter sido a altura com mais afluência do ano, o fim-de-semana de agosto que fez "ponte" com o feriado, e que muita gente aproveitou para sacar quatro diazinhos de férias. o parque de campismo estava à pinha, e por momentos tive receio que parassem de aceitar pessoas. a fila para fazer check-in era gigante, e a malta não tinha mãos a medir. o afluxo de campistas durou o sábado todo até por volta das dez da noite, sem parar. nunca apanhamos aquele parque tão cheio.

o tempo esteve um bocadinho melhor que na semana de campismo anterior, em julho, mas não estava perfeito, como naqueles dias de praia brutais que apanhamos nos dois anos anteriores. este ano não cheguei a apanhar o mar espelhado, havia sempre ondulação. e vento. vento pa cacete. começava a levantar-se por volta da uma da tarde e só abrandava pelas nove ou dez da noite. nada daqueles calores sufocantes, que nem à sombra se consegue estar.

na última noite voltamos a ser trollados pelo universo.. a sério que às vezes até parece que faz pirraça comigo :P lusco-fusco, naquela tavamos de regresso areal deserto, quando subitamente o vento virou e começou a soprar aquela brisa quente vinda da serra, às nove na noite, já quase sem luz, e eu a querer ir-me enfiar no mar. só não o fiz porque já era tarde, e ainda tínhamos que jantar e dar de fuga para não chegar a casa de madrugada. mas fiquei tão cheia de pena, tão cheia de pena de não ter dado aquele último mergulho... bah!

e por falar em jantar, tão e aquele chilique que me deu por causa da bruta da cataplana? das duas uma, ou alarvei para além das capacidades do meu organismo, ou então sal a mais na comida pode ser uma cena tramada..

Summer in the Islands I

Setembro 01, 2017

o plano era chegar de maiorca no domingo de manhã, pegar na trouxa, e descer ao sotavento algarvio, para uma semana de campismo. o que eu não contava, era chegar com a cara inchadona e a precisar urgentemente de ir ao dentista, o que aconteceu pouco depois de aterrarmos. além de mim, também o homem não se conseguia ver livre da constipação, e queria ir ao médico na segunda.

o plano tremeu. eu, com uma bochecha insuflada, e com uma dieta à base de antibióticos, mais os medicamentos para evitar os danos colaterais dos antibióticos, e o homem com uma constipação manhosa no lombo, estávamos naquela.. se não vamos acampar, vamos trabalhar.. ficar em casa uma semana a gastar tempo livre precioso verão é que não..

mas não me sentia com energia para voltar ao trabalho.. depois de sete meses sem férias, e depois daqueles cinco dias non stop em maiorca, estávamos desesperadamente necessitados de mais uns dias de descanso.. tão lá fomos, à cautela, com o saco das drogas a reboque, passar o resto das férias na ilha tavira.

tá-se a tornar num ritual que não consigo passar sem, acampar uma semanita que seja, naquele sitio. até fico ansiosa só de pensar. gosto mesmo, mesmo, mesmo daquilo. voltar de lá é uma dor.. venho o caminho todo para cima a lamuriar..

só que este julho esteve muito rombo, não apanhamos tempo de jeito. não houve daqueles calores insuportáveis, e as noites eram frias como na costa alentejana. só na noite em que regressamos é que fomos brindados com uma brisa quentíssima da serra.. 28ºC às onze da noite, PQP.. pontaria de merda. por causa da ventania que se começava a levantar depois do meio-dia, nem sequer houve muitos banhos no mar. não que a água estivesse fria, que não estava, mas o vento tornava a experiência pouco agradável. 

mesmo assim foram uns dias à maneira, perfeitos para descansar da doidice da semana anterior. sabia quase a férias das férias, até o tempo pareceu render mais. nota mental: agendar a semana de férias agitadas antes da semana de ronha de campismo e praia rula.

tomar o pequeno-almoço no ferreira é parte da rotina na ilha. na primeira manhã que lá fomos, ia toda excitada para conhecer finalmente os êxitos pimbalhões deste verão... só que eles trocaram-nos as voltas. tinham um álbum de covers de guns n' roses em bossa nova a tocar, tão meloso que não conseguimos desarredar de lá. tinha um vibe perfeito para aquele dia solarengo de verão, à beira da praia.

happi poo

mas foi sol de pouca dura. nos restantes dias, a playlist resumiu-se a pop latino. espero que não tenha sido apenas isto que se ouviu este verão, que miséria :P tínhamos uma running gag "e tu, quantas vezes já ouviste o despacito hoje?" havia dias que ia às 5 vezes, que enjoo.. por mais que tente, não consigo compreender este fenómeno. outra rotina, que se não acontecer, é como se não tivéssemos estado lá, é na noite de sábado, o DJ do sal passar a macarena. não consigo adormecer enquanto não ouvir a macarena muhahahha gipsy kings e mambo nº 5 também nunca falha.

houve duas manhãs que apanhamos o barco e fomos ao mercado, tomar o pequeno-almoço, comprar fruta, e trazer o abastecimento anual de sal e oregãos.

sal


calma, trouxemos apenas um pacote de 1,5kg e sim, vai durar um ano inteiro.

a meio da semana fomos até cacela velha morder o ambiente. o dia não estava grande coisa para praia, então andamos por ali curtir a ria, a fazer tempo para ir à tasca do largo comer ostras. chegamos lá a 30mn da hora de abertura, já havia pessoal a ocupar as mesas da esplanada. quando abriu, já não havia mesas livres. partilhamos a nossa mesa (e uma chouriça assada) com um casal mais velho, e enquanto íamos empurrando a travessa de ostras, estivemos na conversa. descobrimos que tínhamos em comum o gosto pelas viagens, e tínhamos muitos destinos e aventuras em comum. não acontece muita vez, entrarmos em conversas com desconhecidos, mas foi definitivamente fixe.

ria formosaria formosa bocaostras

cruas, inacreditavelmente frescas, e absolutamente deliciosas :D'

quando saímos da tasca, o vento tinha abrando e a tarde ficou espectacular. atravessamos a ria à pata e fomos aproveitar o resto da tarde na praia.

como todas as pessoas este verão, também eu arranjei um bicho insuflável. um unicórnio. não sei como aquelas moças no instagram conseguem fazer sessões de fotos em cima destas bóiazorras, eu não aguento mais de 30 segundos sem mandar um tralho para dentro de água. bom.. em minha defesa, estava no mar com ondulação, não numa piscina. rendeu uns vídeos muito interessantes, alguns sortudo/as viram uma instastory disso. o homem encheu a barriga de gozar comigo, mas depois foi experimentar, e ainda aguentava menos tempo em cima daquilo do que eu lol quem ri por último, ri melhor :D

unicornio

anyway, este unicórnio era farsolas, ao fim da primeira cavalgada, abriu um buraquito numa costura. foi remendado e ainda voltou à água, mas já está no céu dos unicórnios. pró ano não vou ser tão sovina e arranjo um com melhor qualidade.

the last, but not the least
. há sempre figurões que animam o campismo. nem por isso faço por apanhá-los, mas estes estavam mesmo ao meu lado, era impossível ignorar.. apresento-vos,

los españoles

dois casais, malta ali a meio dos 30, altamente relaxados da vida deles.

já lá estavam quando assentamos arraiais. mas a primeira vez que nos cruzamos com eles, foi a caminho do pontão. nós íamos pro chillout, curtir a malta à pesca e os velhos na palheta, e eles tinham acabado de chegar do continente no último barco da noite, carregados de compras.. mal sabíamos nós que eram nossos vizinhos. quando regressámos ao parque, por volta da uma da manhã, quem é que se estava a preparar para fazer uma churrascada, a meia duzia de metros da nossa tenda?

a nossa tenda, as deles, e o grelhador, faziam um triângulo equilátero. nunca vi estes moços na praia, ou noutro sitio qualquer fora do parque. estavam sempre ou abancados junto das tendas, ou abancados junto ao grelhador. parecia a grande farra. passavam os dias a comer, a beber e a fumar ganzas, enquanto conversavam, naqueles modos espanhóis de conversar, que não se percebe se estão na boa, ou prestes a pegarem-se à porrada. todas as noites adormecíamos ao som da teca-teca-teca incessante deles, e todos as manhãs acordávamos ao som da mesma teca-teca-teca incessante deles.

um deles tinha umas havaianas de star wars iguais à minhas, já todas gastas (até me benzi), e dava uns arrotos grotescos. um detalhe sobre a minha pessoa, eu prefiro mil vezes ouvir um peido, por mais longo e sonoro que seja (até mesmo daqueles que emitem uma vibração capaz de abrir uma brecha da nossa dimensão), a um arroto.. a par do som das escarradelas, o som daqueles arrotos cavernosos arrancados do fundo das entranhas dá-me vómitos.

por fim, nós bazamos e eles lá continuaram, de cu alapado nas espreguiçadeiras desbotadas junto da tenda, a fumar charros e a queimar tempo até à próxima refeição.

agora pensando nisso, tavira cheia de espanhóis como estava, naquelas duas semanas de férias não deu para perceber bem onde acabava portugal e começava espanha, é que parece que não ouvi outra língua lol

Summer of 16 // praia

Setembro 30, 2016

eu queria praia, e praia eu tive!

13 dias de praia seguidos. a maioria na ilha, os outros distribuídos entre cacela e o barril. 13 dias de praia, que seca do caraças.. HA HA HA, NOT! só tenho a dizer que fazia outros 13. nas calmas!

a praia da ilha é aquela que só lhe faltam coqueiros para parecer uma praia tropical das caraíbas. na zona onde costumamos assentar, algures a meio caminho da terra estreita, podia estar um bocadinho mais limpa. o mar traz muita porcaria para terra. é das praias onde me sinto mais confortável, gosto *mesmo* de lá estar.


a praia do barril é a que tem a areia mais fina, a que está mais limpa, a que tem os apoios de praia mais pitorescos, e atravessar aquele cemitério de âncoras é qualquer coisa de épico.

enche para caraças, mas nada que uma caminhada de 15-20 minutos não resolva. de regresso, já ao anoitecer, a paisagem pacata da ria rouba-nos o folgo, e deixa-nos emocionados perante a perfeição da natureza. fico sempre ali uns bons minutos, a absorver o cenário. se não ficasse tão fora de mão, tínhamos ido para lá mais vezes.


a praia de cacela é a que tem a paisagem mais bonita, e atravessar a ria à maré vazia é muito fixe. no entanto enche demasiado e não é possível fugirmos da multidão, acabo por não me sentir tão à vontade lá.



fosse em que praia fosse, mar tinha uma temperatura francamente escandalosa!

nos primeiros dias, andou bravo. o homem andava todo maluco nas ondas, mas eu tenho-lhes receio. era um drama, querer sair de lá, e ao mesmo tempo não querer sair de lá. mas tinha fé que a coisa havia de acalmar. e no fim da primeira semana, foi feita a minha vontade!


horas e horas de molho, naquela água cristalina e morna. bliss!!



sou muito friorenta e costumo precisar de pelo menos 15 minutos para entrar toda na água. vou-me molhando aos poucos, adaptando a temperatura do corpo à da água, sem grandes pressas. mas quando a temperatura da água esta praticamente à mesma que cá fora, não é preciso estar com mariquices. basta largar a correr da toalha e mandar um mergulho para dentro do mar. andei metida na água depois do sol posto, quase sem luz. era o quão boa estava a água.



(not so) fun fact. três dias antes de ir de férias, fui ao dermatologista mostrar uma maleita que me apareceu nas mãos em finais de junho e estava difícil de desaparecer. o sr. dr. receitou-me um creme e algumas recomendações, entre elas, evitar contacto prolongado com água. "use luvas", recomendou.

pois...

to be continued...

Summer of 16 // o spot

Setembro 23, 2016

chegamos ao parque por volta das nove da noite. não estava a abarrotar, mas todos os nossos spots favoritos estavam tomados. entretanto topei que um dos mais concorridos estava ali desamparado, a fazer-nos olhinhos. provavelmente tinha vagado havia pouco tempo.

não é costume ficarmos tão perto dos balneários, mas a sombra era boa e não haviam muitas tendas à volta. decidimos arriscar, se fosse complicado por causa do ruído, era mudar o estaminé para outro sítio. mas entre o barulho dos autoclismos e o dos tractores a jardar pela manhã, venha o diabo e escolha. bom, em último caso, tínhamos tampões para os ouvidos.

acabamos por ficar naquele spot até ao final da estadia. apenas os dois últimos dias foram mais barulhentos, muitos dos residentes começaram a levantar o arraial fixo de três meses, e havia muita lavação de loiça e muita tagarelice.

a vida selvagem era o que produzia mais ruído. desde as cigarras que pegavam cedo ao serviço, à passarada. numa das manhãs, fui acordada por uma discussão conjugal entre um casal de pegas por cima da tenda. inacreditável a chinfrineira que aqueles pássaros fazem. also, até no reino animal os machos levam nas orelhas das suas companheiras. pelo menos foi o que deduzi da conversa lol

por não termos vizinhança colada à tenda, à noite não havia sinfonia de roncos, e adormecia embalada numa aprazível combinação de sons: a ondulação do mar, o trilar dos grilos, e o piar das corujas. tão booooom!! é sem dúvida alguma, a melhor parte de acampar.

anyway, descobri duas grandes vantagens em ficar próximo dos balneários (não que vá fazer hábito disso, but still): sabemos sempre quando estão a ser limpos (e rir das rants das mulheres da limpeza enquanto o fazem muhahaha), e os telemóveis andavam sempre carregados, não era preciso andar com powerbanks atrás nem cravar tomadas nos restaurantes \m/

e se andar só em t-shirt e cuecas já era algo que fazia sem pudores nenhuns naquele parque, agora, até ir tomar banho ao balneário masculino deixou de ser um acto furtivo (e não sou a única a fazê-lo, certos achados no conteúdo dos baldes do lixo dos chuveiros sugerem que a frequência feminina naquelas instalações é uma constante). encaro a coisa como se fosse um balneário misto, apesar de ir sempre fora de horas, para não perturbar o ambiente. obrigada gajos, por serem tão boa onda e não se importarem em partilhar as vossas instalações!

to be continued...

Santas (mini) férias

Junho 21, 2016

agora que já larguei a couraça quase toda e passei de um tom vermelho mortadela a um castanho alcagoita, acho que já consigo falar do meu primeiro dia de praia do ano de dois mil e dezasseis :D

tou-me a rir, mas devia estar a chorar. só ao fim de 5 dias é consegui voltar a calçar ténis..

como este ano não vou ter as minhas habituais "férias grandes" tão cedo, tenho que aproveitar escrupulosamente cada oportunidade de praia que tenho. vai daí, não tinha dúvidas algumas sobre onde queria torrar os feriados de junho, quatro diazinhos caídos dos céus.

não me lembro de ter começado a época de praia tão tarde. normalmente acontece no inicio de maio, não quase a meio de junho.. e quem diz praia, diz campismo também. andei ali umas semanas a rezar que a meteorologia colaborasse, e quando a data começou a aproximar-se, e de facto a coisa prometia, planeei tudo milimetricamente para não haver falhas. tudo aquilo que aprendemos no ano passado foi posto em prática, o que significou renovar parte do material de campismo.

quinta à noite seguimos para baixo a todo o vapor. chegamos a tavira com medo de ficar sem jantar, mas fomos recebidos de braços abertos pelo restaurante imperial às dez e meia da noite. o homem alambazou-se com um arroz de polvo que me deixou a salivar, tal como ele ficou a salivar para a minha espetada de polvo, e passamos o jantar a bicar um no prato do outro. a noite estava impecável, ainda demos uma voltinha pelo centro para matar as saudades, antes de recolhermos à pousada de juventude (que se tivéssemos ido para o albacora, o meu cú recusava-se a sair de lá antes das seis e não podia ser).

no dia seguinte à uma da tarde estávamos nas quatro águas a entrar no "ferry", a abarrotar de banhistas. funny thing, nem parece que tinha passado quase um ano desde que cumprimos aquele ritual. a percepção do tempo é uma coisa estranha.

encontramos o parque tal e qual como o deixámos em agosto passado. apenas fomos informados que os mosquitos andavam malinos. nada que não estivessemos já mais do que habituados, "não há-de ser nada" disse eu ao rapaz. ah ah!

arraial montado nas calmas, fomos à vida. o dia estava nublado e ventoso, acabei por nem me despir para a praia. fiquei-me pelo abrigo do resguardo, ora a dormir, ora a ler, e o resto da tarde passou muito rápido.

à noite percebemos que o tema dos mosquitos era capaz de ser mais tramado que esperavamos. formavam-se autênticas nuvens à nossa volta, tínhamos que ser ultra-rápidos a entrar ou sair da tenda, para não entrarem lá para dentro. então e ir à casa de banho? uma aventura! ora tentem lá ir mandar um fax, numa sanita alheia, a medo que um enxame de melgas esfomeadas vos ferrem as nalgas e depois contem-me como foi a experiência. lavar os dentes também era complicado, e tomar banho só era mais fácil porque elas não se metem debaixo de água. jantar nas esplanadas também tinha truque, envolvia estarmos vestidos de alto a baixo, com o capuz do casaco enfiado na cabeça e toalha pelas pernas, que os sacanas picavam pela malha das meias.

mental note: adicionar repelente de mosquitos ao kit básico de campismo. já vi que há umas pulseirinhas porreiras

(e não, as apps e vídeos anti-mosquitos não funcionam)

mas claro, este areal fabuloso e este mar maravilhoso valem por todas as provações



e afinal, como fui eu sabotar-me logo no primeiro dia de praia do ano?

fácil, foi parecido ao ano passado. pelos vistos a minha pele já não está habituada ao sol dos algarves e se me descuido, desgraças acontecem. fomos cedo para a praia, para não estarmos fechados na tenda a salvo da gula feroz dos mosquitos. o dia estava fresco e ventoso. ora, sem calor e sem sentir o sol a morder, esqueço-me do protector. não senti a pele a queimar o dia todo, até porque estive bastante tempo debaixo do chapéu de sol. só à tardinha, quando o vento começou a mudar de direcção e começou a aquecer é que dei ali por aquela sensação desconfortável de pele escaldada. mas foi ao tomar banho no fim do dia, que o estrago se revelou em todo o seu esplendor. teve que ser com água quase fria, e vestir-me da cabeça aos pés para ir jantar foi um martírio. no dia seguinte só saí debaixo do chapéu já o sol ia baixo, e apesar das camadas do creme milagroso, era o mesmo que nada. sei que já fiquei mais vermelha que aquilo, o que não me lembra é de ter sido tão doloroso...

inacreditável foi não ter queimado o nariz, normalmente é a primeira zona do corpo a ficar escarlate, parece que andei a dar-lhe na pinga. chapéus de aba larga FTW!

tal como a mosquitagem, também o vento estava a mais. dava pouca folga, apesar de à noite, quando vinha quente, saber tremendamente bem. numa das madrugadas, depois de umas horas de acalmia, levantou-se uma ventania maluca. acordei por volta das sete da manhã devido ao barulho, vindo das fitas de plástico e da tenda-pavilhão do acampamento ao lado, parecia que andava tudo no ar. saquei do telemóvel, fui ver a meteorologia. diz que soprava a 30km/h, nada por aí além. a nossa tenda mal abanava e nem sequer estava presa por cordas, aqueles gajos da quechua são bons a fazer tendas!

no último dia das mini-férias, arrumamos rapidamente a tralha, muito rapidamente tendo em conta que era a primeira vez que dobrávamos a tenda, e a ser fustigados por mosquitos. saímos do parque a cem à hora, com um misto de alivio pela provação terminar e pena por deixarmos aquele paraíso.

nesse dia fomos para a praia de cacela velha, que estava brutal apesar do vento. aliás.. ainda bem que estava vento, se não era impossível aguentar o calor, debaixo do chapéu de sol e abrigados do vento pelo resguardo era como se estivéssemos a ser cozinhados em lume brando.

nota.. eu não podia sair debaixo do chapéu de sol. eu sair debaixo do chapéu de sol significava vestir uma t-shirt de manga comprida e enrolar-me da cintura para baixo na toalha, com aquele calor do caralho. dá para imaginar a frustração? a ver as poucas pessoas que por lá andavam, naquela praia enorme e deserta, a desfrutar aquele dia fantástico como mandam as regras e eu naqueles preparos tristes? e a água, que estava uma maravilha, quentinha e o mar nem se mexia, mais parecia uma piscina, e eu sem puder estar lá dentro muito tempo para não piorar o meu serviço? opá!!




por volta das seis despedimo-nos da praia, a fome apertava e eu já estava desesperada por me besuntar com biafine. como o três palmeiras estava fechado, fomos à segunda opção, casa do polvo em santa luzia, terminar as férias como começaram: a jantar polvo :D'



apesar do vento, das melgas e do escaldão, foram uns dias fixes. deu para descansar bastante e enfardar comidinha deliciosa \m/

Os loucos dias de Tavira

Agosto 06, 2015

para fazer justiça ao titulo do post, vou começar por dizer que a água na praia da ilha de tavira estava tão apetitosa que no meu primeiro banho nem me dei ao trabalho de tirar a roupa, enfiei-me no mar tal como estava!

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sair da praia era o cabo dos trabalhos.. muitas vezes já o sol se tinha posto e só íamos, muito a contragosto, com receio de ficarmos sem jantar lol

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como chegámos à conclusão que o pequeno-almoço na ilha ou no mercado ia dar quase ao mesmo, tivemos uma lembrança gira: porque não apanhar o barco e ir até a tavira? a acordar cedo e sem muito para fazer, era da forma que aproveitávamos melhor a manhã. e assim foi!

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no sábado o dia estava assim pró quentinho. tomamos o pequeno-almoço, demos umas voltas pela baixa, e o homem até aproveitou para ir à tosquia. por volta da uma regressámos todos felizes, todos contentes.

nessa tarde sucedeu uma das cenas mais caricatas que já assistimos numa praia:

imaginemos um magnifico final de tarde. a atmosfera vestia-se de tons quentes, o mar transformava-se em prata ondulante, e a brisa que transportava resquícios do calor do dia acariciava a pele ao de leve.
passam dois mariscadores por nós. vêem pelo areal fora, a cumprimentar todos à sua passagem, com aquela muito boa disposição que caracteriza as gentes dali. vão passar as próximas horas enfiados na água até à cintura, a lavrar o fundo do oceano, para garantir que não falta conquilha para a malta patuscar.

entretanto, um outro casal mais ao fundo, certamente inspirado pelo cenário idílico e não se deixando intimidar pela proximidade dos mariscadores já no arrasto, inicia umas manobras quase acrobáticas de cópula. deitados, de joelhos, em pé, cada vez que olhávamos naquela direcção, tinham mudado a técnica.

aproveitávamos os últimos minutos daquele dia fantástico, a contemplar o oceano e a azafama das pequenas aves marinhas, que se debatiam com um cardume de pequenos peixes junto da rebentação.. nisto um valente berro ecoa pela praia, vindo do fundo das goelas dum dos mariscadores.

"AAAAAAAAAAAH CARAAAAAAAALHOOOOOOOOOOO..."

por breves momentos sustive a respiração, à espera do pior. mas depois...

"...VÃO FOOOOOODER PRÁS DUNAS, ÒOOOOOOO CARAAAALHOOOOOOOOOOO!!!"

não sei se os outros perceberam a dica, pois não pararam. nós também não conseguíamos parar... de tanto rir!

(mais tarde viemos a descobrir que eram uns espanhóis danados que também estavam no parque (e saíram na mesma altura que nós), pessoal com hábitos dá nisso. also, funny thing, ver as pessoas vestidas lol)

alguém deve-se ter esquecido do forno ligado no domingo, que estava um calor insuportável na cidade.. atravessar a baixa foi um suplicio. andar na rua só mesmo pela sombra, ao sol conseguia a ouvir a pele a fritar.

só queríamos era regressar à ilha. mas a caminho do barco, fomos abordados por um jovial empregado de mesa, à cata de clientela para o seu restaurante. normalmente agradecemos e continuamos caminho, mas este em particular fez o homem parar imediatamente. o que se seguiu foi um dialogo hilariante:

o empregado, mais cordial impossível:
- bom dia, será que os posso roubar-vos um momento do vosso tempo e interessá-los nossa ementa? temos pratos assim e assado, maravilhoso peixe fresco, blá blá blá, cataplana blá blá blá...

o homem, completamente assombrado pela voz do tipo e desligado do assunto, responde:
- man!! já trabalhaste na rádio? tens uma voz espectacular!

o outro agradece e continua:
- ah não, nunca trabalhei. mas já agora agradeço o elogio, fico com o ego em alta. mas veja só a nossa esplanada, está muito calor, mas temos duas ventoinhas especiais que emitem água vaporizada e blá blá blá... muito agradável...

e homem, que continuava fascinado com a profundidade e eloquência da voz radiofónica do outro interrompe:
- opá, a sério.. devias experimentar fazer voz-off ou assim!

cumprimentamos e seguimos caminho. um dia havemos de ir lá, mas só se ele estiver de serviço e atender a nossa mesa :D

de volta ao parque estivemos umas duas horas a cirandar junto dos balneários, à espera que os telemóveis carregassem (tenho que comprar um power bank, tenho que comprar um power bank, tenho que comprar um power bank…). o calor era tanto que só estávamos bem era encharcados. perdi o conto às vezes me enfiei debaixo do chuveiro naquele espaço de tempo lol

nessa tarde decidi desmistificar a história da bolas de berlim na praia!

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andavam dois vendedores diferentes por ali, e acabamos por comprar uma de cada, a ver quem tinha o melhor produto. um deles, o márinho bolinhas (o tipo leva aquilo tão a sério que se tatuou :D) fez-nos dizer qual era a melhor. por acaso saiu-se vencedor he he he

confesso que estava a espera de uma experiência transcendental, um foodgasm alucinante.. pelo que leio por aí, comer uma bola de berlim na praia é tipo o supra-sumo da gastronomia da época balnear. até fomos comê-las à beira mar e tudo, mas nada.. não me "tocou". aquela bola soube-me ao mesmo, quer estivesse ali ou numa pastelaria. não fiquei rendida ao conceito, apenas cheia de gordura e açúcar nos dedos e nos beiços.
mas hey devoradores fanáticos de bolinhas na praia, não me aticem já as sete pragas do apocalipse. paz e amor, eu também tenho as minhas taras e não espero que vocês as compreendam lol

nessa noite o calor era tanto, que quase dormimos na praia.. junto ao mar sempre estava mais fresco. pena que não arranjava posição confortável, tivesse eu uma almofada e já não me alevantava dali. quando regressamos ao parque, havia gente a dormir na rua. brutal!
tivemos que dormir com a "porta" da tenda toda escancarada. felizmente até a mosquitagem devia andar pedrada pelo calor, que não dei conta de zumbidos nessa noite.

segunda foi dia de passeio pela ria. tinha reservado uma tour no dia anterior, e as nove horas e vinte e sete minutos, estava um barco à nossa espera no cais da ilha. não demos paz ao senhor, sempre a fazer perguntas, quais putos na idade dos porquês :D

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como acho que não fizeram grande negócio connosco, aqui fica a dica: se quiserem passar uma manhã diferente em tavira, procurem estes moços :)

regressámos à base com intenções de levantar ferro naquele dia. arrumámos a tralha nas calmas. só faltava mesmo fechar a tenda quando disse ao homem:

"bora lá dar um último mergulho!"

AH AH AH que ideia brilhante! e agora quero ver quem é que me arranca daqui prá fora!!

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acabou por ser o melhor dia de todos. puta da água se tava boa \m/

quando passamos pela recepção para pagar o mais um dia, o homem lamentou-se, que estava tramado, não se conseguia ir embora dali. fomos à tenda buscar a tralha da praia e quando voltamos a passar pela recepção, o segurança meteu-se com o homem:

"foi o senhor que disse que não conseguia sair daqui? olhe se quiser, troque comigo. fica aqui, veste a farda que eu vou prá praia!”

muhahahah querias!

por acaso.. é impressão minha ou a malta ali gosta mesmo de conversar? já na noite anterior tínhamos sido interceptados por outros dois seguranças, e quase que ficávamos sem jantar por causa da conversa lol um deles ofereceu-se para nos fazer um roteiro dos restaurantes da rua portas de santo antão, pois tinha trabalhado por lá durante 20 anos e dizia que conhecia todos :)

no dia seguinte acartamos a tralha toda e bazámos sem olhar para trás, porque se tivéssemos, acho que ficávamos lá até ao fim das férias e não podia ser.. a nossa pele já não aguentava mais um dia de sol nem aquelas temperaturas.. nesta altura eu já me barrava de alto a baixo com biafine como se fosse creme hidratante. precisávamos de folga do calor. 

como a malta tá sempre a aprender, à saída fomos cravar um carrinho, para tornar a viagem até ao cais mais cómoda.

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entretanto o homem demorou-se ao devolvê-lo porque foi (mais uma vez!!) interceptado por alguém do parque a perguntar sobre a nossa estadia, se tínhamos gostado, e what not..

"...pois e vieram em boa altura, que ainda não há muitos espanhóis a fazer merda" opá, priceless!

por acaso se não limpassem a caruma do chão para aquilo fazer tapete e haver menos pó no ar; os tractores arranjassem rota alternativa para os restaurantes; e os banhos não se pagassem, mesmo que a estadia fosse mais cara, seria perfeito.

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resumindo, a ilha é um verdadeiro paraíso para quem gosta de "praiar" à séria (não há mais nada para fazer lá anyway). eu pelo menos nunca passei tanto tempo de molho numa praia portuguesa. só há um detalhe pouco fixe, pelo menos para a malta que se afasta da multidão para estar mais "à vontade". aquelas praias têm um sério problema com mirones.. e daqueles desavergonhados. vimos com cada figura... ó senhores!! é que já têm idade para ter juízo.. a sério!

o problema de ficarmos na ilha é não nos apetecer sair de lá. tinha no roteiro outras duas praias nas redondezas e acabamos por não ir a mais nenhuma, porque queimámos os cartuxos todos por lá. ohhh, lá terei que voltar a tavira, que chatice :D

camaleões é que nem vê-los :/

Summertime madness // ilha de Tavira

Agosto 04, 2015

viatura cirurgicamente estacionada, que eu agradeço a disponibilidade mas gosto muito da minha pintura e dispenso decoração nova, e toca de reunir os mínimos olímpicos para levar para a ilha.

tenda e almofadas + saco cama + saco com todas as outras coisas necessárias + tralha da praia. mesmo assim foi uma carga diabólica para dois pares de braços fracotes. prá próxima não esquecer um carrinho-de-mão também.

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...e eis que ao terceiro dia, conquistávamos finalmente a ilha de tavira YAY

o camping dali funciona de forma um bocado diferente daquilo que estamos habituados. quando damos entrada temos que pagar logo os dias que vamos ficar...

hum.. mas nós não sabemos quantos dias vamos ficar. ok, começa-se com um e depois logo se vê. lá barato é.. mas tem um catch, que descobri enquanto o homem tratava das coisas: o banho de água quente paga-se.. eix.

não é muito grande, mas estava praticamente vazio, o que é fixe. montamos a tenda à sombra dum pinheiro numa zona mais afastada, que gostamos de estar à vontade e sem barulho. parecia perfeito. com ênfase no "parecia" lol mas já lá vamos.

alojamento tratado fomos conhecer os arredores e a praia, que ainda só tínhamos estado na terra estreita, a um par de km’s dali. 1...2...3...4...5...6 restaurantes. bom, à fome não morremos!

eram nove da noite e o ambiente da praia não podia ser mais acolhedor. um silêncio apenas quebrado pelo som terno do oceano e de uma ou outra ave marinha a cruzar os céus. as cores do entardecer a variar entre o dourado do pôr-do-sol e o prateado do nascer da lua no outro extremo. e a brisa quente que aconchegava o corpo e a alma, e trazia consigo o cheiro da erva-caril que se misturava com o da maresia e fazia cócegas até às pontas dos pés. bliss!!

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jantámos num dos restaurantes, praticamente com os pés na areia, e estivemos na praia até por volta da meia-noite, a curtir o enorme luar. nem apetecia sair dali. se não estávamos no paraíso, não andávamos longe :D

depois, 1€ por 5mn de água quente. ora bolas, se quiser lavar o cabelo tenho que meter outro euro..

depois, na manhã seguinte fui violentamente acordada por um camião a jardar junto à cerca do parque, uns minutos e outro veiculo tipo moto 4.. ca raio? levantei-me e espreitei.. uma "estrada”.. junto à cerca do parque.. que por acaso estava logo ali ao lado.. olha que giro. era só a única via de ligação entre os restaurantes e o cais de carga. foi a manhã toda naquilo.. e o pozedo que aqueles bichos faziam? sinfonia de espirros e nariz entupido XP

e para além dos mini tractores a passar para cima e para baixo a manhã toda, a natureza também parecia um bocado violenta. quer dizer, eram só 3 ou 4 pegas-rabudas que andavam prali numa algazarra pegada umas com as outras. uma pessoa está habituada ao canto apaziguante das rolas, até fica assustada com aquela histeria toda lol

depois pagamos 7€ pelo pequeno-almoço no bar do camping e começamos a ficar nervosos..

mas tudo aquilo se dissipou quando tirámos a temperatura à agua do mar, um caldinho, que me fazia lembrar as caraíbas, só faltavam mesmo as palmeiras. a juntar à enorme e quase deserta praia de areia fina, à tranquilidade da paisagem e ao calor que inundava aquelas paragens, valia por todas as provações que tivéssemos que passar no parque: o trânsito matinal, o pó, as pegas aos guinchos, pagar pelo duche, o preço do pequeno-almoço...

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e já mencionei que se comia bem nos restaurantes da ilha? experimentamos três dos restaurantes e nenhum nos desiludiu. que belos repastos, cada um mais guloso que o anterior :D'

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sobre história de se pagar os banhos quentes, tenho que fazer uma confissão: para algumas coisas, sou terrivelmente sovina!

tão já que tenho que pagar para ter 5mn água quente, nenhuma gota será desperdiçada!
vai daí tomámos banho sempre juntos. nada que não tivesse acontecido já, quando estamos acampados é habitual irmos ao banho tarde, quando já não anda ninguém pelos balneários. dada a oportunidade, esgueiro-me para um cubículo de duche com o homem.

era molhar à vez, esfregar o gel, e passar por água e já está.. e no dia seguinte, de manhã, lavava o cabelo com água fria, com todos os cuidados e requintes que a minha luxuriosa juba merece. problem solved!

o check out ali é até às três da tarde. todas as manhãs tínhamos que decidir se ficávamos mais uma noite ou arrumávamos a tralha e dávamos à sola.. e lá íamos religiosamente todos os dias, às duas da tarde, carregar mais uma diária. quem é que no seu perfeito juízo lhe apetecia sair daquela ilha?

'Le me

tem idade suficiente para ter juízo, embora nem sempre pareça. algarvia desertora, plantou-se algures na capital, e vive há uma eternidade com um gajo que conheceu pelo mIRC.

no início da vida adulta foi possuída pelo espírito da internet e entregou-lhe o corpo a alma de mão beijada. é geek até à raiz do último cabelo e orgulha-se disso.

offline gosta muito de passear por aí, tirar fotografias, ver séries e filmes, e (sempre que a preguiça não a impede) gosta praticar exercício físico.

mantém uma pequena bucket list de coisas que gostava de fazer nos entretantos.

'Le liwl

era uma vez um blog cor-de-rosa que nasceu na manhã de 16 de janeiro, no longínquo ano de 2003, numa altura em que os blogs eram apenas registos pessoais, sem pretensões de coisa alguma. e assim se tem mantido.

muitas são as fases pelas quais tem passado, ao sabor dos humores da sua autora. para os mais curiosos, aqui ficam screenshots das versões anteriores:
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